quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Verbete Autossuperação do Hedonismo

Convido a todos a participarem da Tertúlia – presencial ou online, na qual estarei defendendo o verbete de título AUTOSSUPERAÇÃO DO HEDONISMO. Exercício de autoexposição de reflexões e reciclagens pessoais, após anos de autopesquisa, com defesa de teses apreendidas. Disponível online, a partir das 12:30h. Dia 25/11/2017. Mandem perguntas online para enriquecer o debate. Peço que por favor divulguem a quem possa interessar. Acesso e texto completo disponível também no site na data : http://www.tertuliaconscienciologia.org/

As Tertúlias conscienciológicas acontecem diariamente, das 12:30 às 14:30h, abertas ao público presencial ou online. A cada dia é defendido um verbete a compor a Enciclopédia da Conscienciologia, hoje composta por mais de 4300 verbetes, dos mais diversos temas, sob o enfoque do Paradigma Consciencial. É uma fonte de recursos de técnicas, teorias e práticas evolutivas, apresentadas com cientificidade não cartesiana.

Tertúlias já apresentadas estão disponíveis no canal do Youtube https://www.youtube.com/user/Tertuliarium

E todos os verbetes podem ser baixados através de planilha Excel disponível no site http://www.tertuliaconscienciologia.org/

Autossuperação do Hedonismo

Definologia. A autossuperação do hedonismo é o ato ou efeito de a conscin, homem ou
mulher, identificar, reconhecer, admitir, minimizar e superar a condição de autengano ilusório
e amaurótico do prazer enquanto sentido de vida, a partir de investimentos na ampliação do autodiscernimento, autocognição, autocrítica e maturidade pessoal, resultando na reformulação e redirecionamento de valores, intenções, interesses e ações para o foco da autevolução e da interassistência e respectivos paradeveres intermissivos da programação existencial.

Outros verbetes desta autora:

AGENDA AMBIENTAL ORGANIZACIONAL: https://www.youtube.com/watch?v=4kXJ8IxXZlU

MANUAL PESSOAL DE PRIORIDADES: https://www.youtube.com/watch?v=7nvx4jUbFZ8

AUTODIAGNÓSTICO EQUIVOCADO: https://www.youtube.com/watch?v=xmiiu6RpPCs

sábado, 4 de novembro de 2017

SOBRE POLÊMICAS DAS EXPOSIÇÕES DE “ARTE” ABERTAS PARA CRIANÇAS – ALGUMAS REFLEXÕES

São duas questões polêmicas – uma, a questão da liberdade de expressão para a arte. Outra, o que deve compor a educação sexual para crianças.

O cuidado com as falácias e argumentações ilógicas da hermenêutica – Argumentum ad hominem*.

A razão de meu compartilhamento de um vídeo de uma menina contra certas coisas que estão sendo disponibilizadas em exposições de arte e outros equívocos na educação sexual de crianças: a defesa dos direitos da Criança e do Adolescente, cujo Estatuto é nobre, coerente.
E as recentes exposições de “arte” a burla-lo – o homem nu para crianças tocar (mesmo que a ideia original não tenha sido essa). Ou as imagens de pedofilia e zoofilia do Queermuseum Santander – isso não é educacional. Para mim, várias das denominadas artes desta exposição, são crime hediondo. A criança não vai elaborar entendimento sadio dos atos retratados. Será que ela vai olhar as imagens e refletir e concluir que sexo entre adulto e criança, ou adultos e animais, não é sadio? É uma porta pedofilia, e à perversidade com os animais.
O vídeo da menina defendendo o ECA – não importa quem produziu o vídeo. Tenho até alguns contrapontos que não gostei da produção do vídeo, mas a argumentação, as ideias apresentadas, não devem ser sobrepujadas pela autoria dos conteúdos, ou se vão usar este vídeo para manipulações espúrias... seria o mesmo, tirando as proporções, que tentar bloquear os achados do Einstein, porque foram usados para a Bomba Atômica. Minha ideia não foi focar o debate político, e, pior ainda, retornar às polarizações.
“Não há de ser na exaltação do mal que o bem encontrará base para se estabelecer”. Por isso acho muito ruim falar de coisas horripilantes da sociedade. Mas às vezes, temos que nos posicionar, na intenção de provocar reflexões evolutivas, e tentar diminuir o ritmo acelerado das atrocidades perversas que vêm crescendo na sociedade brasileira.
“Liberdade de expressão não significa permissão para qualquer coisa”, e não há de ser em nome de possível retrocesso à opressão/repressão, que devemos aceitar que a arte manifeste perversidades. Não é “discurso moralista”. Vejo o sexo como fonte de infinitas possibilidades de prazer, e, principalmente, expressão de amor. E não de expressões hediondas.
Algumas das imagens liberadas para se expressarem nestas “exposições de arte” expressam coisas consideradas crimes. Devem ser permitidas? A arte poderia ter liberdade de expressões de cenas, hoje, que humilhassem negros? Não. Seria crime. Porque então liberar expressão de cenas que são crimes contra os animais e contra as crianças? O que a sociedade ganha de bom com isso?  Para mim, só ganha perda de valores dignos, para a apologia à torpezas hediondas das cenas de imolação de animais e pedofilia.
“Liberalistas” falam em “intolerância”. Deve haver algum tipo de tolerância ao hediondo, à pedofilia ou zoofilia?  Argumentam que censurar seria o início de uma série de outras proibições, que levariam à opressão, repressão, “tempo da ditadura”. O que sustenta este argumento? Isto é uma suposição. Poderia ser instituída Lei somente com proibição de manifestações artísticas relacionadas à pedofilia e zoofilia. Ponto. Muito ruim quando surgem com argumentos de hipóteses trazidas como certeza absoluta.
Em resumo, ainda penso que "liberdade de expressão" tem que ter limites. Ainda que seja uma "censura", repito sem arrependimento. O mal gosto, o desrespeitoso, o agressivo, o violento, a perversidade, a falta de ética, o imoral, entre outros adjetivos para mim, só devem ter liberdade de se manifestar no local privado de seus defensores. Jamais em praça pública, e nem em exposição pública, onde até crianças , e desavisados, podem vir a ser obrigados a contemplar. Pior, é chamar tantas excrecências, de ARTE....

Fica minha opinião - polêmica para alguns, clara para mim - mas sem ser "dona da verdade", apenas enquanto eu não escute argumentos melhores. Especificamente sobre arte, em um outro extremo, vale assistir este vídeo: “ Quando a beleza deixou de ser apreciada? A arte moderna matou o belo?” https://www.facebook.com/zoemartinezoficial/videos/523678987974601/

Eis então uma terceira polêmica: as polarizações. Extremos são posicionamentos perigosos. É triste quando defendemos um ponto de vista e o outro responde com o extremo oposto, ou outro enfoque, com casuísticas específicas e pontuais, ou superficialidade, às vezes sem mencionar a ideia que você quer falar.
Transcrevo abaixo as falácias a atentarmos, e evirarmos, neste debate, e em todos os debates de ideias:

Argumentum ad hominem. O ataque pessoal, direto, formulado contra característica da pessoa defensora de determinada tese, desqualificando-a e reduzindo a credibilidade do argumentador. Trata-se de ataque a características pessoais, irrelevantes para a veracidade da tese apresentada pelo oponente.
Síndrome booleana. Trata-se de representar o continuum apenas pelas extremidades. Consiste em dividir a série inteira de opções em 2 extremos, e depois insistir na escolha a ser feita entre 1 ou outro extremo, sem levar em conta as demais alternativas.
Superficialidade espúria. Ocorre quando o adversário desvia-se do assunto em debate utilizando-se de irrelevâncias, recusando a lógica e as provas do contraditor. Não podendo lançar mão do conjunto do problema, concentra-se sobre pequena parte orientando a refutação sobre fragmento minúsculo, apenas o perceptível a ele.
Falácia da “Casuística”: O rechaçamento de determinada generalização alegando exceções, muitas vezes, irrelevantes. 

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

PROMISCUIDADE EDUCATIVA


Escrevi esta resenha quando fiz a disciplina de Didática do Ensino SUperior, com o professor Marcos Feitosa, na UFPE em 2009. Foi a última de uma série de várias resenhas, e esta para fechamento das aprendizagens obtidas através do estudo de grande ícones da Educação. Escolhi meus favoritos e fiz este texto em formato de resenha, ressaltando pontos estratégicos do pensamento de cada educador citado. Compartilho agora, pois ao procura-lo no Blog pra encaminha para uma amiga, não encontrei :-)
Espero que gostem!

PROMISCUIDADE EDUCATIVA
Clara Emilie Boeckmann Vieira

Eu costumava manter-me na linha. Rata de laboratório, em meio a publicações científicas, tradicionais. Ciência básica... e ali ficava, com meus botões. Mas havia algo de errado. Havia uma incompletude, constante turbilhão de pensamentos, frutos de taquipsiquismo nato. E não podendo deixar de ser, eu era pura ansiedade. Ansiando não sei o quê!

Foi aí que conheci o Parker. Foi amor à primeira vista. Ele combinava comigo em tudo! Sua proposta se encaixava na grande importância que eu voltava ao autoconhecimento que, na minha opinião, tinha que ser questão tão séria quanto a que propõe a Conscienciologia com sua metodologia de Teoria e Prática da Autopesquisa. “Nós ensinamos quem nós somos”, disse-me um dia. Então tenho que ser cada vez melhor, pensei! Com Parker entendi porque eu gostava tanto de ensinar – “Nos tornamos professores por razões do coração, animados pela paixão por um assunto e por ajudar as pessoas a aprenderem” – conhecer-me e “ajudar”. Levar esta motivação de vida a outras pessoas, meus alunos. Aprendi que é possível, e altamente positiva, uma verdadeira integração com meus alunos, minha contribuição para a sociedade, na intenção de ajudar as pessoas a se tornarem melhores, com uma aprendizagem não somente para a academia, mas para a vida! Lá estava eu, cheia de amor pra dar!

Um dia conheci o Malcolm, com sua proposta para pessoas mais maduras...Arrumei as malas e fui embora com ele. Mas nunca esqueci o Parker Palmer, que era tão feliz pelo que fazia, que nem sentiu minha falta. Com Malcolm, aprendi a reconhecer diferenças essenciais na aprendizagem dos alunos “maduros”. “Vamos criar um clima agradável, aproveitar nossas experiências anteriores, ser flexíveis”...Aha! Isso era garantia de um relacionamento bem sucedido! Repensei alguns de meus métodos com meus alunos, elaborei novas estratégias para ampliar sua motivação e nível de interesse. Veio um amadurecimento da nossa relação, eu e meus alunos, eu e Malcolm. Mas eu e Malcolm Knowles ficamos tão independentes, não aprofundamos nossa relação e acabamos nos separando com uma conversa leve sobre buscarmos caminhos diferentes.

Foi quando conheci o Donald. Ele falava em reflexão-na-ação. “Que danado é isso?” Perguntei. E então um sentimento forte me dominou, posto que com ele não tinha lero-lero. Tudo era vivenciado na prática, fazendo, co-elaborando com dons e talentos, arte. Ele pedia que eu fosse sempre uma pessoa reflexiva. Que eu exercitasse a espontaneidade, a improvisação. Mais Teática! Teoria e prática não se separam! Lembrava-me a importância da aplicabilidade do conhecimento para solucionar os problemas públicos! “Precisamos curar as cisões entre ensinar e fazer, pesquisa e prática, escola e vida”. Para tanto, liberdade! Era tudo que eu mais queria...Nossa relação era intensa, viva, rica!

Mas aí o Gadotti me apresentou ao Paulo, a paixão mais arrebatadora da minha vida. Como perdi tempo! Nunca pensei que aquele de quem eu tanto ouvia falar pudesse ser realmente tão excepcional. Ele que estava tão pertinho de mim, sangue da mesma nação, brasileiríssimo melhor que qualquer gringo! Paulo já falava em ecopedagogia! Ele me ensinou que podemos ir além do aprendizado de conteúdos. Podemos reconstruir e transformar! Podemos fazer um mundo melhor, vendo a educação como instrumento para o desenvolvimento de pessoas melhores, como ato dialógico, como solução às necessidades sociais, como Libertação.

Foi triste quando terminamos. Queria tê-lo mais tempo ao meu lado. Mas foi preciso aceitar dividi-lo com as outras... digo, os outros. Paulo era para o Mundo! E lá se foi ele... emprestei para um colega, o meu Pedagogia da Autonomia, com todas as minhas anotações e grifos...

Não pensem que estou só. Não fico só. Tenho sempre um livrinho na vez, a fazer borbulhar meus pensamentos, bater mais forte meu coração, a me provocar a elaborar reflexões, a investigar como as suas estórias podem me ajudar a me tornar melhor e a colaborar para uma sociedade melhor. O senso crítico está atento. Atento às relações do dia-a-dia, à prática, às diferenças entre as pessoas, permitindo-me buscar vivenciar a fraternidade, o universalismo, o respeito... bem, nem sempre, mas é preciso tentar mais vezes... Ainda estou no time dos “eu sei de quase tudo um pouco, e quase tudo mal...” da Paulinha Toler. Contudo, não há dúvidas. Eis a grande vantagem desta promiscuidade educativa e intelectiva: uma contínua aprendizagem que dá gosto vivenciar e que me esforço a levar, a quem eu possa tocar, trocar, ensinar, educar, amar.