domingo, 30 de maio de 2010

A Importância da Afetividade na Educação a Distância

(Resenha do artigo “A Importância da Afetividade no Contexto da EaD” por Carlos Eduardo Rocha dos Santos)
Fonte:www.via6.com/topico.php?tid=285616

Muito bem colocada a importância da afetividade na relação ensino-aprendizagem, observação não apenas para a educação presencial, mas, e talvez principalmente, para a educação a distância, que exige uma maior dedicação e comprometimento por parte do aluno, sem falar na falta de contato físico com seus professores, tutores e colegas de curso. Como coloca o autor: A pesquisa sistemática ainda comprovará aquilo que já se conhece empiricamente de longa data em educação: que é mais gostoso aprender (e ensinar) com quem (e para quem) a gente gosta!
Santos argumenta com base em sua própria experiência pessoal, e em citações de outros autores, as razões para a vivência da afetividade na educação a distância, das quais eu destaco:
o A dificuldade da percepção do ser humano de forma integral , quando o vê como homem dividido, corpo/mente, matéria/espírito, cognição/afeto.
o Há um excesso de preocupação com nas tecnologias de comunicação e na qualidade estética dos produtos e serviços oferecidos, ao invés de se averiguar melhor as razões da evasão dos alunos.
o O papel do envolvimento de sentimentos na relação ensino aprendizagem.
o A importância da postura, da dedicação, afetividade e do senso de pertencimento a uma comunidade são fundamentais para o trabalho pedagógico.
o A afetividade e a inteligência são complementares na evolução psíquica. Ambas possuem funções definidas e integradas devendo ser consideradas na atuação docente.
Como sugestões, o autor elenca as seguintes ações para implementação da afetividade na educação a distância:
(a) criação de motivos significativos à pessoa humana no início, meio e fim das atividades individuais e colaborativas;
(b) o fortalecimento de laços de afetividade e cumplicidade na superação de desafios de aprendizagem individual e coletiva;
(c) o reconhecimento e a valorização aberta das emoções e ‘lições aprendidas’ com o grupo e com a vida (testemunho pessoal).

Finalizando, transcrevo a reflexão de Pallof & Pratt (2002): para comunicar sentimentos em EAD (com alunos e professores “desencarnados”), é preciso que se crie o senso de comunidade e que se dê espaço para a vida pessoal e comum.

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