domingo, 29 de abril de 2018

Sobre autoajuda

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Hoje uma tia querida e admirada me mandou um vídeo miniconferência de Lori Deschener, uma escritora, filósofa e budista de autoajuda (https://youtu.be/0sw84V3ADBE ). Indicou-me assistir e me questionou: “o que vc “defende”/“prega” é “auto-ajuda”?” O vídeo fala de importantes pontos e que me inspiraram reflexões e a escrever. Agradeço a oportunidade de reflexão e inspiração neste domingo ensolarado, rendendo mais um artigo :-)

Alguns pontos:
  • O problema autoajuda x autoatrapalha;
  • O problema do desgaste do termo autoajuda;
  • Os problemas das generalizações radicais, propostas simplórias e charlatães manipuladores;
  • O problema das muitas teorias e poucas práticas sem desenvolvimento pessoal efetivo. Muita gente lê e compartilha coisas lindas de “autoajuda”, mas sua prática cotidiana não às incorpora. Às vezes, é até contrária àquilo!
  • Todos temos nossas limitações;
  • Todos temos grandes histórias pessoais – “Tiny Buddha” -  que podemos compartilhar e contribuir para a vida de outras pessoas – o “Senso de Community”: “todos podemos ser também inspiração para outros”.

A autoajuda é sim, possível, mas é um termo desgastado e estigmatizado. De fato há propostas de autoajuda que podem destruir a psique de uma pessoa. Como outras que podem salvar alguém!

É possível sim o autodesenvolvimento, a autoevolução, e defendo propostas técnicas, sérias, que ajudem realmente as pessoas interessadas em evoluir e em contribuir para um mundo melhor – cada um do seu jeito. 

Confesso a todos que, que apesar de buscar aplicar minhas 103 pílulas de inteligência emocional, entre outras pílulas evolutivas, tenho muito chão a percorrer na jornada evolutiva. Mas me alegra constatar, de tempos em tempos, que não estou parada no acostamento! 

Segue link para o artigo ampliador de alguns pontos, resultante destas inspirações. De Tiny Buddha de minha tia, para o meu “Tiny Budha” http://claressencia.blogspot.com.br/2018/04/autoevolucao-caminho-de-realizacoes.html .

AUTOEVOLUÇÃO – caminho de realizações pessoais dependente de discernimento


O termo autoajuda está muito desgastado, pela enxurrada de livros e propostas produzidas, e, principalmente, pelos autores e propositores simplórios, simplificadores, prolixos, limitados, e até charlatães manipuladores, marcadamente aqueles com grande carisma, efusivos e apelativos. E que quando pior, colocam rótulos nas pessoas, generalizam, ou pregam teorias hipotéticas como verdades absolutas. Ou propõem um “remédio” que cura todas as “doenças”, de todas as pessoas.

É necessário muito cuidado com a seleção dos conteúdos de autoajuda. Particularmente, prefiro palavras como autodesenvolvimento, autoliderança, ou autoevolução. E penso sim, que cada um precisa se responsabilizar pelo seu processo de crescimento pessoal. Sou fã da máxima de Galileu: “não se pode ensinar nada a um homem, que já não esteja dentro dele”. E portanto, precisamos fazer contínuos “inputs” de sabedoria e conhecimento, por estudos, análises das realidades dos outros, reflexões e vivências práticas, pessoais. 

Em minha experiência, preciso sentir que hoje, estou mais evoluída que 5 anos atrás, e não consigo deixar de desejar estar melhor que hoje, daqui a 5 anos. Causa-me mal estar quando me percebo repetindo os mesmos erros, ou sofrendo do mesmo jeito ou pelas mesmas razões. Busco ampliar continuamente a pacificação íntima, ser uma pessoa melhor, e contribuir cada vez mais para um mundo melhor, ajudando as pessoas a também evoluírem.

Voltando ao tema autoajuda, é fato que cada pessoa é única, e todos enfrentam desafios, traumas, decepções, etc. E cada um tem motivações, aspirações, valores diferentes. Por isso, cada “proposta”, técnica, linha filosófica, método, não vai servir para todos. E vai ter casos, que será necessária a ajuda de um profissional, para que alguém possa superar determinado problema, ou desenvolver certo traço força que deseja ter. 

É necessário muito cuidado com as promessas oferecidas em livros, cursos, e, agora, muita coisa na internet. Boas e péssimas. Daí porque considero que o discernimento é um dos traços mais importantes a desenvolver, para saber diferenciar o que presta, e o que não presta, o que funciona e o que não funciona; entender que algo ótimo para uma pessoa, pode não servir para outra. O cuidado com jargões, e afirmações radicais. 

Exemplificando, nos primórdios da Psicologia, Freud era categórico em colocar a libido como responsável ou associada a todos os problemas psíquicos. Felizmente avançamos, e hoje temos várias linhas mais interessantes que a Psicanálise freudiana. Recentemente ouvi um “guru” muito reconhecido na sociedade, falando que tudo, em absoluto, é resultado da ação dos seus pais. E que tudo o que seus filhos forem, é responsabilidade sua. 

Em décadas de estudo e pesquisa na Psicologia e Conscienciologia, é possível afirmar que de fato, há um peso significativo na formação psicoafetiva do indivíduo, dos pais e do meio em que a pessoa se desenvolve. Mas se alguém fechar seu raciocínio apenas nestas “máximas”, de maneira radical, vai deixar de enxergar inúmeras outras variáveis, e, certamente, vai deixar de resolver seus “problemas” e de alavancar sua evolução.
 
Para concluir, dou extremo valor sim, a propostas de qualidade para a autoevolução, autodesenvolvimento, autoajuda, desde que incluam contínuos investimentos na ampliação do autodiscernimento, até para saber quando vai precisar de ajuda externa. E uma dica final: junte a isso a “intenção cosmoética”. Que seu desejo de se desenvolver seja benigno, altruísta, e inclua o bem comum, outras pessoas. Você melhor e um mundo melhor. E na prática cotidiana!

O ideal mesmo, é a evolução dentro do Paradigma Consciencial! Como já expus em outros posts aqui neste blog.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Antipolarizações radicais

Fico triste com os radicalismos. Triste com pessoas que pensam o pior de pessoas que não conhecem. Por exemplo, que por eu ser contra o PT, eu seria uma fascista, e que me incomodo com a pobreza diminuir! Chocante.... E pouco importa se eu também crítico outros políticos de todos os outros partidos, pois o problema é eu ser contra os queridos ídolos ou PT....
Fascista! Coxinha! Misógeno! ... Comunista! Mortadela! Ladrão!
Estas polarizações  cansam e desgastam relacionamentos. Devíamos nos unir em prol da causa comum de um país com mais justiça social e mais Educação. Conheço pouquíssimas pessoas com características tão maquiavélicas como as apontadas nos textos dos extremistas - tanto dos de esquerda, quanto nos de direita. Se  necessário, cada um deve guardar para si suas crenças e aproveitar o tempo para ajudar com atitudes, intercompreensão, pacifismo, respeito. Troca de insultos, debates improdutivos, em que se ataca o outro, e não a ideia do outro, só trazem desequilíbrios. E a verdade sempre aparece, mais cedo ou mais tarde. Então, deixemos as diferenças de lado, e vamos nos unir pelos pontos em comum!
Fica um registro adicional para reflexão.

Dia de tristeza, dia de ilusões, dia de reflexões para ações

Amanheço com uma tristeza. Ordem de prisão a um ex-presidente icônico. Porque é dia de se evidenciar novamente a podridão da política no Brasil - a prisão de um indivíduo que perdeu oportunidade histórica de minimizar a injustiça social no país – começou bem, terminou mal. Indivíduo que dizia-se defensor do social, mas que hoje comprova-se que igualmente perdeu-se no “mecanismo”, e seus feitos foram sobrepujados pelo registro da maior corrupção do país.
Expõe-se não apenas a ponta do Iceberg, mas uma grande parte dele, e continuamos escutando argumentações toscas, polaridades nocivas entre cidadãos, enquanto continuamos com uma realidade de pobreza, de caos da saúde pública, da educação cada vez mais desqualificada, e no aumento da criminalidade.
A outra tristeza, é por ser um dia em que mais uma vez se escancaram ilusões. Tanto de “Esquerdistas” quanto de “Direitistas”. A ilusão dos remanescentes defensores de inocência de um corrupto (ou pior, acham que os fins justificam os meios, e que foi perdoável o que ele roubou, porque fez algo pelas pobres), quanto também a ilusão dos que comemoram a prisão de um ex-presidente de esquerda, como se isso fosse resolver o problema do Brasil, e quando isso é a prova da lama em que vivemos. Vergonha desta máquina política corroída, em 90% de suas "engrenagens".

Predomina o sentimento de impotência. Mesmo com várias horas semanais dedicadas ao voluntariado para levar uma melhor educação a jovens de baixa renda.

Que predomine a esperança, de que estejamos tirando a sujeira de baixo do tapete e vamos mudar de patamar... mas sem a ingenuidade de prender-se a esta ilusão.

A Reforma Política é essencial. São quase 600 políticos, a consumir OFICIALMENTE mais de 150 milhões por mês, em seus salários, benefícios e verbas. Quase 2 bilhões por ano! Sem contar as propinas e perdas por má gestão. E o que estes “ratos” têm feito de bom pelo povo brasileiro? Algumas “emendas”, ajustes legais, esmolas pífias... Isso dá-me mesmo um enjôo!
Daí vem a terceira maior tristeza: testemunhar que apenas uma microminoria da população pensante do país, contribui com alguma atitude prática para uma mudança. Nosso percentual de voluntários (11%) é pequeno (http://g1.globo.com/natureza/blog/mundo-sustentavel/post/brasil-tem-164-milhoes-de-voluntarios-e-pouco.html) . Nem promover ou participar das manifestações políticas. No máximo, manifestam sua revolta nas redes sociais.

E se não podemos esperar nada de quem está na luta da sobrevivência nas classes mais baixas, que futuro temos? Daí a importância de cada brasileiro privilegiado, que teve acesso a uma boa educação e profissão, olhar ao seu redor e ver o mínimo que está a seu alcance em fazer. Pequenas ações de por exemplo 2,5  milhões de brasileiros que assinaram as 10 Medidas Anti-Corrupção, poderiam trazer mais resultados do que os 4 anos de mandato do futuro Presidente.

Reflita para você mesmo, como pode ajudar – doações financeiras para instituições assistenciais, e principalmente, doação de seu tempo para o voluntariado – há quem passe 3 ou mais horas por semana, nas redes sociais, distantes da realidade social. Poderia doar 1 hora por semana de seu tempo em uma das milhares de possibilidades de ajuda nas instituições? Toda ajuda é bem vinda!

Reflita e ajude o Brasil com ações. Faça sua parte. Faça o seu melhor. O melhor que puder.