Eu vejo muita gente desprezar a autoajuda e o
“desenvolvimento pessoal”. Eu vejo muita gente falar que detesta estas “coisas
motivacionais”. Mas eu vejo muito mais, estas e muitas outras pessoas
enredadas em seus próprios temperamentos, escolhas, pensamentos e
posicionamentos. Vítimas de si mesmos. Realidades em que o simples desejo de se
melhorar já ajudaria a trazer para si mesma, maior qualidade de vida, bem
estar, acalmia, equilíbrio, discernimento, melhores relacionamentos. Eis uma
parte do que a Inteligência Emocional pode trazer.
Sim. Tem muito lixo produzido nas estantes de
“Autoajuda”. Mas tem muito mais livros preciosos para fazer as pessoas se
desenvolverem, serem pessoas melhores, e consequentemente mais felizes. O termo
ficou estigmatizado, em parte também porque admitir que precisa de ajuda fere
quem é orgulhoso. Mas qual a lógica de não querer se desenvolver como pessoa?
Há um universo de técnicas, autores e conteúdos à disposição de quem tiver a
coragem de entrar nesta busca – de si mesmo, de crescer, de desenvolver
melhores relacionamentos, de contribuir para melhorar ao menos o seu próprio
entorno.
Estes dias tenho estado
meio desanimada com a apatia de ver tanta gente sem buscar ser feliz... vou
explicar melhor. Apatia, desinteresse, de tanta gente diante das alternativas
de se desenvolver como pessoa
(Autoevolução) e contribuir para o
desenvolvimento de outras pessoas (Interassistência). Apesar de tantas ofertas gratuitas nesta quarentena.
Apesar destes tempos sombrios que estamos vivendo no COVID-19. Apesar de tanto
tempo extra – sem shoppings, sem bares e restaurantes, sem shows, sem visitas a
consultas médicas.
Na verdade tenho a
premissa, e queria poder provar, que estas duas bases são essenciais para a
felicidade. Só posso dizer a você que me lê: “Não acredite. Experimente. Tenha
suas conclusões pessoais”. Porque o que há, em geral, é alegria momentânea,
ilusões hedonísticas, boa vida de alegorias, vícios alienantes, momentos
fugazes de prazer. Às vezes vivências intensas. Dizem “queria que este momento nunca
acabasse”. Mas acaba. Passa. E o que fica? Doces lembranças? Quimeras? Ansiedade
pra repetir sua dose de “felicidade” assim que puder? Mas há quem se engane
repetindo pra si “a vida é feita de momentos”. Ahã! Mas qual qualidade de
momentos?
Claro que lazer, diversão,
alegria faz bem e todos devemos ter. Mas aprendi, já na maturidade, que isso não
constrói felicidade. Somente prazer não garante felicidade, nem estabilidade,
equilíbrio, boas relações, satisfação em viver, ou paz. Certo que o que é
felicidade é relativo pra cada um. Dá um outro artigo. Fato é que já vi
muitas pessoas infelizes se proclamarem felizes.
Voltando ao meu desânimo,
me peguei surpresa com meu sentimento estampado nas palavras de uma colega de
curso EAD do Murilo Gun – Recriatividade. Curso top. Pra quebrar paradigmas.
Depois faço um artigo com algumas das provocações do curso. Mas o que a colega
escreveu (teve outro colega que escreveu parecido) foi:
Eu também fiquei meio
decepcionada. Compartilhei pra umas 20 pessoas, escolhidas a dedo, indicando
personalizadamente (como fez comigo o amigo Adilson - minha gratidão!)...
acho que 2 acessaram, mas não sei se estão fazendo o curso. Acho que se
estivessem teriam me dito algo... certamente teriam alguma nova postura
denunciando.
Realmente fico pasma como
as pessoas deixam passar tantas grandes oportunidades de se reinventar, de
darem saltos quânticos na vida, de se tornarem pessoas melhores e mais felizes!
Respondi para a colega, que
me identifiquei com a fala. “Sou uma buscadora há décadas. Sempre investi muito
no autodesenvolvimento, e muitos falam que sou uma pessoa forte, equilibrada,
um exemplo, etc. Mas hoje me peguei abatida com esta realidade de tão poucas
pessoas no meu círculo se interessarem em crescer, e em contribuírem para um
mundo melhor... Parece que o meu exemplo, mesmo pequeno, não serve pra nada. Fato
é que a maioria reclama da vida, tem inúmeras batalhas, mas não investe no que
pode resolver quase tudo: Autoconhecimento, investimento no desenvolvimento
pessoal, na inteligência emocional, junto com a disponibilidade ao
outro. E o que não resolve, aprende-se a ficar em paz”...
Mas quem sou eu para
escrever assim? Ousadia da minha parte. Não quero parecer arrogante. É só esperança
de acordar mais alguém. “Não se pode ensinar nada a um homem que não já esteja
dentro dele”, disse Galileu. Acontece que tenho certeza que estas duas bases –
autoevolução e interassistência estão sim, dentro da grande maioria. Só precisam
despertar!
Não desfiz amizades!
Sempre estarei disponível para trocas, e para ajudar. Mas também estou partindo
em busca de pares :-) Já encontrei alguns no voluntariado conscienciológico. Tenho
umas raras amizades pares. E continuo esta busca, com o compartilhamento de
reflexões como esta, com os constantes chamados para o voluntariado no
Educavida, com apoio aos que solicitam suporte. Atenta aos que propõem novas
ideias. Sempre aberta.
Mas eis que uma coisa me
anima: Na disponibilização do referido curso gratuitamente, em razão do COVID, mais
de 17 mil alunos participantes (!) se inscreveram no grupo facebook. Em outro
curso gratuito que participei, Inteligência Emocional da empresa Conquer, 520.000
se inscreveram! Queria saber quantas realmente fizeram o curso. Mas o simples
interesse por mais de meio milhão de pessoas já me deu esperanças!
Batendo na mesma tecla,
felicidade verdadeira só vem com autoevolução
e interassistência. O resto é sopro
no ar.
Ofereço o mesmo chamado de
sempre para as alternativas de minhas singelas contribuições, entre as milhões
de ofertas da Grande Rede WWW:
Harambee!
Clara Emilie Vieira.