Cada vez
mais tem se falado na importância do autoconhecimento para o alcance
da realização pessoal e da conquista da felicidade. Mas existem
muitos mitos em torno destes assuntos e frequentemente, diante das
próprias dificuldades íntimas, sentimos que andamos em círculos e
não encontramos serenidade, condição natural de quem está de bem
com a vida.
Podemos
identificar vários culpados por nossas frustrações e
insatisfações, mas a verdade é que a maior vilã é nossa própria
condição íntima, nossos traços pessoais, valores e crenças.
Estas características é que vão determinar o quanto nos
aborrecemos ou nos desequilibramos com os fatos e circunstâncias da
vida, que muitas vezes são difíceis e minam nossa estabilidade.
Tudo depende de como “encaramos” os problemas. Daí a importância
de superarmos os traços pessoais que nos atrapalham e nos
condicionam a reações que nos trazem algum tipo de desconforto.
Timidez,
baixa autoestima, ansiedade, agressividade, intolerância, egoísmo,
avareza, perdulariedade, instabilidade emocional, pulsilanimidade são
alguns traços fardos que comprometem nossas reações internas e
externas no nosso dia a dia. Traços força podem ser desenvolvidos
ou fortalecidos, e usados para as autossuperações, como
autoconfiança, criticidade hígida, flexibilidade, resiliência,
fraternismo, dinamismo, neofilia (afinidade e abertura a novas ideias
e situações), racionalidade, comunicabilidade.
A
autoconsciencioterapia é uma ferramenta de autopesquisa, onde a
pessoa é terapeuta de si mesma, que conduz a evolução consciencial
através de quatro etapas de autopesquisa, sucintamente resumidas
abaixo, com base no trabalho de Lopes e Takimoto (2007):
- Autoinvestigação – Nesta fase inicial, a pessoa se observa, investiga pensamentos, sentimentos e comportamentos, em determinado aspecto problemático.
- Autodiagnóstico – nesta fase, sintetizam-se os dados da autoinvestigação e identifica-se a natureza e a causa dos problemas.
- Autoenfrentamento – Diante do diagnóstico encontrado, a pessoa passa a enfrentar os problemas, criando estratégias de ação a serem colocadas em prática, objetivando minimizar ou extinguir traços indesejados e/ou desenvolver traços desejados.
- Autossuperação – nesta fase, supera-se a dificuldade, após a persistência nos autoenfrentamentos diários, gerando satisfação íntima e motivação para manter-se na autoconsciencioterapia.
O
processo de autossuperação de um traço fardo, dificuldade íntima
que atrapalha nossa existência no dia a dia ou mesmo perturba nossa
tranquilidade intraconsciencial é fundamental à aspiração de paz
e felicidade, como se costuma dizer na sociedade, quando se pergunta
o que se quer da vida. Contudo, este processo torna-se ainda mais
importante na perspectiva da Conscienciologia, que observa que
estamos nesta vida para mais uma oportunidade evolutiva, através das
várias vidas necessárias à evolução da consciência (alma, self,
ego). Além disso, considera que temos um conjunto de veículos de
manifestação da consciência, que envolvem não somente o corpo
físico, mas também o energético, emocional e mental.
Desta
forma, a necessidade de autopesquisa se expande a outras dimensões,
e não somente à condição material e psíquica. Aplica-se a
autoconsciencioterapia à perspectiva holossomática, o que amplia as
chances de sucesso nas nossas autossuperações. Por exemplo, a
identificação das causas de travões evolutivos oriundo de traumas
e vivências em outras existências, ou patologias imantadas em outra
dimensão que não a física, como é o caso de bloqueios de chacras,
centros de energia no corpo energético.
Sem
dúvida é um grande desafio o processo de autoconsciencioterapia. É
necessária a autocrítica, a coragem de nos enxergar e nos
enfrentarmos, o autodiscernimento, a organização pessoal e a
perseverança para irmos até a autossuperação. Para cada fase
consciencioterápica existem técnicas específicas. A Organização
Internacional de Consciencioterapia, sediada em Foz do Iguaçu,
orienta e ministra cursos para ajudar nos processos
autoconsciencoterápicos e disponibiliza vários artigos em seu site
(www.oic.org).
No Nordeste, a Intercampi também ministra cursos, palestras e
oficinas com foco na interassistência e na evolução da
consciência, onde as pessoas podem encontrar apoio e orientação.
Acesse www.intercampi.org.