sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Quando calar? Quando não calar?

Esta semana recebi duas mensagens sobre “saber calar”. Uma na Tertúlia Conscienciológica (http://tertuliaconscienciologia.org/), quando o Waldo aconselhou uma senhora a calar mais, quando as pessoas dissessem coisas que não concordasse. Não me lembro exatamente como ele falou, mas ressaltou a importância de, algumas vezes, termos que engolir alguns sapos. A segunda foi um artigo de Betty Milan na Revista Veja - “Nem tudo se pode ver, ouvir, dizer”, numa apologia ao ato da escuta, trazendo a simbologia da antiguidade, dos três macacos da sabedoria, originária da China – o cego, o surdo e o mudo – Mizaru, Kikazaru e Iwazaru. O ensinamento é resumido por Betty em “selecionar e conter-se”, chamando à atenção para evitar a repressão e não valorizar a vaidade.

Questionei-me quanto à relevância de mantermos a nossa coerência, de não ficarmos “em cima do muro”. Mas de fato, é preciso estarmos atentos a cada situação. Quando calar? Quando nos defender ou defender nossas idéias/opiniões? Por isso, evidencia-se como é difícil agirmos sempre cosmoética (a ética ampliada ao cosmos e a todas as dimensões) e universalismo! Haja discernimento e alta capacidade de autocrítica e heterocríticas lúcidas. Daí a importância do autoconhecimento, do desenvolvimento mentalsomático, da percepção multidimensional de cada situação e do trabalho com as bioenergias pessoais, visando à ampliar os acertos nos processos de interassistencialidade (nos ajudamos enquanto ajudamos outrem).

A Conscienciologia vem ao encontro destas necessidades, apresentando técnicas para o alcance de resultados coerentes, considerando cada pessoa como consciência (eu, ego, alma) única, multidimensional, que se manifesta através de vários veículos além do corpo físico (soma), mas também do psicossoma (emocional), energossoma (energético) e mentalssoma (mental). Além disso, assume que a consciência está em constante evolução, através de várias vidas (multisserialidade). Este paradigma nos faz refletir mais sobre nossa vida, o que fazemos dela, e como conduzimos nossas relações, para que busquemos ampliar a interassistencialidade com maxifraternismo.

Não é fácil saber quando e como calar! Vontade, perseverança, reflexões, estudo, constantes autoavaliações e a busca pelas autossuperações são essenciais para a conquista da pacificação íntima, com uma vida mais evolutiva.

BBB - símbolo da degradação da massa robótica brasileira

Excelente texto. Nunca assisti o BBB. Os cortes de cena que vi foram suficientes pra não despertar meu interesse. Sempre me impressionou ver tantas pessoas comentando os acontecimento no dia seguinte. Mas parece que é pior que imaginei. Independentemente de BBB, penso que vários comentários ressaltados pelo ilustre Veríssimo são a pura verdade em nosso país. País de muita gente de valor, mas que ano após ano, vem vendo sua sociedade degradar-se nos tempos das reurbanizações. Cadê o conteúdo nas cabeças brasileiras que estão assistindo este lixo, gente?

Segue texto de Luiz Fernando Veríssimo:

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

Luiz Fernando Veríssimo

Egito - postagem de pensene atrasado

Escrevo poucas palavras, mas com uma imensa emoção, perdoem-me pelo emocionalismo, ante à manchete ”O povo derrubou o regime no Egito". Fim de uma ditadura de 30 anos. A vitória da democracia, a vitória da liberdade, o caminho para o universalismo.

Trabalho voluntário na Creche Escola Maria de Nazaré

Tive uma experiência gratificante hoje. Conheci a Creche Escola Maria de Nazaré coordenada por Teresina e Geneve. Além da manutenção da creche, há o atendimento de 180 crianças carentes em Taquaritinga do Norte. Além disso, Teresinha adotou 13 crianças. Seu sonho atual é montar uma biblioteca na creche. A creche funciona pelo trabalho voluntário de 18 mães, que cuidam das outras crianças juntamente com as suas, ganhando alimentação e local sadio para seus filhos. É obrigatório estrarem na escola, os maiores de 6 anos. Doações financeiras e um bazar, dão a sustentabilidade econômica. Fizemos uma materia muito boa (https://portalesafaz.sefaz.pe.gov.br/noticia_detalhe.asp?cod_noticia=323). A vida das duas amigas está seguramente útil, produtiva. São provavelmente completistas. Sempre dá-me júbilo testemunhar estas ações sociais. Tenho certeza que mesmo sendo tacon (tarefa da consolação), são grandiosas. Fico muito feliz por elas. Foi gratificante testemunhar esta construção.