terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Quero viver a Democracia

Resposta a postagens ilógicas - Quero viver a Democracia

Cansada da parcialidade e passionalidade de visão da ideologia partidária radical. Quero poder apresentar opiniões e ver minhas ideias contra-argumentadas com base em fatos, em lógica, ao invés de ser agredida, desrespeitada, até por familiares e amigos que partem em defesa não de ações para melhorar o Brasil, mas simplesmente de defender seus políticos, independentemente da realidade das classes mais pobres.
Se a maior parte da população brasileira, dependente dos serviços públicos de Educação, Saúde e Segurança, estivesse bem atendida, eu defenderia o atual governo. Mas os fatos denunciam a miséria em que milhões de pessoas permanecem. E não importa se os líderes atuais são de partido A, B ou C. Não importa que antes era assim, ou pior. Nunca fui adepta de nenhuma ideologia partidária. Nunca precisei me associar a partidos ou ideologias para defender meus valores de justiça social, sustentabilidade, honestidade, integridade, paz, discernimento, serviços decentes para a população carente.
           Vivemos em uma crise de valores, com pessoas mais preocupadas em defender suas ideologias e se agredir mutuamente, do que por a mão na massa para contribuir para um país melhor. Eis um exemplo:

Algumas críticas:
1.       “Toda generalização é burra” – e aqui, temos uma mentira explícita na primeira frase.
2.       A classe a qual pertence a colega que fez esta postagem é a Média. Temos então um erro de autoconceito.
3.       Nem vou entrar no mérito de esmiuçar se este texto é da Marilena Chauí, ou onde e quando foi, ou qual o contexto, ou quais as reais palavras, ou os erros de associação e generalização.
4.       É a argumentação ilógica denominada Argumentum ad verecundiam (utiliza-se a posição do argumentador -  poder, riqueza ou popularidade de quem fala).

      Eu tenho criticado o governo porque tenho estado com cada vez mais vergonha da situação do país, da quantidade e magnitude dos casos de corrupção, e da piora em tudo para a população brasileira: educação pública – insuficiente, má qualidade. Saúde – insuficiente, má qualidade, dramática, desumana, colapsada, gerando inúmeras mortes. Segurança – cada vez maior a criminalidade, violência contra mulheres, tráfico de drogas, todos com índices alarmantes. Bilhões de dinheiro público desviado, roubado e má gestão dos recursos que ficam. E muita gente somente assistindo, sem fazer nada. Se algo melhorou no país, no governo de 12 anos de PT, torna-se insignificante ante a realidade dos fatos, que não nos deixam calar, que não nos deixam nos mantermos compassivos.
      Em países mais desenvolvidos, Chefes de Estado renunciaram seus cargos ao menor sinal de corrupção de subordinados à sua liderança. No Brasil, nem com provas das corrupções os líderes se envergonham e renunciam. Tanto os no poder, quanto na oposição. É mesmo uma crise de valores. E há brasileiros do bem para defendê-los!
      Às vezes leio os artigos ou escuto as entrevistas dos defensores do governo. Mas recorrentemente escuto meras opiniões parciais e passionais, como “a presidenta foi eleita legitimamente e democraticamente” como se tivesse ocorrido por maioria massiva, omitindo que a vitória foi por quantitativo percentual insignificante, e que a maioria global dos votos, não foram para ela, diante da população dividida, e omitindo as incontáveis mentiras vergonhosamente ditas durante a campanha eleitoral. E, pior, como se essa eleição fosse garantia de integridade ad infinitum. O Collor também foi eleito “legitimamente e democraticamente”. De maneira que este argumento não é indicador ao que se propõe: que ela deva permanecer aplaudida no poder.
      O fato é que por não defender o PT e a atual Presidente (pelo Português, serve a dois gêneros), apesar de meus ideais que são classificados como de esquerda, recorrentemente tem alguém a me agredir e rotular, lamentavelmente recorrentes do Argumentum ad hominem. Atacam a minha pessoa, e não as ideias. Desconfiguram meu valor como cidadã. Desconfiguram a Democracia. Desconfiguram os fatos. E quem me conhece, conhece minhas ações, sem cabotinismos.

...E ser incluída em um pacote, que engloba mais de 50% da classe média brasileira (eu diria até mais de 90%, atualmente está insatisfeita com o Governo), rotulado de “classe média fascista a favor da ditadura e contra ”... é no mínimo mais uma ilogicidade, distorção cognitiva agressiva e desesperada de colegas que ainda não perceberam que “o sonho virou pesadelo”. Não é ideologia que garante integridade e ética de ninguém. Seres humanos corruptos não se transformam em santos ao vestirem rótulos partidários ou religiosos. E o fato dos políticos anteriores terem feito péssimos governos também, não dá o direito aos atuais fazerem o mesmo ou pior. E o fato de “agora ficamos sabendo de toda a corrupção, graças ao atual governo”, não o inocenta!
        O apego passional a ideologias, fachadas e alguns méritos do atual governo impede sobrepairamento aos fatos para melhor entendimento. Não é necessário se acumpliciar a nenhum partido para ter princípios nobres que visem ao melhor para toda a população. Não é racional esta postura de “se não está comigo está contra mim”!
       Lamentavelmente, o Brasil encontra-se em crise sem precedentes – econômica, social, cultural, valores e tanto mais. Não vejo quem possa assumir o governo do país. Pode ser desesperador não vislumbrar um “salvador”.  E repito, não importam os argumentos, os fatos denunciam que o país piorou: temos mais violência, temos um sistema de saúde pior, e cada vez maior proporção de doentes. Salvo as exceções, todo o sistema público de educação básica, fundamental e ensino médio está em colapso.
      Enfim, mesmo diante de toda a crise, para mim, ainda há uma saída: as mentes pensantes e ativas do país pararem de medir picuinhas partidárias passionais, postagens chulas, distorcidas e ofensivas no Facebook,  e começarem a por a “mão na massa”, ATUAR, para o país mudar.  CONTRIBUIR. Vide o texto de João Ubaldo Ribeiro, agora com mais de 10 anos (http://claressencia.blogspot.com.br/2015/12/precisa-se-de-materia-prima-para.html ) Então, vamos AGIR. Para citar apenas algumas alternativas:
  • 1.       Seja voluntário. Há centenas de instituições necessitando de colaboradores.
  • 2.       Participe das audiências públicas e leve gente para impedir desmandos
  • 3.       Posicione-se e exija daqueles em que votou, enviando cartas, e-mails, publicando nas redes sociais e dando visibilidade às suas exigências de cidadão.
  • 4.       Denuncie corrupções ao MP, aos Tribunais de Conta, às Ouvidorias do serviço público.
  • 5.       Faça a sua parte na sustentabilidade do planeta: separe o lixo para reciclagem, economize água, luz, papel. Bom também para seu bolso.
  • 6.       “Seja a mudança que quer ver no mundo”. Invista em você, através do autoconhecimento, da superação dos limites e dificuldades íntimas. Pacifique-se. Qualifique suas relações pessoais. Tenha Inteligência Emocional, ou ainda melhor, Inteligência Evolutiva. Seja uma pessoa melhor e dê sua contribuição para um mundo melhor. Não importa que sua mudança seja diminuta, uma gota no oceano. Vale lembrar o poder da Ressonância Mórfica (Sheldrake)

           Eu queria poder escrever melhor, mas a esta altura, busco simplesmente fazer o meu melhor, seja em ações cotidianas, seja nas atuações de voluntariado. Aceito críticas e sugestões que contribuam para atender a este desejo de dar a minha contribuição para um país melhor para todos os brasileiros – sejam de esquerda, direita, de qualquer ordem, raça ou credo. Somos todos seres humanos. Sejamos ainda mais: Sejamos Universalistas!
           Democracia é poder apresentar sua opinião e vê-la respeitada. Este respeito é não atacar a pessoa, ainda que possa discordar das ideias. As ideias devem ser debatidas, com argumentação baseada em fatos.

Democracia (Houaiss):
1.       governo em que o povo exerce a soberania (Isso não está acontecendo no Brasil)
2.       sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas (OK –  com a ressalva da atual presidente eleita por pouco mais da de 50%)

3.        regime em que há liberdade de associação e de expressão e no qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários (Isso não está acontecendo no Brasil)

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