terça-feira, 2 de agosto de 2011

Dicas para apresentações – palestras e docência

Objetivos. Comecei a redigir este artigo na Oficina de Parapedagogia no mês passado. O objetivo é apresentar um apanhado de dicas aproveitáveis na docência e nas apresentações (palestras, oficinas, etc) tradicionais ou conscienciológicas.

Polêmica. Quanto ao uso de tecnologias (powerpoint, datashow, som) em aulas e palestras. Há pessoas que abominam o uso de softwares de apresentações em datashow. Minha opinião: enriquece, amplia o esclarecimento, fixa a aprendizagem, maximiza as chances de compreensão dos alunos. Porque pessoas aprendem de diferentes formas. Há os que aprendem melhor ouvindo, outros, são mais visuais, e outros, os cinestésicos, precisam experimentar.

Recursos. Para um conferencista falar sem utilizar outros recursos além de sua própria voz, faz-se necessária uma gama de trafores – traços força, da comunicação: didática, entonação de voz, movimentação apropriada, encadeamento de ideias, humor, e outras pérolas da oratória. Poucas pessoas possuem uma oratória cativante, que prenda a atenção e didática. Recursos proporcionados pelo powerpoint (imagens, palavras, cores, encadeamento lógico), pequenos vídeos, podcasts, sons, podem otimizar a conferência ministrada. Algumas justificativas quanto ao uso de outros recursos:


  • Ampliar as chances de entendimento para os diferentes tipos na plateia;

  • Enriquecimento do conteúdo da fala.

  • Leveza à apresentação,

  • Rompimento do spam de atenção (em média, só se prende a atenção de um ouvinte, sem interrupção, por 15 minutos).

  • Dar suporte ao conferencista para lembrar tópicos e encadeamento de ideias.

    Powerpoint. Vale salientar a importância da qualidade do powerpoint. Algumas dicas essenciais:
    1)Uso de cores contrastantes. Receita básica: fundo branco com letras escuras
    2)Pouco conteúdo por slide, sem textos longos. Uso de palavras chave
    3)Uso de letras grandes (>16)
    4)Plano de fundo neutro que não promova dispersões.
    5)Uso de imagens que fortaleçam o tema apresentado.

    Comunicação. A comunicação eficiente pressupõe uma mensagem que sai de um emissor, através de um meio de comunicação e é compreendida pelo receptor que dá feedback que compreendeu a mensagem. Recursos instrucionais compõem o meio de comunicação. Assim, trazendo estes conceitos para uma aula/palestra, sabemos que os recursos não vão salvar um conferencista que não saiba falar minimamente bem. Mas sempre poderão, quando bem utilizados, otimizar a comunicação entre emissor e receptor, maximizando as chances de entendimento e aprendizagem.

    Facilitador. Na proposta da andragogia (ensino de adultos), nos dias atuais, já não é bem visto o conceito do professor que ensina, pressupondo o aluno como receptáculo de informações. Além disso, com a internet, nunca se teve tanto acesso à informações. Por isso, vem se pensando no conceito de facilitador de aprendizagem como sendo mais apropriado, onde o professor propõe técnicas e usa recursos que busquem facilitar a aprendizagem. Para um doente de faculdade, por exemplo, é mais interessante ele motivar o aluno a querer aprender seu assunto, do que tentar passar um volume gigantesco de informações em suas limitadas horas de aula.

    Dicas. Algumas dicas adicionais merecem ser citadas, principalmente com relação à docência conscienciológica, do que pude observar de minhas próprias experiências como aluna e docente:
    1.Modéstia. Jamais o professor deve se colocar superior. Por exemplo responder algo como “quando você estudar mais, a gente conversa”.
    2.Princípio. Usar o Princípio do Exemplarismo Pessoal. Não adianta falar no que não faz, no que não acredita. É preciso ter coerência para ter força presencial. É positivo trazer a própria casuística pessoal quando falar de valores.
    3.Autoconhecimento. Como diz Parker Palmer: ““Nós ensinamos quem nós somos...Ensinar mantém um espelho para a alma. Se posso me ver e não correr do que vejo, tenho uma chance de me enxergar, me conhecer”.
    4.Multidimensionalidade. A chave para a tarefa do esclarecimento (tares) assistencial eficiente é o autodiscernimento multidimensional, a compreensão da situação em nível multidimensional, não apenas o que estamos enxergando superficialmente, no intrafísico. Quando o aluno pergunta, é preciso ouvir “nas entrelinhas”, buscando identificar sua real necessidade. Isso se soma à importância da coerência, do exemplarismo pessoal.

2 comentários:

Luis Fernando disse...

Gostei de sua colocação e também aceito a idéia de associar a tecnologia nas aulas conscienciológicas, porém vejo que há de ter métodos, estudos e uma uniformidade na apresentação da aula, respeitando a forma do professor ministrar a aula sem nunca esquecer a demanda dos alunos.

Palestrante Giézi Schneider disse...

Ótimas dicas!

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