domingo, 13 de outubro de 2019

Superação de crise financeira


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Recentemente recebi uma bela aula de amigo especialista em finanças pessoais, Adilson Barbosa, ao questiona-lo como orientar uma amiga em apuros. Com muita disponibilidade e postura assistencial, ele me falou 4 dicas, que transcrevo aqui, acrescentando minhas próprias reflexões, a quem possa ser útil. Falou em atenção a dois aspectos: o material e o espiritual. Há muitos artigos mais completos disponíveis na Internet, que a pessoa pode investir. Este é apenas uma proposta bem objetiva.

 1)     Refletir porque razão chegou na situação em que se encontra. Fazer uma reflexão profunda e sincera sobre as escolhas e atitudes da vida, buscando identificar os equívocos, limitações pessoais, e tudo que possa ter influenciado na situação atual. Alguns fatores que podem ser analisados são o excesso de itens de consumo, as escolhas demandantes de gastos excessivos, a falha em não poupar parte das remunerações recebidas e as próprias condutas com o dinheiro 9ex.: comedimento e economicidade) e com pessoas (ex.: relacionamentos autênticos).
      
       2)     Identificar o que está aprendendo com esta situação. Sabemos que todo problema, crise, pode nos trazer aprendizagens. É fundamental identificarmos o que precisamos mudar diante das dificuldades. Muitas vezes, quando corrigimos a falha, o problema desaparece. Da perspectiva “espiritual”, já observei vários casos, inclusive comigo, que quando eu mudei determinado traço de personalidade, o problema “se resolveu”. Como se a “vida” trouxesse situações para provocar na pessoa, a mudança necessária.

      3)     Fazer o orçamento pessoal. Levantar quais dívidas tem e quanto precisa realmente para viver. É um momento para exercitar o discernimento. Reconhecer os supérfluos, checar onde pode fazer cortes. Lembro do pensamento de Luigi Pirandello: “Não há uma estrada real para a felicidade, mas sim caminhos diferentes. Há quem seja feliz sem coisa nenhuma, enquanto outros são infelizes possuindo tudo”. Lembrando sempre a evitação da “tirania do ser feliz” (indico o livro Liberte-se de Kurt Harrys).

      4)     Dividir o orçamento pessoal em três partes:
a.      O que é vital, essencial para a vida;
b.      O que é necessário, para o mínimo de satisfação na vida:
c.      Supérfluo.  Aqui é necessário cuidado para diferenciar entre necessidade e desejo.
Mudanças. A partir destes pontos, ir cortando as despesas, proceder as mudanças, e focar o que precisa ser feito, para sair da crise. Em caso de desemprego, é importante a pessoa estar aberta para alternativas diferentes. Ter um trabalho, uma fonte de remuneração, ainda que não ideal, é fundamental. Ver que pode ser um trabalho apenas temporário.   

Autoconhecimento. Todo o exposto deixa clara a importância do conhecimento profundo de si. Para se ver com clareza. As escolhas e os pontos fracos que contribuíram para a situação de crise em que chegou, e os pontos fortes, que ajudarão a superar esta crise, tornando-a uma crise de crescimento, ao invés de crise de sofrimento. A Internet já tem milhares de conteúdos excelentes para qualquer pessoa investir no autoconhecimento, autoaprimoramento, planejamento e organização pessoal para construir uma vida evolutiva e de autorrealização. O segredo é saber pinçar conteúdos de qualidade. Indico meu blog de IE: http://inteligenciaemocionalatodos.blogspot.com/

Gratidão. Ponto pouco exercitado pelas pessoas. Indico a técnica do Pote da Gratidão, anotar diariamente 5 coisas pelas quais é grata. Trago este aspecto aqui, falado também pelo amigo Adilson, porque toca uma dimensão importante ao ser humano integral: a espiritualidade. E aqui, dissociada de religião.

Espiritualidade. Seja qual for sua maneira de cultivar a espiritualidade, sabemos de incontáveis histórias de superação graças ao investimento da pessoa neste aspecto. Autoconhecimento é uma maneira de investir na espiritualidade. A prática da Atenção Plena tem revelado resultados extraordinários. O voluntariado – doação do tempo pessoal a ajudar outras pessoas, idem! Constatar que nosso problema é ínfimo, se comparado ao de milhões de pessoas pelo mundo afora também ajuda. Recomendo o livro “Além da religião” (Elkins, 1998), escrito por um ex-Pastor, que propõe vários outros caminhos para cultivar a espiritualidade.

Conclusão. Diante do exposto, ser grata pelo que está passando pode ser uma chave para a superação da crise. E para isso, há que transitar pelas etapas apresentadas acima. Muito investimento no autoconhecimento. Tem a ver com o que mencionei no item 2. Tem a ver com lucidez, resiliência, sabedoria e determinação para promover as mudanças necessárias, com as rédeas da vida nas próprias mãos.

sábado, 5 de outubro de 2019

Sobre a polêmica Greta Thunberg


Quando vi um pronunciamento da jovem Greta pela primeira vez, algo me desagradou. Tive o sentimento de que algo não colava. Li um comentário em que o autor a desqualificava em críticas devastadoras, e o contraponto de uma colega que colocava as críticas em irrelevância, face à realidade dramática em que nosso Planeta se encontra, onde reconheço que qualquer excesso nos alertas e reclamações é pouco diante do quanto  destruímos e prejudicamos nossos ambientes, fauna e flora. E a verdade, é que a preocupação é mínima, irrisória, por parte de governos, corporações e da própria população em geral.
Mas porque a Greta tem incomodado e sido criticada? Por que há uma polarização? Por parte de brasileiros que a criticam, vejo que primeiro, há a problemática da polarização política, que não pretendo expandir aqui. E há a falta de desconhecimento sobre a Greta, que também não vou expandir aqui, e sobre a real condição ecológica do Planeta. Não faltam informações lícitas na internet.
Só cabe a mim refletir o que me incomodou. E alerto que este incômodo não diminui em nada o valor da dedicação desta adolescente à causa ambiental. E nem diminui a importância que precisa ser dada à problemática da sustentabilidade do Planeta. Percebo dois pontos nos discursos que vi: um, algumas falas que não tem sentido, mero chavão de impacto. Outro ponto, mais relevante, um pensamento que ouvi a vários anos, com o qual me identifiquei: “Não há de ser na exaltação do mal que o bem encontrará base para se estabelecer”. Considero a “forma” muito importante. O valor do conceito de confor da Conscienciologia: conteúdo e forma são fundamentais na apresentação das ideias. Claro que o o conteúdo é mais relevante. Mas uma forma ruim pode bloquear o entendimento do seu valor.
O confor menos agressivo, ainda que às vezes eu seja estriônica, é o meu modus operandi predominante. Por outro lado, reconheço que muitas pessoas só conseguem ser sensibilizadas por uma forma mais forte, emocional, de receber a informação. Uma vez ouvi o Leonardo Boff dizer numa palestra “o ser humano precisa viver angustiado”, como sendo a maneira de se garantir o movimento em prol de uma causa. De fato, é a maneira como muitas pessoas funcionam. Enquanto outras podem ficar paralisadas pela sua angústia e não partir para as ações necessárias.
Então aceito as diferentes modalidades de expressão. Entendo a necessidade de múltiplas formas de apresentação das ideias, ainda que não me agradem, mantendo acima de tudo a lucidez, e principalmente, o foco nas ideias, e não nas pessoas. Precisamos evitar o argumentum ad hominen, onde o que argumentador ao invés de focar as ideias, desqualifica a pessoa que a defende, para invalidar sua opinião, caindo em argumentação ilógica, como fazem com a Greta. Então, apesar de não me agradar a forma da Greta apresentar a problemática ambiental, nas vezes que me incomodou, a apoio, por saber que na forma dela, muita gente pode ser sensibilizada. Hoje a vi pela primeira vez, numa forma mais suave, gostei, por isso vou compartilhar aqui: http://encurtador.com.br/iEGQS.