No final de semana promovi uma Oficina para os amigos do Intercampi sobre Estratégias de Ensino. Foi um momento de rica troca, muitos já são docentes, e pudemos traçar paralelos entre a docência tradicional e a docência conscienciológica. Este pequeno artigo é para pontuar alguns tópicos que acho interessantes compartilhar aqui no Claressencia.
Primeiro, o pensamento de Karl Rogers, sintetizando meu papel de mera facilitadora das idéias e crucial para percepção de qualquer professor, que hoje vem sendo mais visto como um facilitador de aprendizagem: “Não consigo ensinar ninguém a ensinar...o único aprendizado que influencia o comportamento de uma forma significativa é a autodescoberta, o autoaprendizado próprio de cada pessoa”. Portanto, a proposta da oficina foi dar diretrizes para o autodesenvolvimento no ensinar, a cada professor.
Cada um é um universo microconsciencial, com seus diferentes valores, princípios, estilos. Contudo, é possível incrementar métodos e estratégias, desde dicas básicas até ferramentas tecnológicas mais avançadas. É possível capacitar-se, desenvolver novos talentos e competências, aperfeiçoar o estilo pessoal e superar dificuldades básicas. Neste ponto, destaca-se a importância do autoconhecimento e a integração comunial proposta por Parker Palmer, em Conhecer como somos conhecidos (Vide link Educação).
A oficina foi montada com conteúdos de um curso que ministrei (Capacitação de Grandes Grupos). Foi baseado em formações e estudos pessoais, somados a experiências como docente. Mas a validade das apresentações só poderá ser comprovada a partir da prática de cada um, lembrando a fábula do leão surdo, que o caçador não conseguiu fazer dormir com sua flauta mágica que encantava leões. As estratégias existem, mas uma técnica bem sucedida para um grupo em determinado contexto, pode ser ineficiente para outro grupo e/ou outras condições.
Tópicos discutidos:
1.Síntese de conceitos andragógicos – a diferenciação do ensino para Adultos.
2.Técnicas e dicas genéricas para as aulas – as técnicas ajudam a otimizar, dinamizar, variar as rotinas das aulas. Devemos conhecer várias ferramentas/técnicas, e desenvolver nossos próprios recursos pedagógicos.
3.Autoconhecimento e Gestão de Si Mesmo (Parker Palmer) - Força Presencial – a importância do facilitador se conhecer, usar seus talentos de forma consciente, ser autêntico, coerente em suas falas e promover a interação com os alunos, percebendo suas necessidades e fazendo-se entender.
4.Uso de Tecnologias na Educação – A Internet é uma realidade. Uma ferramenta utilizada pela grande maioria dos alunos. Seus recursos podem ampliar bastante a aprendizagem, seja no fornecimento de informações, seja em atividades realizadas com suas inúmeras alternativas (Redes sociais, Fóruns de discussão, Grupos de Discussão por e-mail, Blogs, Wikis, Webquests, etc).
5.O Papel da Educação a Distância (EAD) / Cursos Semipresenciais – o recurso da EAD está ao nosso dispor. A EAD apresenta vantagens para o aluno, que pode respeitar o seu ritmo de aprendizagem e estuda no momento que quiser, onde quiser, durante o tempo que quiser. O Design Instrucional oferece estratégias pedagógicas para a EAD.
Aqui no Blog já postei alguns artigos sobre estes temas, como “Sobre o ensino universitário”, e resenhas de artigos de autores educadores. Eles podem ser acessados no link do tema Educação. Vou pinçar da apostila do curso algumas dicas adicionais para próximas postagens aqui no Blog. A intenção é fornecer subsídios, idéias, para que cada um identifique a utilidade, quando usar, aprefeiçoar
Sucesso a todos os facilitadores do binômio ensino-aprendizagem.
Em tempo: ainda estou engatinhando na pedagogia e na parapedagogia.
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