Já tinha ouvido falar neste problema. Mas nunca tinha flagrado um trabalho de aluno copiado da Internet. O trabalho era extremamente simples: assistir o curta “A História das Coisas” e pontuar 3 enfoques que mais lhe chamaram a atenção, comentando um pouco os tópicos escolhidos. Pedi no máximo meia página. Custei pra ler os cerca de 150 textos. Muitos alunos foram brilhantes. Alguns textos eram dignos de publicação em grande Jornal de circulação. A maioria foi sincera, com suas peculiaridades e estilos próprios de se colocar, apesar de vários terem feito apenas uma pequena lista (Poluição, contaminação do leite materno, reciclagem). O pior, contudo, é que muitos tinham ao menos trechos de seus textos transcritos da Web, ou de algum colega que tinha feito o trabalho também . Um certo aluno, descaradamente, “copiou-colou” um artigo inteiro, não se dando sequer ao trabalho de corrigir o português de Portugal do texto.
Talvez eu não tenha identificado todos os plágios, mas isso me levou à reflexão de que, certamente, quem mais perde com isso, é o aluno que, além de praticar o anti-ético, não exercita o funcionamento do cérebro. Não enfoco aqui o lado do autor original, mas o que publica um conteúdo de outrem como se fosse seu. Não colocando o cérebro para funcionar, plagiando outros textos, perde-se a oportunidade de desenvolver-se intelectualmente. A pessoa não cresce, não desenvolve-se mentalmente, seus limites serão muito menos competitivos para as conquistas da vida - profissional e pessoal também. Afinal, o cérebro é o mesmo para os dois aspectos da vida. Uma pena quem não viu esta triste realidade. Espero que nas próximas oportunidades, façam diferente e façam decente, consciente, com ética. Não basta saber, conhecer, criticar o governo, as indústrias, as corporações, o capitalismo, o vizinho mau educado... é preciso praticar a responsabilidade, a ética, tanto quanto a ecologia.
Conforta-me voltar a focar os brilhantes, que sirvam de inspiração aos que ainda não experimentaram buscar melhorar. E não quero deixar de recomendar, mais uma vez, o imperdível “A História das Coisas”. Para um banho de cultura, apresentada de forma lúdica e sintética, para ampliar a reflexão quanto à realidade ecológica e econômica do planeta, e para, principalmente, estimular você leitor, a agir, atuar, praticar, fazer sua parte, exercitar a responsabilidade, a cidadania, o universalismo e a cosmoética.
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