segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sobre ajudar as pessoas - assistencialidade hígida

Desejo egóico x ação policármica
Sempre: satisfação íntima = normal
Ajudar para encontrar esta satisfação, simplesmente?
Qual a motivação mais nobre?
Se é gerada satisfação íntima, não será então sincero, nobre, o desejo de ajudar?
A itencionalidade desvirtuadora: ajudar para se sobressair perante as outras pessoas; ajudar par fazer as pazes com a consciência, ajudar mecanicamente, sem sentir prazer; ajudar sem o desejo sincero de que o outro melhore sua condição evolutiva ou material.

Ontem foi ventilada a hipótese de que minha ansiedade por ajudar as pessoas seja egoística. Sim, há muitos anos conheço o ditado que diz “se o homem soubesse a vantagem de ser bom, seria bom por egoísmo”. De fato, por muito tempo voluntariei pela satisfação íntima que era gerada na assistência prestada. Em um processo de autoinvestigação, fui analisar qual seria a minha verdadeira motivação. Minha assistência seria simplesmente egóica? O que diferenciaria a assistência de motivação “nobre”?
Voltei no tempo para relembrar minhas vivências como voluntária. Primeiro, quando eu tinha uns 14 anos, a creche em que as crianças carentes se agarravam em mim para receber um pouco de carinho... A segunda experiência foi de visitar asilos. Motivação: preocupação com o fato daqueles velhinhos não terem com quem conversar, ao contrário dos meus avós, com quem eu morava, dinâmicos, em seu próprio lar, sempre cercados por visitas e familiares. Sim: a motivação foi nobre. A satisfação íntima que senti ao sair do asilo me surpreendeu naquele primeiro dia. Depois teve trabalhos em Centro espíritas, hospital de olhos, e finalmente o Intercampi, Instituição conscienciocêntrica. Li artigos e ouvi depoimentos de outros voluntários – é ponto comum em 100% dos casos a satisfação íntima gerada. Então, são todos egóicos? Claro que não. O que seria sinais de uma motivação desvirtuada? Acho que a intenção seria um bom parâmetro. ajudar para se sobressair perante as outras pessoas; ajudar par fazer as pazes com a consciência, ajudar mecanicamente, sem sentir prazer; ajudar sem o desejo sincero de que o outro melhore sua condição evolutiva ou material. Concluí que meus sentimentos quando estou voluntariando envolve, marcadamente, o desejo sincero de melhorar a condição do outro. Seja a condição consciencial, seja seu bem estar. Na IC, a única condição que me dá esta sensação é a docência e as vezes que ocorre de, conversando com alguém, sejam promovidos insights. Hoje reconheço várias outras oportunidades de assistência, a começar pelo grupocarma mais próximo – a família, os amigos, os colegas de trabalho, as pessoas que nos abordam no dia-a-dia, seja com gestos simples de carinho, afeto, um sorriso, ouvir o outro, a ações mais concretas como “ensinar a pescar”, esclarecer, doar energias positivas. Escrevo tudo isso pra não me esquecer...

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