domingo, 28 de setembro de 2025

Indicação de livro “Minha Lista de Prioridades” – David Menasche


“A jornada de um professor em busca das grandes lições da vida”

Ler, desde minha infância, até a meia idade agora, sempre me foi terapêutico. Já escrevi sobre as vantagens, benefícios da leitura. Seja literatura, e melhor ainda, não ficção – amo os bons de autoajuda e as biografias, ler bons livros é ocupar o tempo evolutivamente. Mas há livros e livros. Este é maravilhoso para qualquer leitor aberto em aprender suas lições de vida. Imperdível para quem é professor, com várias dicas para lidar com adolescentes. “Você tem que aparecer com coisas muito boas para distrair os adolescentes de seus dramas pessoais”

 

Sinopse: “Aos 34 anos, David Menasche foi diagnosticado com câncer no cérebro. (...) Impossibilitado de continuar dando aulas, o professor decidiu interromper com os tratamentos e montou um plano audacioso: atravessar os Estados Unidos e encontrar antigos alunos e perguntar a eles do que se lembravam do tempo em que passaram juntos. Ele havia sido importante? Tinha feito alguma diferença? Minha lista de prioridades é uma história real. Um livro que se debruça com coragem sobre os temas mais complexos de nossa existência, nos fazendo refletir a cada página sobre o que realmente importa nesta vida.”

 Superindicamos este livro incrível. Uma autobiografia de coragem sobre o amor, família, respeito e autossuperações. Profundo, honesto, com várias lições inspiradoras para nossas próprias vidas, que vai além da importância de ter cada um, sua lista de prioridades.

A leitura é instrumento ímpar de aprendizagens, evolução, engrandecimento pessoal, preenchimento de tempo de qualidade. Por isso seguem indicações literárias deste professor incrível, David Menasche, e algumas de suas reflexões:

·       On the road – pé na estrada Jack Kerouac

·       “Meus pais fizeram um esforço digno de nota A, mas foi meu irmão quem me orientou e me ajudou a deixar prara trás o comportamento adolescente autodestrutivo me ensinando como abraçar a educação e o estudo.”

·       O grande Gatsby

·       A revolução dos bichos

·       A redoma de vidro

·       Otelo, de Shakespeare

·       O apanhador no campo de centeio

·       Um estranho no ninho

·       Sidarta

·       A morte de um caixeiro viajante

·       Um bonde chamado desejo

·       O sol é para todos – Harper Lee: “Eu queria que você visse o que é coragem de verdade. Não é um homem com uma arma na mão. Coragem é quando você sabe que está derrotado antes mesmo de começar, mas ainda assim começa e vai até o fim.”

·       As aventuras de Huckleberry Finn

·       Walden (A vida nos bosques) – Thoreau

·       O papel de parede amarelo - Charlotte Gilman

Não li estes livros indicados ainda. Aceito feedbacks sobre se são realmente bons, para continuar indicando – ou não – principalmente aos meus queridos adolescentes de convívio.

Minha lista de prioridades não é um livro pra se fazer resenha. A narrativa desta autobiografia de Menasche é agradável, cativante, e traz dezenas de valiosas lições, reflexões, histórias de uma vida inspiradora e de coragem. Os trechos tristes são suplantados por sua força e ressignificações. Fecho com pensamento colocado no final do livro:

“A maior utilidade da vida é usá-la em algo que dure mais do que ela.” William James.

Seguem prioridades de David, para ter ideias quanto às pessoais:



quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Sobre Polarizações partidárias

 Há vários anos optei por tornar-me Apartidária, influenciada por ideia que não é minha mas que achei brilhante: “Se partido fosse uma coisa boa não se chamava partido, chamava-se inteiro”.

A razão foi de entender que ser partidário, ou ter ideologia fechada atrapalha ver a perspectiva de outras partes, e pior, muitas vezes, atrapalhar a compreensão e o respeito aos outros, nos achando os únicos corretos do mundo.

Cria polaridades. Maniqueísmos. Conflitos. Faz as pessoas desenvolverem o sentimento de “se não concorda comigo, está contra mim”. Faz familiares que antes se davam bem deixarem de se falar. Amigos se desentendem.

E se tiver algum valor naquele corpus ideológico diferente do seu? Você se vê obrigado a concordar com tudo. E se o maior representante daquela ideologia comete crimes? Você se vê relevando os crimes, ou mentindo pra si mesmo, de que é mentira, intriga da oposição, ou teoria da conspiração.

Com a idade, aprendi a focar em meus valores, e respeitar o pensamento diferente. Não apenas na política, mas também na religião, e outros temas polêmicos.

Todos têm o direito de pensar como quiser. Então se queremos ser respeitados, vamos respeitar o outro. O uso da ideia conscienciológica do “binômio admiração-discordância” também vem me ajudando há anos. Não deixo as facetas que não me agradam no outro invalidar as que admiro. Claro que se tiver algo muito grave vou abençoar e me afastar. Mas não “corto relações” por divergências como as políticas ou religiosas. Importa mais o caráter, as atitudes.

Em relação a política, há anos identifico valores pessoais que dizem ser de “Esquerda”, e outros que dizem ser “de Direita”. Não sou fã de nenhum político. Não acredito em “salvador da pátria”. Não dou muita opinião sobre os políticos brasileiros, já que tenho repulsa pelos atos e fatos de vários deles, independentemente de seus partidos e defesas ideológicas – muitas delas pura demagogia. Não faltam fichas sujas. Às vezes dezenas de processos em julgamento.

E mais que posicionamento político, onde o meu é este artigo, há décadas atuo por uma sociedade melhor onde posso, mão na massa, através do voluntariado. Faço este convite a todos que se dizem revoltados com alguma situação social injusta – seja pobreza, saúde, educação, violência, justiça, tantas são as causas que precisam de ajuda!

Outra ideia que me fortalece a respeitar quem pensa diferente, e até buscar escutar o diferente, foi a que aprendi ainda na juventude, da imagem abaixo:

Reencontrei esta imagem no Facebook/quebrandotabu, com legenda bacana transcrita aqui: “Esta imagem explica como a nossa perspectiva determina o que vemos como "verdade". Aqui vemos que o que é verdadeiro para mim e o que é verdade para você não são realidades diferentes, mas uma oportunidade para nós termos uma conversa e entendermos os dois lados.”

Reencontrei esta imagem no Facebook/quebrandotabu, com legenda bacana transcrita aqui: “Esta imagem explica como a nossa perspectiva determina o que vemos como "verdade". Aqui vemos que o que é verdadeiro para mim e o que é verdade para você não são realidades diferentes, mas uma oportunidade para nós termos uma conversa e entendermos os dois lados.”

O imperdível filme 7 Minutos Depois da Meia Noite  também trouxe uma fábula linda, que vou deixar de contar aqui para assistirem o excelente filme. Ilustra exemplo de como sempre pode haver uma terceira, quarta, quinta (...) alternativa/explicação.

Deixo a dica que busco seguir. Quando tiver muita certeza de algo, questionar minhas verdades, manter a mente aberta e escutar outras perspectivas – é com o diferente que mais aprendemos, e se ainda assim mantiver minha ideia intacta, respeitar o pensar diferente do outro.

Respeito: teática essencial.

“Eu acredito no respeito pelas crenças de todas as pessoas, mas gostaria que as crenças de todas as pessoas fossem capazes de respeitar as crenças de todas as pessoas.” José Saramago