terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Proposta de curso de autodesenvolvimento para servidores públicos – uma breve resenha

Embora sábios e filósofos desde a antiguidade já apresentassem questionamentos e reflexões quanto a quem somos e por que existimos, nunca tem sido tão reforçada a importância do autoconhecimento e do desenvolvimento pessoal e profissional em nossa sociedade, principalmente, nas empresas. As mais diferentes alternativas e métodos têm sido apresentadas, desde retiros espirituais até cursos de imersão para altos executivos.

Sou servidora pública. E me orgulho disto. Eu tenho sonhos. Ideais. Há algum tempo elaborei uma proposta de curso para os servidores do Estado. Não sei se vai ser aprovada para ser oferecida pelo centro de formação dos servidores do Estado. Apresentei uma minuta que inclusive pode ser cedida para o curso ser ministrado por outros instrutores. O que me traria satisfação é poder ver mudança, evolução no serviço público - pelo bem maior da sociedade – justiça e qualidade de vida. E poder vivenciar estes ideais: ajudar pessoas a investirem na sua evolução - pessoal e profissional; e sensibilizar as pessoas para contribuírem com a sustentabilidade do planeta. Como servidora pública, invisto em dignificar nossa profissão, contribuindo para melhorias na nossa sociedade. Sou uma "sonhadora", mas sei que não estou só nestes sonhos. Por este motivo, resolvi compartilhar estas reflexões, e apresentar as bases da proposta do curso, direcionado a servidores públicos.

Acredito nas mudanças de paradigmas relacionadas ao serviço público, e tenho a confiança de que podemos servir a sociedade cada vez melhor. Este curso visa a colaborar para este processo e a ampliar o desenvolvimento pessoal e profissional dos servidores do estado ao qual pertenço atualmente - Pernambuco. O título provisório é “Curso Prático de Autocoaching – estratégias para o desenvolvimento pessoal e organizacional no serviço público”.
Autoconhecimento, autodesenvolvimento pessoal e profissional e projeto de vida são os principais temas abordados. O curso proposto, em linhas gerais, tem como objetivo apresentar conteúdos e técnicas para promover o desenvolvimento pessoal e profissional do servidor público, considerando suas especificidades, e, como conseqüência, colaborar para uma melhor qualidade do serviço púbico para a sociedade. O curso é 30% teórico e 70% prático, para efetiva aprendizagem e cumprimento dos objetivos, entendendo aprendizagem, como mudança de comportamento.



CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


1. Autoconhecimento

2. Autodesenvolvimento

3. Gestão de si mesmo

4. Autopesquisa consciencial: metodologia para o Autoconhecimento

5. Conceitos de Autoconsciencioterapia

6. Dimensões humanas – física, mental, emocional, espiritual

7. O trinômio motivação-trabalho-lazer;

8. A importância da autoestima

9. Saber priorizar

10. Auto-organização e administração do Tempo

11. Visão de futuro

12. Princípios de planejamento e gestão de projetos

13. Projeto de Vida

14. Motivação

15. Resgatando a importância do servidor público

16. Cidadania, ética e ecologia no serviço público



Prático.Não vamos ver todas as variáveis, nem pretende-se esgotar o tema, mas dar o pontapé inicial de alavancagem no processo individual de autodesenvolvimento pessoal e profissional. O curso não prevê vivências catárticas, ou vivências emocionais críticas, mas é essencialmente prático (70%), com metodologia voltada para promover uma autoanálise metódica e consciencial, a partir de um balanço de vida pessoal, de forma racional, que redirecione a pessoa para promover uma reciclagem de valores e atitudes, incluindo a construção de um plano de ação, impulsionador do próprio projeto de vida pessoal, individual.



RESULTADOS ESPERADOS (JUSTIFICATIVAS)

Para a organização. Implementação do comprometimento, das competências e do desempenho do servidor público, gerando mais resultados funcionais e institucionais.

Para o indivíduo. Assumir a responsabilidade pelo seu desenvolvimento pessoal e profissional. Implementar seu equilíbrio emocional, sua qualidade de vida e seu bem estar. Obter maior satisfação pessoal e profissional. Aumentar e qualificar sua colaboração na sociedade.

Para a sociedade. Quebrar paradigmas. O papel do servidor público implementado. Entendimento da importância do serviço público para a sociedade. Resgate da autoestima do servidor público.


BIBLIOGRAFIA ASSOCIADA

André, Christophe e Lelord, François. Auto-estima. Amar a si mesmo para conviver melhor com os outros. Rio de Janeiro: Nova Era, 2006.

Angelis, Joanna. Autodescobrimento: uma busca interior. Psicografado por Divaldo P. Franco. Salvador: Liv. Espírita Alvorada, 2000.


Boeckmann, Clara. Autoconhecimento e projeto de vida - garantindo a concretização dos votos de fim de ano. Disponível em: http:\\claressencia.blogspot.com. Acessado em 26.12.2008.

Balona, Malu. Autocura através da reconciliação. Rio de janeiro: Editora do IIPC, 2004.

Bonder, Nilton. O Sagrado. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Buzan, Tony. Mapas Mentais. Métodos criativos para estimular o raciocínio e usar ao máximo o potencial do seu cérebro. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.

Connie. Palladino. Como Desenvolver a Auto-estima: Um guia para o Sucesso. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007

Dutra, Denize A. Curso de Desenvolvimento Pessoal. São Paulo: Mentor, 2002.

Elkins, David. N. Além da Religião. Um programa personalizado para o desenvolvimento de uma vida espiritualizada fora dos quadros da religião tradicional. São Paulo: Cultrix, 1998.

Emmett, Rita. Não deixe para depois o que você pode fazer agora. Dicas práticas para organizar o seu tempo e se tornar produtivo. 2. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Sextante, 2003.

Estes, Clarissa Pinkola . Mulheres que correm com os lobos. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.

Ferreira Junior, João Luiz. Autogerenciamento evolutivo através de Tecnologia Avançada – Planilhas evolutivas. Anais da III Jornada de Autopesquisa Conscienciológica: Teática dos caminhos para a desperticidade; Rio de Janeiro, RJ; 10-12.06.04. Foz do Iguaçu, PR: Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, 2004.

GERZON, Robert. Encontrando a Serenidade na era da Ansiedade. Traduzido por Heliete Vaitsman. Rio de janeiro: Objetiva, 1997.

Horney, Karen. Conheça-se a si mesmo (Auto-Análise). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.

Mancini, Marc. Como Administrar seu tempo. 24 Lições para se Tornar Proativo e Aproveitar Cada Minuto no Trabalho. Rio de Janeiro: Ed. Sextante, 2007.

Mota, Tathiana. Laboratório Concienciologico Pessoal. Anais da III Jornada de Autopesquisa Cosncienciológica: Teática dos caminhos para a desperticidade; Rio de Janeiro, RJ; 10-12.06.04. Foz do Iguaçu, PR: Instituto Internacional de projeciologia e Conscienciologia, 2004.

Razera, Graça. Hiperatividade Eficaz: Uma Escolha Consciente – um estudo conscienciológico sobre o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade infantil – TDAH. 2ª Edição. Foz do Iguaçu-PR: Associação Internacional Editares, 2008.

Takimoto, Nario – Princípios teáticos da Consciencioterapia. Proceedings of the 4th Consciential Health Meeting. JC Vol. 9. No. 33S. 2006.

Tolle, Eckhart. O poder do agora. Rio de Janeiro: Sextante, 2002.

Vieira, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 1.058 p.; 700 caps.; 300 testes; 8 índices; 2 tabs.; 600 enus.; 5.116 refs.; geo.; glos. 280 termos; 147 abrevs.; alf.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; Instituto Internacional de Projeciologia; Rio de Janeiro, RJ; 1994.

Viscott, David. A linguagem dos Sentimentos. 11ª Ed. São Paulo: Summus Editorial. 1976.

Zeigler, Ken. Como se tornar mais organizado e produtivo. 24 Lições para estabelecer metas, definir prioridades e gerenciar seu tempo. Rio de Janeiro: Sextante, 2007.

Viscott, David. Liberdade Emocional. Deixando o passado para Viver o presente. São Paulo: Summus, 1998

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2012 - Mais um Ano Novo

Muitos rejeitam as “receitas de bolo”. Muitos chamam pejorativamente “autoajuda”. Mas é fato: os bolos crescem quando seguimos a receita – raramente dá certo misturar tudo na panela. Outro fato: a única ajuda garantida, é a que podemos fazer por nós mesmos.

Já escrevi várias mensagens sobre autopesquisa, projeto de vida, autoconhecimento... Desta vez, resolvi escrever uma receita rápida, do bolo mais gostoso que consegui fazer até agora, para mim mesma. Tenho certeza que a receita ainda vai melhorar – espero melhora-la a cada ano, até o final da minha existência, olhando para trás para ver o que evoluí.

Então, segue pequena receita do bolo que costumo fazer a cada virada de ano:
î Fazer balanço existencial – o que foi bom, o que aprendi, o que faltei, no que me omiti;
î Rever o planejamento do projeto de vida – o que ainda é válido, o que preciso acrescentar – curto, médio e longo prazo;
î Rever o que preciso melhorar, as metas e objetivos para isso;
î Incluir os tópicos do projeto de vida: Completismo existencial, Família, Parapsiquismo, Assistencialidade, Dupla Evolutiva, Reciclagens intraconscienciais, Intelectualidade, Saúde e conforto, e concretizar os respectivos objetivos;
î Focar a autopesquisa, o voluntariado na Conscienciologia e a interassistencialidade;
î Por tudo no papel – uso de planilhas e agendas.
î Mobilizar as energias – EV, para dominar as energias;
î Desenvolver disciplina.

Este ano, meus votos a todos é para que todos façam muitas realizações evolutivas, com saúde física e consciencial, regadas a serenidade e alegria.

Gestão por Competências – Ferramenta evolutiva no ambiente organizacional

Às vésperas de terminar o ano, tenho uma nova tarefa na instituição em que trabalho. Como servidora pública, entendendo o meu papel privilegiado de servir à sociedade com seriedade, respeito e eficiência. Participo agora no projeto de preparar a organização para a implantação da Gestão por Competências, trabalho que será realizado por uma consultoria a ser contratada daqui a alguns meses. Os objetivos do projeto de preparação são divulgar e explicar o que é a Gestão por Competências, debater a proposta, dirimir dúvidas, buscar a gestão participativa, explicando que são as pessoas que construirão a GPC, como coparticipantes do processo.

É uma tarefa desafiadora, mas que tem tudo a ver com meus ideais profissionais e de vida. Para muitos, pareço ingênua – os mais amigos, chamam-me de sonhadora, idealista. Mas não desisto dos meus ideais de contribuir para o desenvolvimento de uma cultura organizacional na SEFAZ, minha “casa” desde 1996, mais profissional, ética e responsável, com reverberações para a sociedade. Vislumbro a possibilidade das pessoas se autorrealizarem em seu trabalho, por se sentirem úteis, fazendo atividades que gostem, em um ambiente agradável, com situações que promovam a aprendizagem pessoal e profissional. A metodologia da Gestão por Competências vem a este encontro.

Fazendo um parêntese trago o conceito do trinômio motivação-trabalho-lazer, que propõe que tenhamos um trabalho que traga satisfação e evolução pessoal, afinal, 1/3 de nosso dia é dedicado ao trabalho. Não é mundo cor de rosa. Os conflitos e crises sempre existirão, sem o quê não haveria mudança, crescimento, evolução. Às vezes realmente dói. Mas é então que reciclamos, que revemos as escolhas e, freqüentemente, mudamos nossos caminhos: evoluímos.

Por que a Gestão por competências é uma ferramenta evolutiva?

Em síntese, a GPC, a partir dos objetivos e metas a serem alcançados pela organização, consiste em identificar e corrigir a lacuna entre as competências necessárias para a concretização dos resultados e as competências internas disponíveis. Toda uma metodologia e tecnologia já existem para garantir este trabalho (Sugestão: Aplicação Prática de Gestão por Competências – Rogério Leme - Ed. QualityMark), que acaba gerando os seguintes resultados e respectivos significados evolutivos:
















Diante do exposto, apresento uma pequena lista de vantagens/benefícios que a GPC pode trazer para a instituição:

-Os gestores detêm um ferramental para gerir melhor suas equipes;
-Os servidores passam a identificar melhor suas aptidões e intenções na instituição - autoconhecimento e autodesenvolvimento;
-Ocorre o desenvolvimento das pessoas, a partir da metodologia e com ações de feedback e capacitações;
- As pessoas ampliam sua produtividade e encontram satisfação em seu trabalho;
- Sociedade melhor atendida em suas necessidades.

Espera-se servidores mais comprometidos com o trabalho, por verem um sentido no que fazem e percebem que podem se desenvolver nos aspectos técnicos e também comportamentais. É o jogo ganha-ganha, onde há benefícios para a instituição, para os seus servidores e para a sociedade.

Contudo, a Gestão por Competências só poderá acontecer, se cada um puder se ver como co-ator do processo – que não ocorre da noite para o dia. É uma construção coletiva, para o que apelo a duas máximas de dois grandes personagens da humanidade:
"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Martin Luther King
“O Homem é essencialmente bom” Dalai Lama.