segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Uso de Tecnologia no Ensino

Ultimamente tenho conversado com vários colegas sobre o uso da tecnologia na educação escolar e profissionalizante. Não há dúvidas quanto à importância da adoção de recursos tecnológicos para motivar os alunos, acompanhar os avanços tecnológicos da atualidade, bem como ampliar a aprendizagem dos conteúdos das aulas ministradas. Particularmente para as novas gerações - e também para aqueles que já incorporaram tecnologia em suas vidas, e que experimentam um excesso de estímulos multimídia pela WEB e pela TV, manter esta turma interessada e atenta em uma sala de aula tradicional pode ser uma tarefa quase impossível.

Sem dúvida, a didática, empatia e profissionalismo do professor influenciam na atenção e interesse dos alunos. Mas mesmo quando há a competência necessária ao ensino, e mais ainda quando esta competência é “insuficiente”, sempre é possível implementar a qualidade do ensino. E aí entram as inúmeras propostas, que vêm sendo apresentadas por professores iniciantes como eu, e nas discussões mais profundas de grandes nomes como José Manuel Moran e Marcos Silva. Ferramentas para o uso de imagens, cores, som, música, vídeos, e uma infinidade de conteúdos audiovisuais, além de recursos para aumentar a interatividade entre professores e alunos (Fóruns de discussão, Listas, Blogs, chats, Redes Sociais, etc), são exemplos do que pode ser utilizado em “metodologias tecnológicas” de ensino.

Mas é preciso estar atento à reflexão controversa que coloco aqui, que é a forma como a tecnologia deva ser inserida na Educação, pois também vem sendo discutido o contraponto dos impactos negativos da tecnologia na vida das pessoas, principalmente nos jovens e adolescentes. Estes impactos são bem discutidos no artigo de Luciano Valleda “Filhos da revolução digital” (http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12518) , que relata como a virtualidade distorce valores, identidade e realidades, além de prejudicar os relacionamentos humanos. O uso de notebooks individuais na sala de aula, por exemplo. Será que já não é suficiente o tempo que os alunos se defrontam com a tela da WEB em suas casas e em Lan Houses? Temos que aproveitar o espaço da sala de aula, para o exercício da convivência com os colegas e professores, para trocas dialogadas, olho no olho, exercitando a integração comunial propagada por Parker Palmer e a pedagogia da libertação proposta por Paulo Freire. Há outras formas de inserir a tecnologia no método de ensino, nas aulas, e em atividades paralelas, principalmente de forma dirigida pelos professores, mesclando e implementando o método de ensino presencial.

Para mim, fica clara a necessidade dos professores incorporarem o uso da tecnologia ao ensino presencial, cuidando porém para manter os laços afetivos e relacionais que freqüentemente, somente na sala de aula, estes alunos poderão vivenciar. Aliás, recursos tecnológicos também podem ser usados para potencializar estes aspectos. Vale à pena pesquisar e conferir, o que já vem sendo proposto.

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