sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Uma Mente Brilhante – Resenha Conscienciológica


    O filme Uma Mente Brilhante é uma excelente recomendação para todas as cinematecas por vários motivos. Acrescenta à nossa cultura informações científicas e muito mais. Baseado em fatos, apresenta um exemplo de vida e de autossuperações nos processos íntimos do seu principal protagonista, John Forbes Nash, e o exemplo da sua companheira. Também nos dá oportunidade de questionar se sua doença era fisiológica (esquizofrenia) ou parapsíquica (no caso, ele via pessoas que que o perturbavam). Por fim, apresenta John Nash à humanidade, que, por sua Teoria dos Jogos, recebeu o Prêmio Nobel de Economia, em 1994.
    O que me motivou a escrever este texto foi a abordagem de uma de suas teorias, simplificada como “teoria do bem comum”, em um curso que fiz há algum tempo, direcionado para altos gestores de administrações públicas e privadas. Entre os temas apresentados, o curso focou que o líder/gestor deve priorizar os liderados e o seu desenvolvimento humano e profissional. Isto está dentro do “óbvio não percebido”, pois, sem equipe, líderes não existem, não podem fazer grande coisa, mas mesmo assim, frequentemente, líderes deixam a equipe em segundo plano.
    O curso investiu, entre outros temas, na abordagem do “bem comum” e do “jogo ganha-ganha”. É interessante como apresentou a contradição entre a teorias da competição (“Teoria da Ganância”) do “pai da economia” Adam Smith e a proposta de Nash, mais recente, demonstrada no filme. Nesta breve biografia que o longa-metragem apresenta, vemos como Nash, modestamente, não afirmou que a teoria de Adam Smith estava incorreta, mas sim que estava incompleta. Enquanto Smith afirmava que o ideal para o equilíbrio econômico seria, falando simplificadamente, todos quererem 100% para si, Nash demonstrou que o melhor acontece quando todos querem o melhor para si e também para os outros. E demonstrou sua teoria matematicamente. Sim, com uma mente brilhante.
    Assim, por esta, e por outras razões, por exemplo, sociais, éticas, econômicas, é importante que os líderes reformulem seus valores, preocupando-se mais com os outros, pensando mais no bem comum. Para o Capitalismo vigente isto parece inconcebível, mas é hora de a sociedade rever seus valores e procedimentos. Percebe-se que os modelos vigentes não se sustentam mais, nem economicamente, nem ecologicamente. Cabe aqui outra dica: o documentário Colapso.
    E, para ampliar esta reflexão, sugiro um o exercício de analisar essas ponderações na perspectiva multidimensional, considerando que somos todos consciências em evolução através de várias vidas. A Conscienciologia, ciência da consciência, defende os valores da Cosmoética (ética acima dos interesses humanos), do Universalismo e da Maxifraternidade. Abro aqui um parêntese para mais uma dica de filme que é exemplo destes valores: Avatar, de James Cameron e seu povo Na´vi.
    Para continuar ampliando a temática, considerando o paradigma consciencial, explico que as bases da Conscienciologia demonstram que somos todos consciências (indivíduo, self, ego, espírito) em constante evolução, através de várias vidas, em busca do serenismo, nível máximo de evolução em nosso planeta. Superarmos os traços negativos e desenvolvermos os positivos, vivendo com cosmoética (ética universal, acima da ética humana) e interassistencialidade (ajudando-nos uns aos outros) é fundamental. Assim, a teoria de Nash é bastante alinhada a tudo isso. Evoluir implica em pensar nos outros, no “bem comum”. E os marcos de sua vida nos fazem pensar no quanto nós mesmos precisamos promover nossas autossuperações.     Pequena observação: será que a obstinação desde a juventude, de encontrar uma ideia original, já não seria sinal de captação de sua programação existencial (missão de vida previamente definida antes do renascimento)?
    Diante do exposto, vale fazermos alguns autoquestionamentos. Qual o nível evolutivo em que nos encontramos? Quanto contribuímos para a sustentabilidade do planeta e na prática da fraternidade? Temos uma programação existencial?Estamos cumprindo-a? É necessário, sim, cada pessoa repensar seus valores e escolhas. Afinal, somos nós que mantemos o sistema, apoiando-o ou omitindo-nos. Somos todos co-responsáveis, por tudo. E tudo faz parte da nossa evolução consciencial. Eis o maior valor da sua teoria, a do bem comum, abordada matematicamente e vivencialmente, por John Nash, em Uma mente brilhante – filme imperdível.

Sobre ensino e aprendizagem no curso Inteligência Emocional


Escrevi esta reflexão em resposta a feedback positivo de colega que participou de meu curso de Inteligência Emocional recentemente:
Sempre é muito enriquecedor pra mim, facilitar o curso de Inteligência Emocional. São muitas as autoaprendizagens e rico o processo de interassistência. Aprendo muito com vocês. Contudo, é fundamental que cada um persevere no autodesenvolvimento pessoal, nas autossuperações íntimas, ainda que seja aos pouquinhos, duas horinhas por semana, distribuídas ao longo da semana ou escolhendo um dia para ler, preencher os formulários, etc.
(...), fico muito feliz por seu feedback e acrescento um pensamento maravilhoso de Galileu, que me foi lembrado em curso excelente com Rogério Leme, que participei nesta semana, para todos refletirem:
"Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo"
(Galileu Galilei)