Resposta a postagens
ilógicas - Quero viver a Democracia
Cansada da parcialidade
e passionalidade de visão da ideologia partidária radical. Quero poder
apresentar opiniões e ver minhas ideias contra-argumentadas com base em fatos,
em lógica, ao invés de ser agredida, desrespeitada, até por familiares e amigos
que partem em defesa não de ações para melhorar o Brasil, mas simplesmente de
defender seus políticos, independentemente da realidade das classes mais pobres.
Se a maior parte da população
brasileira, dependente dos serviços públicos de Educação, Saúde e Segurança,
estivesse bem atendida, eu defenderia o atual governo. Mas os fatos denunciam a
miséria em que milhões de pessoas permanecem. E não importa se os líderes
atuais são de partido A, B ou C. Não importa que antes era assim, ou pior. Nunca
fui adepta de nenhuma ideologia partidária. Nunca precisei me associar a
partidos ou ideologias para defender meus valores de justiça social,
sustentabilidade, honestidade, integridade, paz, discernimento, serviços
decentes para a população carente.
Vivemos
em uma crise de valores, com pessoas mais preocupadas em defender suas
ideologias e se agredir mutuamente, do que por a mão na massa para contribuir
para um país melhor. Eis um exemplo:
1.
“Toda generalização é burra” – e aqui, temos uma
mentira explícita na primeira frase.
2.
A classe a qual pertence a colega que fez esta
postagem é a Média. Temos então um erro de autoconceito.
3.
Nem vou entrar no mérito de esmiuçar se este
texto é da Marilena Chauí, ou onde e quando foi, ou qual o contexto, ou quais
as reais palavras, ou os erros de associação e generalização.
4.
É a argumentação ilógica denominada Argumentum
ad verecundiam (utiliza-se a posição do argumentador - poder, riqueza ou popularidade de quem fala).
Eu tenho criticado o governo porque tenho estado com cada
vez mais vergonha da situação do país, da quantidade e magnitude dos casos de
corrupção, e da piora em tudo para a população brasileira: educação pública –
insuficiente, má qualidade. Saúde – insuficiente, má qualidade, dramática,
desumana, colapsada, gerando inúmeras mortes. Segurança – cada vez maior a
criminalidade, violência contra mulheres, tráfico de drogas, todos com índices
alarmantes. Bilhões de dinheiro público desviado, roubado e má gestão dos
recursos que ficam. E muita gente somente assistindo, sem fazer nada. Se algo
melhorou no país, no governo de 12 anos de PT, torna-se insignificante ante a
realidade dos fatos, que não nos deixam calar, que não nos deixam nos mantermos
compassivos.
Em países mais desenvolvidos, Chefes de Estado renunciaram
seus cargos ao menor sinal de corrupção de subordinados à sua liderança. No
Brasil, nem com provas das corrupções os líderes se envergonham e renunciam. Tanto
os no poder, quanto na oposição. É mesmo uma crise de valores. E há brasileiros
do bem para defendê-los!
Às vezes leio os artigos ou escuto as entrevistas dos
defensores do governo. Mas recorrentemente escuto meras opiniões parciais e
passionais, como “a presidenta foi eleita legitimamente e democraticamente”
como se tivesse ocorrido por maioria massiva, omitindo que a vitória foi por
quantitativo percentual insignificante, e que a maioria global dos votos, não
foram para ela, diante da população dividida, e omitindo as incontáveis
mentiras vergonhosamente ditas durante a campanha eleitoral. E, pior, como se
essa eleição fosse garantia de integridade ad
infinitum. O Collor também foi eleito “legitimamente e democraticamente”.
De maneira que este argumento não é indicador ao que se propõe: que ela deva
permanecer aplaudida no poder.
O fato é que por não defender o PT e a atual Presidente (pelo
Português, serve a dois gêneros), apesar de meus ideais que são classificados
como de esquerda, recorrentemente tem alguém a me agredir e rotular,
lamentavelmente recorrentes do Argumentum
ad hominem. Atacam a minha pessoa, e não as ideias. Desconfiguram meu valor
como cidadã. Desconfiguram a Democracia. Desconfiguram os fatos. E quem me conhece, conhece minhas ações, sem cabotinismos.
...E ser incluída em um pacote, que engloba mais de 50% da classe
média brasileira (eu diria até mais de 90%, atualmente está insatisfeita com o
Governo), rotulado de “classe média fascista a favor da ditadura e contra ”...
é no mínimo mais uma ilogicidade, distorção cognitiva agressiva e desesperada
de colegas que ainda não perceberam que “o sonho virou pesadelo”. Não é
ideologia que garante integridade e ética de ninguém. Seres humanos corruptos
não se transformam em santos ao vestirem rótulos partidários ou religiosos. E o
fato dos políticos anteriores terem feito péssimos governos também, não dá o
direito aos atuais fazerem o mesmo ou pior. E o fato de “agora ficamos sabendo
de toda a corrupção, graças ao atual governo”, não o inocenta!
O apego passional a ideologias, fachadas e alguns méritos do
atual governo impede sobrepairamento aos fatos para melhor entendimento. Não é
necessário se acumpliciar a nenhum partido para ter princípios nobres que visem
ao melhor para toda a população. Não é racional esta postura de “se não está
comigo está contra mim”!
Lamentavelmente, o Brasil encontra-se em crise sem
precedentes – econômica, social, cultural, valores e tanto mais. Não vejo quem possa
assumir o governo do país. Pode ser desesperador não vislumbrar um “salvador”. E repito, não importam os argumentos, os fatos denunciam que o país piorou: temos
mais violência, temos um sistema de saúde pior, e cada vez maior proporção de
doentes. Salvo as exceções, todo o sistema público de educação básica,
fundamental e ensino médio está em colapso.
Enfim, mesmo diante de toda a crise, para mim, ainda há uma
saída: as mentes pensantes e ativas do país pararem de medir picuinhas
partidárias passionais, postagens chulas, distorcidas e ofensivas no
Facebook, e começarem a por a “mão na
massa”, ATUAR, para o país mudar. CONTRIBUIR. Vide o texto de João Ubaldo
Ribeiro, agora com mais de 10 anos (http://claressencia.blogspot.com.br/2015/12/precisa-se-de-materia-prima-para.html
) Então, vamos AGIR. Para citar apenas algumas alternativas:
- 1. Seja voluntário. Há centenas de instituições necessitando de colaboradores.
- 2. Participe das audiências públicas e leve gente para impedir desmandos
- 3. Posicione-se e exija daqueles em que votou, enviando cartas, e-mails, publicando nas redes sociais e dando visibilidade às suas exigências de cidadão.
- 4. Denuncie corrupções ao MP, aos Tribunais de Conta, às Ouvidorias do serviço público.
- 5. Faça a sua parte na sustentabilidade do planeta: separe o lixo para reciclagem, economize água, luz, papel. Bom também para seu bolso.
- 6. “Seja a mudança que quer ver no mundo”. Invista em você, através do autoconhecimento, da superação dos limites e dificuldades íntimas. Pacifique-se. Qualifique suas relações pessoais. Tenha Inteligência Emocional, ou ainda melhor, Inteligência Evolutiva. Seja uma pessoa melhor e dê sua contribuição para um mundo melhor. Não importa que sua mudança seja diminuta, uma gota no oceano. Vale lembrar o poder da Ressonância Mórfica (Sheldrake)
Eu queria poder escrever melhor, mas a esta altura, busco
simplesmente fazer o meu melhor, seja em ações cotidianas, seja nas atuações de
voluntariado. Aceito críticas e sugestões que contribuam para atender a este
desejo de dar a minha contribuição para um país melhor para todos os
brasileiros – sejam de esquerda, direita, de qualquer ordem, raça ou credo.
Somos todos seres humanos. Sejamos ainda mais: Sejamos Universalistas!
Democracia é poder apresentar sua opinião e vê-la
respeitada. Este respeito é não atacar a pessoa, ainda que possa discordar das
ideias. As ideias devem ser debatidas, com argumentação baseada em fatos.
Democracia (Houaiss):
1.
governo em que o povo exerce a soberania (Isso não está acontecendo no Brasil)
2.
sistema político em que os cidadãos elegem os
seus dirigentes por meio de eleições periódicas (OK – com a ressalva da atual
presidente eleita por pouco mais da de 50%)
3. regime em que há liberdade de associação e de
expressão e no qual não existem distinções ou privilégios de classe
hereditários ou arbitrários (Isso não
está acontecendo no Brasil)
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