Esta música marcou uma época e para mim é uma das mais
lindas de todos os meus anos de vida. Do tempo em que a música não precisava de
superproduções e rebolados para vender. E que as letras tinham mais conteúdos relacionados
ao ser humano.
Mas somente recentemente notei a profundidade da sua letra. E
vejo que continua referente a dramas em que vivem muitas pessoas, apesar da situação
específica trazida na letra. Pode-se perceber muitas facetas e críticas
relacionadas à sociedade da época. Mas também traz reflexões muito atuais:
A culpabilização aos outros e ao mundo pelas das próprias agruras... a
autovitimização;
A não valorização das coisas boas que tem na vida;
O buraco em que se cai quando uma vida apenas de busca pelo prazer,
Os arrependimentos pelas escolhas erradas e ilusórias;
As ilusões de crenças infundadas;
A experiência de várias vidas improdutivas....
Destaco o problema da autovitimização, de colocarem a culpa
nos outros e no mundo lá fora, o de não valorizarem o que têm, o de pensar que “a
grama do vizinho é sempre mais verde”, e o drama do afã de “curtirem a vida” se
perdendo de si. Seguem algumas reflexões, para nos “trazer para nós mesmos”.
No drama da autovitimização, as pessoas não assumem as
rédeas da própria vida, não se responsabilizam pelo que lhes acontecem, não
percebem que colhemos o que plantamos, que tudo é consequência das nossas
escolhas, e estas muitas vezes são inconsequentes ou irracionais. E ainda há
quem goste de fazer a pose de “coitadinho(a)”.
No drama do afã pelo
prazer, há pessoas que vivem “um dia após o outro”, “matam um leão a cada dia”,
“deixam a vida lhe levar”, “o importante é ser feliz”, e assim passam-se os
anos, sem pensarem no que realmente importa, nos seus valores mais nobres, nos
seus anseios mais profundos. Muitas vezes, mal conseguem listar uma dúzia de
suas características pessoais no paradoxo de só olharem para o próprio umbigo e
interesses, e tampouco pensam em ampliar sua contribuição para um mundo melhor.
Não investem em autoconhecimento, superar suas limitações e dificuldades
íntimas, e muitas vezes culpam os outros ou o mundo por suas agruras. É uma pena
que tantas pessoas “Never been to them”.
E você? Have you been to you? Quais os
seus dramas? Que conquistas e superações já promoveu pela sua intraconsciencialidade?
Vamos escutar novamente com tradução? https://www.youtube.com/watch?v=QwNobBRvuG4
Nesta vida,
I finally have been to me!! With all the consequences.