quarta-feira, 23 de março de 2011

Estratégias e Técnicas de ensino

No final de semana promovi uma Oficina para os amigos do Intercampi sobre Estratégias de Ensino. Foi um momento de rica troca, muitos já são docentes, e pudemos traçar paralelos entre a docência tradicional e a docência conscienciológica. Este pequeno artigo é para pontuar alguns tópicos que acho interessantes compartilhar aqui no Claressencia.

Primeiro, o pensamento de Karl Rogers, sintetizando meu papel de mera facilitadora das idéias e crucial para percepção de qualquer professor, que hoje vem sendo mais visto como um facilitador de aprendizagem: “Não consigo ensinar ninguém a ensinar...o único aprendizado que influencia o comportamento de uma forma significativa é a autodescoberta, o autoaprendizado próprio de cada pessoa”. Portanto, a proposta da oficina foi dar diretrizes para o autodesenvolvimento no ensinar, a cada professor.

Cada um é um universo microconsciencial, com seus diferentes valores, princípios, estilos. Contudo, é possível incrementar métodos e estratégias, desde dicas básicas até ferramentas tecnológicas mais avançadas. É possível capacitar-se, desenvolver novos talentos e competências, aperfeiçoar o estilo pessoal e superar dificuldades básicas. Neste ponto, destaca-se a importância do autoconhecimento e a integração comunial proposta por Parker Palmer, em Conhecer como somos conhecidos (Vide link Educação).

A oficina foi montada com conteúdos de um curso que ministrei (Capacitação de Grandes Grupos). Foi baseado em formações e estudos pessoais, somados a experiências como docente. Mas a validade das apresentações só poderá ser comprovada a partir da prática de cada um, lembrando a fábula do leão surdo, que o caçador não conseguiu fazer dormir com sua flauta mágica que encantava leões. As estratégias existem, mas uma técnica bem sucedida para um grupo em determinado contexto, pode ser ineficiente para outro grupo e/ou outras condições.

Tópicos discutidos:

1.Síntese de conceitos andragógicos – a diferenciação do ensino para Adultos.

2.Técnicas e dicas genéricas para as aulas – as técnicas ajudam a otimizar, dinamizar, variar as rotinas das aulas. Devemos conhecer várias ferramentas/técnicas, e desenvolver nossos próprios recursos pedagógicos.

3.Autoconhecimento e Gestão de Si Mesmo (Parker Palmer) - Força Presencial – a importância do facilitador se conhecer, usar seus talentos de forma consciente, ser autêntico, coerente em suas falas e promover a interação com os alunos, percebendo suas necessidades e fazendo-se entender.

4.Uso de Tecnologias na Educação – A Internet é uma realidade. Uma ferramenta utilizada pela grande maioria dos alunos. Seus recursos podem ampliar bastante a aprendizagem, seja no fornecimento de informações, seja em atividades realizadas com suas inúmeras alternativas (Redes sociais, Fóruns de discussão, Grupos de Discussão por e-mail, Blogs, Wikis, Webquests, etc).

5.O Papel da Educação a Distância (EAD) / Cursos Semipresenciais – o recurso da EAD está ao nosso dispor. A EAD apresenta vantagens para o aluno, que pode respeitar o seu ritmo de aprendizagem e estuda no momento que quiser, onde quiser, durante o tempo que quiser. O Design Instrucional oferece estratégias pedagógicas para a EAD.

Aqui no Blog já postei alguns artigos sobre estes temas, como “Sobre o ensino universitário”, e resenhas de artigos de autores educadores. Eles podem ser acessados no link do tema Educação. Vou pinçar da apostila do curso algumas dicas adicionais para próximas postagens aqui no Blog. A intenção é fornecer subsídios, idéias, para que cada um identifique a utilidade, quando usar, aprefeiçoar

Sucesso a todos os facilitadores do binômio ensino-aprendizagem.
Em tempo: ainda estou engatinhando na pedagogia e na parapedagogia.

Pequenas ações, grandes resultados - refletindo sobre autoestima pessoal

Esta semana recebi um pps de uma amiga que compartilha mensagens reflexivas. Muitas vezes não dou atenção a estas mensagens, vou seguindo trator nas tarefas do dia a dia. A estória tem muito apelo emocional, mas traz muito valor em sua essência. Conta a estória de uma professora que faz uma "corrente do bem" com a frase "Quem sou deixa marca". Cada pessoa recebe fitas com esta inscrição, devendo escolher outra pessoa que signifique algo especial para ela. Numa destas correntes, um grande executivo recebe de seu subordinado as fitas. Ele fica surpreso, ois era um homem "duro". Chegando em casa, conta a surpresa que ocorreu para o seu filho e diz que a pessoa que ele escolheu foi ele, pelo significado que tinha em sua vida. O filho põe-se a chorar, pois nunca pensara que significasse algo para o pai tão ausente...e segue-se o drama.

Pensei algumas coisas... Quando chego em casa dou muita atenção aos meus filhos, mas acho que, de fato, há pessoas ao meu redor para as quais eu poderia ser mais e melhor. Além disso, é verdade que na maioria das vezes, não reconheço a minha unicidade, "marca". Muita gente pode se identificar com este fato. Por isso quis compartilhar a reflexão aqui no Blog.

A questão com a identificação da nossa unicidade tem muito impacto na autoestima e em como conduzimos nossas vidas, nossas prioridades, nossos focos. Autoconfiança é crucial ao nosso equilíbrio, à nossa real autopercepção, e ao alcance de nossos objetivos.

No mais, de fato, como na estória contada como caso real, pequeníssimas iniciativas podem vir a gerar grandes resultados. Para a autoestima pessoal, uma iniciativa que some para o crescimento de outra pessoa é das melhores receitas – fazer assistência, principalmente uma assistência esclarecedora, que contribua para a evolução do outro, tem mais valor que colaborar financeiramente, por exemplo. Tenho este funcionamento: duas ações ampliam minha autoestima: estudar bastante, ampliando meu desenvolvimento mentalsomático e fazer assistência - sentir ter contribuído para o desenvolvimento consciencial de alguém. Foi uma boa oportunidade para refletir minhas próprias ações.

Lixo doméstico na praia de Boa Viagem

Compartilhei esta mensagem com meus alunos de Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental. Sentimentos vivenciados ontem.

Raramente tenho a chance de ter o prazer de dar uma caminhada pela praia em um belo final de tarde. Mas o prazer foi destruído ao ver, mais uma vez, a quantidade de lixo doméstico espalhado por largo trecho na altura dos Jardins de Boa Viagem. O mar dava nojo de entrar com tanto lixo plástico flutuando. Garrafas quebradas, tubos de shampoo e cremes, tampas e sacolas plásticas, potes de margarina, etc, se espalhavam pela praia e no mar.

Isso deve ter ocorrido por conta de nas noites anteriores, com lua cheia, a maré ter sido forte, penetrando nos nossos vários rios e canais e puxando para o mar toda a sua sujeira.

Fica cada vez mais urgente a coleta seletiva. Dizem que nas comunidades mais pobres as pessoas jogam o lixo diretamente nos canais. MAs a realidade é que, sem saber de onde vem este lixo, não podemos responsabilizar nenhum grupo. E como exigir que alguém faça a separação do lixo pra reciclar se nós mesmos não fazemos. Ou seja, damos um tiro no próprio pé.

Sem a reciclagem, lotamos os lixões e deixamos de poupar a natureza. Ao invés de reciclar os recursos já retirados (árvores para papel, petróleo para os plásticos, entre outros), vamos retirando ainda mais... enquanto ainda tivermos recursos. Por outro lado, há cidades na Europa que mesmo com reciclagem não possuem mais espaço pra tanto lixo, que pode levar dezenas de anos pra se decompor. Vale lembrar que reciclar é mais barato que extrair e processar os materiais. Ficamos até sem entender por motivo os empresários não se esforçam mais pra reciclar. Cadê a inteligência??!!

O lixo orgânico é menos problemático. Em pouco tempo se decompõe. Aliás, se o tanto de lixo que vi ontem fosse só orgânico seria até bom pra nosso mar que é pobre em nutrientes em nossa região... embora o uso para banho continuasse inadequado.

É isso gente.

Agradeço a atenção, e espero que todos saiam deste curso, no mínimo, fazendo a coleta seletiva em seus lares.