sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Cartas a um amigo ilustre, que enviou-me texto um tanto ambíguo “Manifesto da democracia Brasileira”.

1)Resposta 1 ao pedido de assinar tal manifesto: Amigo Marcelo,

gostaria de saber se os fatos que vem sendo denunciados quanto ao nível de corrupção envolvendo inúmeros políticos - das mais diferentes "ideologias" e partidos estão sendo ignorados neste manifesto. Soa-me mais uma proposta ideológica, cheia de emoção e sem clareza de propostas - efetivas, práticas, pragmáticas - de solução. O manifesto soa apenas defesa ao atual governo.

Escrevi a pouco tempo um artigo. Não acredito mais em nenhuma ideologia. Tenho vergonha do que tem sido feito pelos "políticos" neste país. E mais ainda quando nas mãos de grupo que se dizia (e ainda se diz) defensores do povo, dos trabalhadores. Nem estes fizeram diferente. Bizarros os resultados. 

Continuamos com a grande maioria da população brasileira na lama, sem educação, saúde ou segurança. Nunca fui militante de "esquerda ou direita". Continuo militante pelo implemento na Educação, para mim, único caminho de mudança, ainda que para longo prazo. Por isso há 32 anos sou voluntária em instituições sem fins de lucro, tentando dar minha contribuição para um país melhor. A cultura do brasileiro de acomodação e calar atrapalha. Mas para a grande maioria que tem que gastar toda a energia em sobreviver a cada dia, dá pra entender. E muitos que poderiam formar massa crítica, dispersam-se nas trocas emocionais ideológicas. 
Exemplo típico de vazio: "luta por mudanças profundas no país, por outra política econômica, contra o ajuste fiscal e contra a corrupção. "

Pergunto quais, qual, como, quando?

Se eu fosse adotar uma ideologia, ficaria com "Imagine" = "a brotherhood of men" - Lennon.

Desde já agradeço o compartilhar.

Bjin, com carin,

Clara.

Resposta 2) - Querido amigo,

não respondi sua mensagem ainda. Queria lhe dizer que, de acordo com as definições tradicionais de esquerda e direita, sou totalmente de esquerda, e entre meus amigos e familiares mais próximos, apenas um se proclama direita, mas com a posição de "Centro".
Para mim, pouco importa a nomenclatura, principalmente com a total desfiguração do antes admirado PT.
Mas insisto que não precisamos nos acumpliciar com ideologias ou partidos para nos posicionarmos. A posição que tomo é pela Ética, pelo Universalismo, pelo Pacifismo, pela Interassistência, pela Ecologia, pela Educação, pelo atendimento das necessidades básicas para todo brasileiro, pelo exercício da cidadania. E na prática efetiva. Não em discursos, falácias, e teorias postas no papel.
 Vou "pra rua" domingo não simplesmente contra o PT, mas principalmente para dar voz à minha insatisfação com a situação política e com os políticos – quase todos - deste país, com a chocante corrupção sem precedentes em quantidade e magnitudes financeiras e de envolvidos, escancarados. E o fato disso existir desde sempre não consola. Ao contrário, choca ainda mais, pois me sinto "enganada". Precisamos dar um basta.
Impechment não é solução. Pode ser apenas um passo. Muito menos a insanidade de uma Intervanção militar. Mas há muito o que mudar. Mudança na cultura do povo - que na maioria acha corrupção normal e não sabe exercer cidadania, reclamar, cobrar, e votar - é uma das necessidades hoje, entre várias, e esta é a que estou fazendo, indo para a rua. Coisa que a Ditadura proibiu e o brasileiro continua sem reaprender. Discordo de vários posicionamentos deles (o movimento). Uso o binômio admiração-discordância.
Vamos? Brincadeirinha. Sei que você não vai. Mas gostaria de vê-lo hehe.

Grande e fraternal abraço,

Clara.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Felicidade: opções para encontra-la

Por estes dias li uma artigo interessante sobre felicidade, abordada por pesquisas científicas (http://awebic.com/pessoas/a-ciencia-do-porque-voce-deve-gastar-seu-dinheiro-em-experiencias-e-nao-com-coisas/ ) - A ciência do porque você deve gastar seu dinheiro em experiências e não com coisas.
Assunto relevante, e, o melhor, abordado com cientificidade. Aos poucos, vamos quebrando paradigmas e repensando o Ter x o Ser.
Em exercício de pensamento crítico, tenho ainda alguns complementos a esta reflexão sobre felicidade. Penso que tampouco as experiências sejam suficientes. Principalmente se são compostas de alegrias fugazes, momentâneas, e que não acrescentem muito ao “Ser”. Insiro a importância da evolução deste Ser (=consciência) e o propósito de vida. Frequentemente, nem mesmo viagens, lazer, festas, farras, diversões diversas, mantem nossa felicidade. Escrevi um artigo simples sobre isso em meu Blog (http://claressencia.blogspot.com.br/2015/02/fugacidade-x-proposito-de-vida.html ). Indico pra quem ainda não leu, o livro Um sentido de Vida, de Viktor Frankl, propositor da Logoterapia – o propósito do existir como condição sin equa non para a felicidade.
Na perspectiva da Conscienciologia (neociência que considera a evolução da consciência através de várias vidas e a multidimensionalidade, abordadas de maneira científica) podemos ampliar ainda mais esta reflexão. Particularmente, Considero o aprender (nos tornarmos continuamente melhores), e, principalmente a interassistência (quando ajudamos alguém, o primeiro assistido somos nós mesmos), os pontos essenciais para uma existência feliz. No mais, fica a reflexão de que felicidade só pode existir concretamente a partir da abordagem do locus interno, e não colocando no externo a nós. Este fato se comprova quando verificamos pessoas que têm tudo, inclusive os bens e experiências abordados no artigo, e não são felizes. Outras há que não têm nada – nem bens nem as tais experiências, e são muito felizes. Claro que um pressuposto genérico para estas conclusões é o fato da pessoa já ter suas necessidades mais básicas atendidas – fisiologia, moradia etc.
         Por fim, muita gente busca felicidade e apoio na religião. Eu não tenho mais religião. Mas não sou materialista. A forma que a Conscienciologia aborda a “espiritualidade”, a paranormalidade e a abordagem desta existência, sem misticismos, sem simbologias, sem gurulatrias, sem dogmas, mas cientificidade, foi com o que me identifiquei. Principalmente pela adoção do “Princípio da Descrença: Não acredite em nada. Tenha suas experiências pessoais.”
        Aproveito para divulgar um artigo que inclui as bases teóricas da Conscienciologia e argumentos sobre cientificidade para a busca pela evolução pessoal da consciência (ser, ego, alma, pessoa): http://www.interparadigmas.org.br/wp-content/uploads/2015/06/Interparadigmas-B-PT.pdf.