Elaborei estas reflexões a partir de questionário do meu órgão de trabalho, onde uma das questões foi “Qual a sua maior preocupação relacionada ao trabalho hoje?”.
Para mim, com trabalho viável 100% remotamente, e hábitos intelectivos - leitura, estudo, a quarentena me beneficiou - não mais o caos do trânsito, da poluição sonora, sem necessidade de mais bens de consumo (só alimentação), constantes contatos com o mundo lá fora através de lives, videoconferências, ligações telefônicas... Até me reaproximei de pessoas com as quais há tempos não falava...
Marido e filho por 24 horas nos aproximou mais. Ambos ocupados também - trabalho e estudo... Não há tédio para quem tem atividades intelectivas, de voluntariado, e de autodesenvolvimento. Mas o mundo lá fora sofrível... As mortes, os doentes, os impactos na economia e nas pessoas que dependem do comércio. As pessoas de classe social mais baixa, sem o mínimo de conforto físico, sem escolaridade adequada, com várias carências, e a sobrevivência ainda mais difícil.
Os problemas para pessoas em condição de risco, e aquelas sem inteligência emocional, sem hábitos saudáveis, sem propósito de vida, as que estão perdidas sem poder exercitar seus mecanismos de fuga, a depressão, a violência doméstica, as dificuldades de convivência mais frequente no lar, com os familiares. Valores precisam ser revistos. Os excessos de consumo e de diversão, os vícios, as dependências, as carências, as lacunas, os vazios existenciais, entre outros desequilíbrios, tendem a jogar as pessoas em abismos que foram ampliados por este momento crítico de isolamento, de doença e de crise econômica.
Tudo repercute em todos. Estamos todos conectados. E não dá pra ficar 100%, sabendo da infelicidade de tantos outros. As pessoas precisam se conscientizar quanto às mudanças necessárias. Fico na torcida para que esta pandemia traga transformações significativas para a humanidade. Que esta pandemia gere algo de positivo. Que transforme, traga evolução. Diminuam-se as futilidades, o consumismo, as fugas, os vícios, os impactos ambientais.
Que todos possamos desenvolver maior solidariedade, fraternidade, respeito. Que as pessoas percebam a importância da responsabilidade planetária, do universalismo, do investimento em si mesmas, da qualidade das relações, do cuidado com o outro, da interassistência, de unir esforços em prol do bem comum, e de uma humanidade mais lúcida e solidária. Tempo de ampliação de inteligência emocional, em crescendo para a inteligência evolutiva, rumo ao serenismo para as consciências que decidam pelo investimento na autoevolução consciencial.
Dicas experimentadas que tem tornado este período transformador para mim:
Dicas experimentadas que tem tornado este período transformador para mim:
- Trabalho - se você está empregado, veja como pode desempenhar qualquer atividade em home office. Seja criativo, faça cursos EAD, mantenha contato com os colegas.
- Voluntariado - se tem uma brecha de tempo, há várias instituições necessitando de ajuda, inclusive para colaborações virtuais. Indico o Educavida! www.educavida.org.br. Aproveite para exercitar a solidariedade.
- Leitura - escolha bons livros. Se tiver tempo, uma literatura de qualidade. Se o tempo for curto, um livro para aprimorar seu desenvolvimento pessoal e/ou profissional.
- Estudo - Identifique um tema que gostaria de ampliar a pesquisa ou autopesquisa. Um período da História, que tenha curiosidade, uma habilidade que queira desenvolver (artesanato, música, fotografia). Para autopesquisa - que traços superar, reciclar, que traumas suplantar, que relacionamento aprimorar, desenvolver a inteligência emocional.
- Atenção plena - 10 a 15 minutos por dia.
- Salvadores: Leia o Milagre da Manhã e confira!
- Exercícios físicos no mínimo 3 vezes por semana e alimentação saudável.
- Aprender ou melhorar uma segunda língua.
- Momentos de interação em família.