Com foco principal na Conscienciologia, Ecologia, Autopesquisa e Interassistencialidade, este blog foi criado com o objetivo de compartilhar artigos e reflexões.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Teorias da Educação e Conscienciologia: Aproximações
Muito trabalho tem sido desenvolvido com a finalidade de ampliar a aprendizagem dos alunos. A Educação já vem sendo considerada uma proposta mais abrangente do que o Ensino. Como disse um grande Educador brasileiro, José Manoel Moran: “Educar é ajudar a integrar todas as dimensões da vida, a encontrar nosso caminho intelectual, emocional, profissional, que nos realize e que contribua para modificar a sociedade que temos [...] é ajudar os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional – do seu projeto de vida, no desenvolvimento de suas habilidades [...] para que se tornem cidadãos realizados e produtivos”.
Portanto, os próprios profissionais da pedagogia já reconhecem a Educação como um processo mais abrangente do desenvolvimento humano, um dos objetivos conscienciológicos.
Existe uma busca por aperfeiçoamento das metodologias de ensino, visando à educação. Penso que esta reflexão possa ser ainda mais útil àqueles que atuam como professores, seja na docência conscienciológica, seja nas demais práticas docentes. Mas vale a pena cada um refletir quanto ao papel que lhe cabe como cidadão, como responsável pela sua própria educação e como consciência (ser, self, ego, alma) ímpar, cujo interesse básico é seu próprio desenvolvimento, evolução.
Volto ao objetivo deste artigo: identificar os pontos em comum da área da Educação com a importância da consciencialidade, qualidade da vivência do paradigma consciencial, cujos pilares são a holossomática (existência de vários veículos de manifestação compatíveis com as várias dimensões), multidimensionalidade (a existência de várias dimensões – física e extrafísicas nas quais a consciência se manifesta), a multisserialidade (o processo evolutivo da consciência através de muitas vidas), bioenergética (abordagem energética dos seres vivos) e autopesquisa (estratégias evolutivas de autoinvestigação e amadurecimento consciencial).
Escolhi alguns dos principais autores estudados e busquei sintetizar suas principais contribuições para o aperfeiçoamento da educação e da didática no ensino. Parker Palmer destaca a importância do autoconhecimento do professor, e a importância da manutenção da autenticidade, da integridade e da interatividade com os alunos. Autoconhecimento implica em autopesquisa, conhecer nossos pontos fortes e pontos fracos, e buscar o autodesenvolvimento, tal qual é o propósito do curso Teoria e Prática da Autopesquisa do INTERCAMPI. Malcolm Knowles trouxe grandes contribuições quanto às especificidades do ensino de adultos. Ressalta aspectos que precisam ser considerados pelos professores que pretendam garantir uma boa didática, boa relação ensino-aprendizagem e “transferir” conteúdos pré-definidos. Na docência conscienciológica o professor é o agente retrocognitor que lembra ao aluno o que ele já sabe, o seu período intermissivo e o seu compromisso com a programação existencial (proéxis).
Donald Schön destaca a importância da reflexão-na-ação, o aprender fazendo, a importância da práxis no ensino. Em Conscienciologia e Projeciologia, a palavra teática traduz a importância da vivência teórica e prática. Na aula de Conscienciologia vale mais o discernimento e parapsiquismo quanto ao trabalho da equipe extrafísica e o amparador de cada aluno que sabem o que é mais importante para ser dito naquele momento. Finalmente, Paulo Freire, que, além de reconhecer a necessidade da justiça social, da defesa dos oprimidos, da pedagogia da autonomia, trouxe a proposta da pedagogia transformativa e emancipatória. A importância do aprender a aprender, do aprender a pensar, da interdiciplinaridade dos temas, do aproximar o ensino da realidade do aluno, do ato dialógico no processo da educação. Preocupava-se também com a situação planetária, introduzindo a ecopedagia. Moacir Gadotti ressalta a proposta de Freire de uma Educação como ato de produção e de reconstrução do saber, e como ato de prática de liberdade. Tudo isso se aproxima dos valores conscienciológicos relacionados à inteligência evolutiva, à cosmoética, ao fraternismo e ao universalismo.
Para os conscienciólogos, é possível verificar a sobreposição de valores e interesses da nova pedagogia com os propósitos da Conscienciologia. Há mais de duas décadas, o prof. Waldo Vieira, propositor da Conscienciologia e da Projeciologia, já ressalta a importância da necessidade do investimento de cada pessoa em sua evolução: educação e autoeducação consciencial, envolvendo o homem de forma integral e multidimensional. Por outro lado, educadores têm apresentado abordagens interessantes para que os professores aperfeiçoem sua tarefa do esclarecimento.
Penso que Educação e Conscienciologia se afinizam e se complementam. Seria produtivo inserir mais Conscienciologia na pedagogia atual e aproveitar as contribuições dos grandes educadores para inserir mais didática na docência conscienciológica. Para pesquisas futuras, podemos questionar:Quais as limitações da didática convencional? Quais as limitações do professor de Conscienciologia que não compreende nem aplica a paradidática? É preciso entender a paradidática.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Ainda sobre Projeto de Vida
Para aqueles que possam questionar o prisma da consciência em evolução, só posso replicar com a frase "tenha suas próprias experiências". Para mim, se acaso eu fosse apenas "virar pó" depois desta vida, ainda assim valeu ter encontrado um paradigma que tornou minha vida maior e melhor ;-). Afinal, cabe a cada um encontrar seu caminho.
Compartilho trecho do texto lido (http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=20047):
Os Mestres ensinam que o que vale são as experiências. E, inclusive, salientam que muitas vezes um erro pode ser muito mais importante que um acerto, já que o erro mostra claramente uma mudança que devemos adotar em nosso caminho. Por que não mudar? Mudar, transformar é fundamental. Muitas vezes deixamos de fazer coisas diferentes justamente porque estamos totalmente comprometidos com nossos desejos e respostas racionais aceitáveis. Queremos tanto um resultado, estamos tão focados num objetivo, que não abrimos uma aresta sequer, para que o destino se manifeste de uma outra forma. Com isso condicionamos respostas e, ao mesmo tempo, brigamos com resultados que não nos fazem felizes. Se perdoar pelo passado, ter sido como foi, faz parte de um processo maior de libertação.
Trinômio Conscienciológico Motivação-Trabalho-Lazer
“Aquele que é mestre na arte de viver faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu tempo livre, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a religião. Distingue uma coisa da outra com dificuldade. Almeja, simplesmente, a excelência em qualquer coisa que faça, deixando aos demais a tarefa de decidir se está trabalhando ou se divertindo. Ele acredita que está sempre fazendo as duas coisas ao mesmo tempo.”
Este pensamento é condizente com o trinômio motivação-trabalho-lazer conscienciológico. Ressalta a importância da satisfação profissional, entendendo o trinômio como ferramenta de evolução da consciência dentro do paradigma consciencial. Vale lembrar que muitos de nós que trabalhamos, dedicamos grande proporção de nossa jornada cotidiana ao trabalho que escolhemos.
Apesar da tão almejada satisfação profissional, inúmeras pessoas não encontram satisfação em seu trabalho, e outras sequer conseguem um trabalho. Lembrando que é necessário termos a lucidez de que a satisfação profissional não envolve apenas um bom salário, mas também prazer pelas tarefas que desenvolvemos.
Várias razões podem ser apontadas como causas desta incompletude. Mas à luz do paradigma consciencial, que considera a consciência em busca de sua evolução pessoal através de várias vidas, e do ponto de vista da multidimensionalidade, podemos elencar algumas causas cruciais. As prioridades, as escolhas, e, principalmente, a falta de autoconhecimento de si – seus traços fortes, talentos; seus traços fardos – imaturidades e dificuldades pessoais; seus traços faltantes – traços fortes que precisam ser desenvolvidos. Assim, a pessoa faz escolhas profissionais não condizentes com suas qualificações e, muitas vezes, díspares com suas próprias necessidades pessoais, por não se conhecer sufucientemente para saber no que seria bem sucedida. Soma-se a estas questões, a importância da consciência procurar ajustar sua vida profissional à sua programação existencial – isto é, a programação à qual se propôs, antes de ressomar (iniciar esta nova vida).
O reconhecimento de que somos consciências em evolução através do tempo motiva o desenvolvimento de lucidez voltada para o uso de nossa inteligência evolutiva, facilitando a recuperação de cons (unidades de lucidez), incentivando-nos a investir na nossa autopesquisa e permitindo-nos identificar nossas reais necessidades e prioridades. Com isso, ajustamos a nossa bússola consciencial. O resultado é a potencialização das chances do completismo existencial, isto é,o cumprimento daquilo que programamos para esta vida – incluindo a qualificação da nossa assistência às demais pessoas, o que muitas vezes também se dá no nosso cotidiano profissional.
A vivência do trinômio motivação-trabalho-lazer traz satisfação íntima, convivialidade sadia com os colegas, o sentimento de sentir-se útil e em contínuo crescimento profissional e pessoal. Cada dia vivenciado torna-se gratificante, prazeroso, motivador, sendo, portanto, decisivo no processo de evolução da consciência.
Para reflexões adicionais, vale a pena ler artigo fonte, de João Luís de Almeida Machado, Editor do Portal Planeta Educação (http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=1577).
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Sobre a polêmica da "nova" Refinaria em Pernambuco
"Pernambuco espera há 50 anos", diz o autor.
Eu diria que Pernambuco resistiu 50 anos.
É lamentável que ainda existam pessoas que só possam pensar com o curto prazo. Ou pior, argumentar com foco no curto prazo, e sem conhecimento holístico da situação, restrita ao reducionismo cartesiano dominante e imediatista. Ouso sonhar que um dia poderemos contar com a compreensão de todos também dentro do paradigma consciencial.
Contudo, limitando-me a argumentos técnicos, lembro que em 1989, em visita técnica (geológica) a praia Paraíso - quando a vista era ainda paradisíaca, ouvi meu professor falar com orgulho sobre os movimentos que aconteceram para impedir a catástrofe ecológica que tal proposta traria. Hoje, o "Porto de Suape" já nos trouxe as inúmeras consequências previstas - destruição de nossos berçários estuarinos, garantidores da produção pesqueira em constante declínio, comprometimento da paisagem, abandono do sonho do complexo turístico que se adequava à área com até maiores benefícios econômicos que os trazidos pela Refinaria, exploradora de um recurso não renovável. Sem falar nos comprometimentos para as pessoas e para o Estado, resultantes quanto aos ataques de tubarões.
50 anoos depois, finalmente, os "donos do Poder" desta nossa pátria que vai na contra-mão da ecologia, da educação e da evolução, seja por interesses escusos, seja por analfabetismo ecológico, seja por limitações técnicas, condenam-nos a uma perda irrecuperável, de patrimônios ecológicos, culturais, e de nossa qualidade de vida. Condenam-nos a perda de nossa própria dignidade, quando manipulam informações e obnubilam nossa capacidade de ação.
E nem entro no mérito da matéria ser assinada pelo Ilustre Secretário. Só tenho a lhe dizer que NÃO. Não comemoro. Não comemoro "Crescimento" a qualquer custo. Deixo o lembrete do que é ideal, atual, lícito: Desenvolvimento SUSTENTÁVEL.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
"Clarinha em 2047"
Olimpíadas no Brasil: custo/benefício = ?
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Sobre Consréus Bifrontes
Vale a pena o estudo deste livro, para ampliarmos a compreensão da multidimensionalidade e da multiserialidade (várias vidas), e desenvolvermos nossa capacidade de interassistencialidade e a assistência às consciências menos evoluídas.
O capítulo que li tratava sobre as consciências bifrontes. As que chamamos de duas caras, dupla personalidade. São pessoas que vivenciam ambigüidades, a mentira, cinismo, jogo duplo, infidelidade, traição, fingimento. Não necessariamente, pessoas que possuem algumas características das consréus bifrontes, o são. É o conjunto das características, a faceta do “jogo duplo”, e a prática constante de atos anticosmoéticos que as caracteriza. Não obstante, muitas pessoas possuem alguns de seus traços.
É prudente estarmos atentos às companhias evolutivas. Evitar sermos prejudicados e termos nosso processo evolutivo prejudicado, retardado. Resumo abaixo, algumas características deste tipo de consréus:
o Não confiam em ninguém;
o Antiexibicionismos – cegas pela aventura e siderada por dinheiro, mas preferem manter-se discretas;
o Anti-requinte;
o Antineofilia – posa de pai exemplar, ao estilo de família tradicional (antirecexis);
o Roupas comuns, discretas;
o Antiamadorismo – nos compromissos assumidos, postura profissional, sem deixar rastros.
Contudo, é importante ressaltar a importância de mantermos a intenção de assistência e fraternismo com estas consciências, que frequentemente fazem parte do nosso grupocarma, ou com as quais mantemos interprisões que necessitamos desfazer e superar.
sábado, 1 de agosto de 2009
REFLEXÃO: AUTOCIENTIFICIDADE
Na outra coluna, estavam fenômenos parapsíquicos, que mesmo eu, com meu elevado nível de ceticismo, já experimentei, por repetidas vezes – o estado vibracional, a pulsação de chacras, energias terapêuticas, campo energético interpalmar, entre outros. A maioria das pessoas já vivenciaram as mais diversas experiências parapsíquicas. Algumas até mesmo viram e ouviram consciências extrafísicas (espíritos). Mas tal como eu, aliás, geralmente mais que eu, dizem para si mesmas que nada disso existe, que são alucinações. Estes fenômenos, vivenciados pela maioria dos seres humanos ocorreram em todas as épocas, em todas as civilizações e tribos, por todo o planeta. Relatos foram produzidos sistematicamente, sem quaisquer conexões de conhecimentos entre aqueles que descreveram seus fenômenos. Mesmo assim, muitos experimentadores afirmam não acreditar. Quais as razões destas posturas? O que leva um ser humano a acreditar em algo fantasticamente inacessível a si, que outrem lhe conta que existe, ao mesmo tempo que nega suas próprias vivências?
A resposta muitas vezes é: “mas isso é comprovado cientificamente”. Qual o significado desta afirmação? A repetição do fenômeno por qualquer experimentador está no cerne do que seja considerado “cientificamente comprovado”. E concordo com esta defesa. Significa que, se EU mesma quiser experimentar, posso ir ao laboratório específico, e ver com meus próprios olhos, por exemplo, uma cadeia do DNA (embora eu possa continuar duvidando, pensando que aquilo foi forjado). Na prática, um número expressivo de pessoas (os cientistas), afirmando que experimentaram, é contundente para a prova científica.
Permanece o questionamento: porque não acreditamos nas experimentações de milhares de pessoas, com relação aos fenômenos parapsíquicos? Isto indica que as premissas do que nós acreditamos é que muitas vezes não são questionadas. O ceticismo positivo, onde é justo questionarmos o que não experienciamos por nós mesmos, tem o seu valor. O ceticismo negativo, em que se nega simplesmente por não querer acreditar (por crenças e valores pessoais), não acrescenta nada à evolução consciencial, nem à humanidade.
Dentro do paradigma consciencial, a Projeciologia concentra as vivências práticas da Conscienciologia. Inclui a experimentação das energias, das projeções lúcidas, e fenômenos como clarividência, precognições e retrocognições. Estes fenômenos são estudados de forma sistemática, científica. O que diferencia a cientificidade do paradigma consciencial são os instrumentos de experimentação, onde o observado é o observador. O cientista é o objeto de pesquisa. É preciso não ficar cético às nossas próprias percepções. Infelizmente, a ciência cartesiana ainda não investiu nas pesquisas conscienciais.
Sem dúvida, porém, tanto para a ciência tradicional, quanto para o paradigma consciencial, cada um de nós, precisa buscar a vivência prática. Ponderar energia e prática. Mediar a própria ceticidade. Isto é vivência da autocientificidade.
Por Clara Emilie Boeckmann Vieira
quarta-feira, 29 de julho de 2009
A INSENSATEZ DA MP458 (Junho/2009)
A INSENSATEZ - Coluna de Miriam Leitão, O Globo, Sexta 5/jun
O confronto entre ruralistas e ambientalistas é completamente insensato.Mesmo se a questão for analisada apenas do ponto de vista da economia, sãoos ambientalistas quem têm razão. Os ruralistas comemoram vitórias que sevoltarão contra eles no futuro. Os frigoríficos terão que provar aossupermercados do Brasil que não compram gado de áreas de desmatamento.O mundo está caminhando num sentido, e o Brasil vai em direção oposta. Emacelerada marcha para o passado.O debate, as propostas no Congresso, a aprovação da MP 458, os erros dogoverno, a cumplicidade da oposição, tudo isso mostra que a falta decompreensão é generalizada no país.A fritura pública do ministro Carlos Minc, da qual participou com gosto atéo senador oposicionista Tasso Jereissati (PSDB-CE), é um detalhe. O trágicoé a ação pluripartidária para queimar a Amazônia.Até a China começa a mudar. Nos Estados Unidos, o governo George Bush foipara o lixo da história. O presidente Barack Obama começa a dirigir o paísem outro rumo. Está tramitando no Congresso americano um conjunto deparâmetros federais para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Oque antes era apenas um sonho da Califórnia, agora será de todo o país.Neste momento em que a ficha começa a cair no mundo, no Brasil ainda sepensa que é possível pôr abaixo a maior floresta tropical do planeta, comose ela fosse um estorvo.A MP 458, agora dependendo apenas de sanção presidencial, é pior do queparece. É péssima. Ela legaliza, sim, quem grilou e dá até prazo. Quemocupou 1.500 hectares antes de primeiro de dezembro de 2004 poderá comprá-lasem licitação e sem vistoria. Tem preferência sobre a terra e poderá pagarda forma mais camarada possível: em 30 anos e com três de carência. E, se aofinal da carência quiser vender a terra, a MP permite. Em três anos, oimóvel pode ser passado adiante. Para os pequenos, de até quatrocentoshectares, o prazo é maior: de dez anos. E se o grileiro tomou a terra edeixou lá trabalhadores porque vive em outro lugar? Também tem direito aficar com ela, porque mesmo que a terra esteja ocupada por "preposto" elapode ser adquirida. E se for empresa? Também tem direito.Os defensores da MP na Câmara e no Senado dizem que era para regularizar asituação de quem foi levado para lá pelo governo militar e, depois,abandonado.Conversa fiada. Se fosse, o prazo não seria primeiro de dezembro de 2004.Disseram que era para beneficiar os pequenos posseiros. Conversa fiada. Sefosse, não se permitiria a venda ocupada por um preposto, nem a venda parapessoa jurídica.A lei abre brechas indecorosas para que o patrimônio de todos os brasileirosseja privatizado da pior forma. E a coalizão que se for$a favor dosgrileiros é ampla. Inclui o PSDB. O DEM nem se fala porque comandou avotação no Senado, através da relatoria da líder dos ruralistas, KátiaAbreu.Mais uma vez, Pedro Simon (PMDB-RS), quase solitário, estava na direçãocerta.A ex-ministra Marina Silva diz que o dia da aprovação da MP 458 foi oterceiro pior dia da vida dela."O primeiro foi quando perdi meu pai, o segundo, quando Chico Mendes morreu"desabafou.Ela sente como se tivesse perdido todos os avanços dos últimos anos.Minha discordância com a senadora é que eu não acredito nos avanços. Achoque o governo Lula sempre foi ambíguo em relação ao meio ambiente, e ogoverno Fernando Henrique foi omisso. Se tivessem tido postura, o Brasil nãoteria perdido o que perdeu.Só nos dois primeiros anos do governo Lula, 2003 e 2004, o desmatamentoalcançou 51 mil Km. Muitos que estavam nesse ataque recente à Floresta serãoagora "regularizados".O Greenpeace divulgou esta semana um relatório devastador. Mostrando que 80% do desmatamento da Amazônia se deve à pecuária. A ONG deu nome aos bois: Bertin, Marfrig, JBS Friboi são os maiores. O BNDES é sócio deles e osfinancia. Eles fornecem carne para inúmeras empresas, entre elas, as grandesredes de supermercados: Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar.Reuni ontem no programa Espaço Aberto, da Globonews, o coordenador doestudo, André Muggiatti e o presidente da Abras (Associação Brasileira deSupermercados), Sussumu Honda. O BNDES não quis ir.A boa notícia foi a atitude dos supermercados. Segundo Sussumu Honda, elesestão preocupados e vão usar seu poder de pressão contra os frigoríficos,para que eles mostrem, através de rastreamento, a origem do gado cuja carneé posta em suas prateleiras.Os exportadores de carne ameaçam processar o Greenpeace. Deveriam fazer ooposto e recusar todo o fornecedor ligado ao desmatamento. O mundo nãocomprará a carne brasileira a esse preço. Os exportadores enfrentarãobarreiras. Isso é certo.O Brasil é tão insensato que até da anêmica Mata Atlântica tirou 100 milhectares em três anos.Nossa marcha rumo ao passado nos tirará mercado externo. Mas isso é o demenos. O trágico é perdermos o futuro. Símbolo irônico das nossas escolhas éaprovar a MP 458 na semana do Meio Ambiente.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
RESENHA DA APRESENTAÇÃO DE DONALD SCHÖN – EDUCATING THE REFLECTIVE PRACTIONER – Meeting of the American Educational Research Association, 1987
Profissional reflexivo, ensino reflexivo, reflexão-na-ação, epistemologia da prática...
Em minha segunda tentativa de entender a proposta do aclamado Donald Schön, acho que desta vez consegui absorver algo. A primeira vez que li alguns capítulos do seu livro Educando o Profissional Reflexivo, captei algumas idéias interessantes, mas fiquei me perguntando onde exatamente este aclamado autor queria chegar. Não foi uma leitura fácil, apesar do livro já estar traduzido para o Português. Deve ter sido culpa da minha mente engenheira.
Foi por este motivo que escolhi a transcrição de sua palestra para ler. Pensei: “Vou ver como ele fala. Talvez seja menos prolixo, mais objetivo, do que escreveu no livro”. Valeu o esforço. Retomei alguns grifos nos capítulos do livro lido para consolidar o aprendizado.
Inserido no discurso, está o contexto histórico de como o processo de educação resultou numa cisão entre pesquisa e prática, de forma que hoje, a maioria dos alunos, crianças e mesmo adultos, acreditam que a escola não tem nada a ver com a vida real.
Mas eis então as idéias centrais de Schön, no meu entendimento, que apresento sem a pretensão de resumir a proposta do autor:
1. Schön inicia seu discurso falando da necessidade de reforma da escola, trazendo questões fundamentais a serem respondidas, por exemplo: quais são as competências que os professores deveriam estar ajudando os alunos a adquirirem? Que tipo de competências e conhecimentos os professores deveriam possuir para desenvolverem bem o seu trabalho?
2. Mas a crise envolve não apenas a formação de professores. Existe uma crise de confiança na educação profissional: as escolas não conseguem ensinar a prática ética e efetiva.
3. Assim, Schön faz críticas ao academicismo, ao excesso de teorias, à “categorização” do conhecimento, à supervalorização da “Ciência Básica”. Também faz crítica à pouca aplicabilidade do conhecimento e das produções acadêmicas para solucionar problemas públicos; e destaca a importância da ciência aplicada e das habilidades técnicas e da prática aplicada.
4. Ressalta a importância do profissional desenvolver outras qualidades/inteligências, ao que ele chama de “talento artístico”, tais quais perspicácia, intuição, criatividade, espontaneidade. Não basta o “acúmulo de conhecimento”. Não adianta apenas dominar conteúdos, teorias, conhecimento, sem saber aplica-los, usa-los, torna-los úteis, solucionar problemas e conflitos.
5. A famosa expressão reflexão-na-ação, indica que a teoria está incorporada, indissociavelmente, à prática. É a capacidade de responder às situações de forma espontânea, através de improvisação. Não existem soluções técnicas prontas. As soluções dos problemas surgem através da identificação e concepção do problema, através do uso de talento artístico.
6. E como desenvolver a habilidade “artística”? O primeiro requisito é liberdade para aprender através do fazer. Isto é a proposta do “ensino prático reflexivo”. O professor entra em contato com o que os alunos estão dizendo e fazendo. Experimenta-se.
ALUNA: CLARA EMILIE BOECKMANN VIEIRA. Junho, 2009.
PROFESSOR REFLEXIVO
Mais uma vez, Schön aparece em minha vida. E que coincidência: a disciplina que vou ministrar no próximo semestre, (Jogos de Empresas) é pura prática. Aproveitei a leitura dos artigos para amadurecer algumas idéias. Na primeira parte do artigo de Ghedin, chamaram minha atenção as seguintes colocações do autor:
- As contribuições de Schön, propositor do conhecimento-na-ação, reflexão-na-ação, onde explica que o conhecimento não se aplica a ação, mas está “tacitamente encarnado nela”.
- A indissociabilidade entre prática e teoria, chamando de teoria ao modo de ver e interpretar nosso modo de agir no mundo.
- Para que haja reflexão, é preciso haver capacidade de questionamento e autoquestionamento.
Na segunda parte do artigo, o principal foco do autor é a importância do papel do professor como colaborador na construção de uma sociedade melhor. Ghedin propõe que o professor reflexivo transcenda os limites da sala de aula, analisando o sentido político, cultural e econômico que cumpre à escola, educando seus alunos para que se tornem cidadãos ativos, comprometidos com esta sociedade mais justa que todos desejam. Transcrevo alguns tópicos abordados:
- A prática ocorre num contexto social determinado;
- O professor como intelectual crítico e sua emancipação;
- Refletir criticamente significa colocar-se no contexto de uma ação;
- O modelo crítico requer esforço para reflexão e entendimento.
Estas colocações retomam minha percepção antiga de que um professor pode e deve fazer muito mais do que apenas passar conteúdos aos seus alunos. Ensinar a aprender é o primeiro passo. Assim se garante aprendizado também do conteúdo a ser ministrado. No mais, plantar sementes. Apresentar e discutir valores e atitudes, incentivar o questionamento, faze-los refletir quanto a si mesmos também. Que se vejam como indivíduos e como parte da sociedade em que se inserem.
Autoconhecimento é essencial a qualquer ser humano. Ainda que os mais resistentes não queiram assumir esta responsabilidade, podemos dizer que ser professor, mais que ensinar conteúdos disciplinares, tem, sem sombra de dúvidas, grande oportunidade de contribuir para a formação de cidadãos, pessoas mais dignas, mais humanas para formarem uma sociedade mais justa e equilibrada. Não há como aprender, verdadeiramente, sem a prática reflexiva. É preciso saber fazer uso do aprendizado. Espero que os anos à frente, com suas naturais frustrações, não destruam minha motivação de ensinar, vivenciar estas razões, na função de professora.
RESENHA DO ARTIGO PROFESSOR-REFLEXIVO: DA ALIENAÇÃO DA TÉCNICA Á AUTONOMIA DA CRÍTICA de Evandro Luiz Ghedin. Por Vieira, C.E.B.2009
Andragogia - Resenha 2
Moura se propõe a integrar a reflexão sobre a formação de professores com a educação de adultos e o referencial desta para o desenvolvimento pessoal e profissional do docente. Com uma perspectiva analítica das formas de aprendizagem, pondera conceitos e as influências que promovem este desenvolvimento, embasado em referencial teórico.
Na primeira parte, debate os interesses técnico, prático e emancipatório que caracterizam a construção do conhecimento, com ponderações interessantes, demonstrando a importância da integração entre estes três interesses. A resolução apenas técnica (instrumental) de problemas, somente aplicando teorias e técnicas científicas, apesar da importância destas, torna-se redutora, desvalorizando os saberes experienciais e práticos dos professores. O interesse prático, que se reforça pelo diálogo, pela interação com outro sujeito torna-se importante.
Pelo conhecimento emancipatório, o indivíduo reflete criticamente sobre as diversas pressuposições que possam vir a distorcer sua interpretação da realidade quanto a si mesmo e à sociedade. “Adquirir saber crítico – emancipatório, implicar possuir a capacidade de autorreflexão e de autodeterminação”. Para isso, torna-se necessário autoconhecimento, desenvolvimento, liberdade. Importante destacar que o saber emancipatório depende também da experiência preliminar com os dois saberes – técnico e prático. Moura insere no interesse emancipatório a importância da reflexão sobre a reflexão-na-ação de Donald Schön, que possibilita a criação de novos significados.
As abordagens apresentadas demonstram como a reflexão sobre si próprio, no contexto profissional, tem implicações para o autoconhecimento e conseqüente desenvolvimento do docente como pessoa e como professor, uma vez promovem o desenvolvimento de novos significados, e novas formas de pensar, de agir e de equacionar problemas.
Sobre o papel da reflexão, apesar de apresentar as críticas de Zeichner, quanto a conseqüências negativas da “moda do prático reflexivo”, Moura demonstra a importância do questionamento pelo sujeito, para que possa reconhecer e experimentar outros pontos de vista, permitindo-se novas aprendizagens. Destaca que para isso são necessários três aspectos: abertura de espírito, responsabilidade e empenho, e coloca que a análise crítica por parte do professor tem que abranger quatro pontos de vista pelos quais o docente avalia sua ação profissional: pela autobiografia pessoal, como aprendente e como professor, pelos olhos do aluno; pelas experiências dos colegas; pela literatura teórica.
Moura, citando o autor Mezirow, fala como as novas aprendizagens são “condicionadas” pelas aprendizagens anteriores e como as estruturas de sentido - pressuposições e distorções que desenvolvemos, influenciam nossas percepções sobre nós e da realidade que nos cerca. Na aprendizagem transformativa, alteramos as perspectivas existentes. Os pressupostos são vistos como distorcidos, observando-se uma perspectiva de sentido transformada. O sujeito reconhece que suas perspectivas não são congruentes com a realidade, ele se apercebe da inadequação dos seus quadros de referência. Só assim, pode desenvolver novas perspectivas e proceder a aprendizagem transformativa.
Concluindo o artigo, o autor reforça a importância da valorização do professor, da reflexão crítica e da prática emancipatória, na terminologia de Paulo Freire; da teoria, da cooperação e do diálogo crítico entre os professores. Tudo isso colabora para o desenvolvimento pessoal e profissional do docente.
Reflexão pessoal: a A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública) requer mudança de valores e atitudes. Requer efetivamente, uma aprendizagem transformativa. Apesar das inúmeras notícias, apesar das palestras, debates e diálogos sobre a problemática ambiental, requerendo o engajamento de todos para salvarmos o planeta, a nós mesmos, a maioria das pessoas permanece com seus velhos hábitos, sem se engajar. Como utilizar todo este referencial teórico de educação de adultos, para observarmos a aprendizagem emancipatória e transformativa?
RESENHA DO ARTIGO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DO PROFESSOR: UMA REFLEXÃO DA E PARA A EDUCAÇÃO DE ADULTOS. (RUI MOURA - 2000). Por Vieira, C.E.B., 2009
Andragogia - Resenha
1. A idéia de uma postura como facilitador de aprendizagem, ao invés que um professor;
2. A proposta da educação informal de adultos, que considera um clima amigável e informal para as situações de aprendizagem, flexibilidade do processo, o uso da experiência, e o uso do entusiasmo e comprometimento dos participantes – incluindo dos professores.
3. O principal problema de nossa era está nas relações humanas. A solução está na Educação. A aprendizagem de adultos deveria produzir os resultados como:
a. Aquisição de um entendimento maduro de si mesmos;
b. Desenvolvimento de aceitação, amor e respeito pelos outros, com desejo sincero de ajudar outras pessoas;
c. Desenvolver o hábito de aproveitar toda experiência como oportunidade de aprender;
d. Adquirir habilidades para desenvolver os potenciais de suas personalidades;
e. Entender e promover mudanças na sociedade em que se insere.
4. Sobre as características que diferenciam a aprendizagem de adultos citadas por knowles, destaco a autoconcepção/autodiscernimento, que se amplia a medida que a pessoa amadurece e as experiências vivenciadas, que são também fontes de aprendizagem.
5. Há um questionamento quanto à validade deste modelo, uma vez que as circunstâncias condicionam o processo de aprendizagem de adultos. Na minha opinião, aprendizagens podem ocorrer de diferentes formas, por diferentes caminhos. As experiências são oportunidades de aprendizagem (apesar de muitas vezes, adultos perderem esta chance e poderem até “desaprender”). O modelo citado pode ser usado como metodologia. A simples Meditação também promove aprendizagens. Enfim, há vários caminhos. Para mim, Knowles além de promover a necessária reflexão sobre a aprendizagem de adultos, discute o processo e aponta estratégias com abordagens diferentes, contribuindo para o desenvolvimento da relação ensino-aprendizagem.
RESENHA DO ARTIGO MALCOLM KNOWLES, INFORMAL ADULT EDUCATION, SELF-DIRECTION AND ANDRAGOGY (Smith, M. K. 2002). Por Vieira, C.E.B., 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Disciplina em curso: Didática do Ensino Superior
Se compreendessem que ensinar não é simplesmente passar conteúdos.
Se pudessem ensinar os alunos a pensar, repensar e realmente aprender.
Com certeza, formariam profissionais melhores e pessoas melhores e mais lúcidas, ampliando o processo de evolução no planeta.
Sem falar em aulas verdadeiramente interessantes.
Claro que o interesse do aluno precisa estar na outra ponta do processo.
Todos os professores deveriam fazer esta disciplina que estou cursando na UFPE: Didática do Ensino Superior. Excelente: 1) Seguramente poderemos dar melhores aulas. 2)Fato: processo de autodesenvolvimento e reconstrução de conhecimento em ação.
RESENHA DO ARTIGO THE HEART OF A TEACHER – PARKER PALMER
Lendo o brilhante conteúdo do texto de Palmer (The Heart of a Teacher), foram vários os insights. Percebi que estou diante de mais uma grande oportunidade em minha vida. Oportunidade de maior aprendizagem, maior autocompreensão e autossuperação de minhas dificuldades, além de expansão dos meus próprios potenciais latentes. Sim! Ampliação do meu “coração de professora”.
O que mais me chamou a atenção foi o fato de como ele coloca que a qualidade do ensinar não é garantida por técnicas, que são importantes, mas não compõem o essencial. Palmer explica que para um bom ensino, o professor precisa de autoconhecimento. Dar aula, diz ele, é como colocar um espelho diante de si. E se você não está preparado para não gostar do que vê, levantará autodefesas. Com isto, compromete-se a integração do professor com os alunos, e até com o assunto a ser ministrado.
Autoconhecimento. Por que a academia é tão resistente a isso? Por que cientistas das mais diversas áreas resolvem pesquisar de tudo, mas pouquíssimos se interessam pelo mais essencial: a Consciência humana. Divagações à parte, aproveito este ensaio para registrar e fixar os pontos do artigo que foram mais relevantes para mim, resumidos da forma que entendi:
1. Professor: Uma fusão de Freud e Salomão.
2. “Nós ensinamos quem nós somos”. Reforço: a importância do autoconhecimento de mim mesma para uma boa qualidade do ensinar. “Ensinar mantem um espelho para a alma. Se posso me ver e não correr do que vejo, tenho uma chance de me enxergar, me conhecer”. Conhecer os estudantes e conhecer o assunto da disciplina depende muito de autoconhecimento.
3. Ensinar envolve desenvolver e ponderar intelectualidade, emoções e espiritualidade
4. Não existe técnica mais apropriada. Cada professor tem seu estilo próprio. Podem haver técnicas ótimas para uma turma, que não sirvam para outra turma. Portanto, o essencial é manter a identidade e a integridade pessoais, para podermos criar uma teia que nos conecta aos alunos e ao assunto, de forma autêntica, personalíssima.
5. “Técnica é o que professores usam até que o verdadeiro professor chegue”.
6. Identidade e Integridade dizem respeito a tudo que contribuiu para a nossa formação e à autenticidade, autocoerência, autodiscernimento, assunção do que somos, de bom e de ruim.
7. “Nos tornamos professores por razões do coração, animados pela paixão por um assunto e por ajudar as pessoas a aprenderem”
8. Não importa o quanto o meu tópico de ensino seja técnico ou abstrato. Eu me importo com as coisas que eu ensino. E o que eu me importo, define minha personalidade.
9. O tipo de ensino que transforma as pessoas não acontece, se o professor interno do estudante for ignorado. E só podemos falar com este professor interno dos estudantes, se pudermos falar com nosso próprio professor interior.
10. Saber diferenciar: autoridade x poder.
11. Educar é guiar os estudantes por uma jornada por caminhos mais verdadeiros de ver e estar no mundo.
12. Assim como a medicina do século 20 percebeu a necessidade de maior aprofundamento em aspectos psicológicos e espirituais da cura, a educação do século 20 deve se abrir para uma nova fronteira do ensino e da aprendizagem.
E para reforçar tudo e não esquecer, o primeiro parágrafo do texto é a melhor síntese de meus sentimentos:
I am a teacher at heart, and there are moments in the classroom when I can hardly hold the joy. When my students and I discover uncharted territory to explore, when the pathway out of a thicket opens up before us, when our experience is illumined by the lightning-life of the mind--then teaching is the finest work I know.
RESENHA DO TEXTO Saber Aprender – Um olhar sobre Paulo Freire e as perspectivas atuais de Educação, de Moacir Gadotti, Setembro de 2000.
Refletindo sobre meu encontro com Paulo
(O brilhante Paulo Freire, que não tive a chance de conhecer pessoalmente)
Foi o Moacir que me apresentou o Paulo. E foi amor à primeira vista!
Decidi escrever duas resenhas a partir da leitura do artigo de Moacir Gadotti. Uma para sintetizar as idéias centrais do artigo, e outra, sobre os autoquestionamentos que o artigo me provocou, o que faço agora. Estou impressionada com as propostas relacionadas à educação, as suas bases conceituais, a metodologia que este grande educador, Paulo Freire, propôs. Impressionada com a compreensão do quanto o processo de educação é muito mais essencial ao seu humano, e às sociedades, do que eu já considerava ser. E impressionada em me aperceber do quanto estive limitada e atrasada, apesar de tanta dedicação à ciência apesar de tantas formações e produções acadêmicas, tanta leitura, que não incluíram nada de Paulo Freire! E nada de Palmer, e somente muito recentemente, Edgar Morin...
Em que sistema de ensino estive? Assim, o artigo me torna ao mesmo tempo sujeito observador e objeto de análise. E somente o velho ditado “antes tarde do que nunca” para consolar-me neste momento.
Por que nunca acessei nenhum livro de Paulo Freire? Hipóteses me ocorreram, na condição de estudante-aprendiz:
Falta de inserção na grade escolar e universitária
Falta de conhecimento dos professores
Falta de compreensão do autor pelos professores
Foco especialista da minha formação em Engenharia de Pesca, priorizando a ecologia dos animais aquáticos (Mas eu tive uma disciplina de Extensão, e outras de EPB, Sociologia, etc! Cadê Paulo Freire???).
Falta de meu próprio interesse, posto que alguns colegas chegaram a comentar o quanto gostavam de Freire. Em geral, colegas de extrema esquerda, o que me fazia pensar que Freire era um mega-intelectual, interessado apenas em salvar os oprimidos, e de linguagem inacessível para mim, que tinha disciplinas demais pra estudar.
Um conjunto de todos estes fatores devem explicar meu atraso.
O que importa agora, é trazer o precioso Pensamento, e sobretudo a prática, das propostas de Freire para o meu universo e o daqueles que eu alcanço, contribuindo para uma formação de práticas e opinião mais humanas no meio que estiver ao meu alcance: meus alunos, meus colegas de trabalho, meus amigos, minha família.Para aqueles que ainda não leram Freire, infelizmente, não dá pra resumir em poucas linhas sua proposta. Vou tentar sintetizar as pontoações do artigo em outra resenha. Fecho esta com a sugestão para aqueles que ainda não conhecem Freire, o fazerem urgentemente. Um bom começo, é o sintético Pedagogia da Autonomia. E também pedir para o Moacir lhe apresentar ao Paulo. Para os que já o conhecem, reler, e acima de tudo, tentar trazer para a prática as idéias deste brasileiro que fez, e ainda faz, diferença no Mundo.
Universidade e Sociedade – Reflexões de uma ex-cientista acadêmica sobre artigo de Marilena Chauí
Relendo meus grifos e comentários no texto do artigo, reconheci melhor as reflexões e argumentos apresentados pela autora, concordando com a visão geral apresentada. De fato, a Universidade Pública sofreu transformações negativas nas últimas 4-5 décadas, e necessita urgentemente de uma grande reforma. As propostas finais para a mudança da universidade sob o prisma da formação são fundamentais.
A questão é que em muitos trechos da leitura, incomodou-me certas colocações, por eu ter experimentado situações diferentes. Penso que pesou o fato de eu ter me graduado em uma área dedicada à ecologia, interessada no equilíbrio entre o homem e a natureza. Trabalhei 16 anos com pesquisas dedicadas à sustentabilidade de populações de espécies marinhas exploradas pela pesca. Destaco as seguintes experiências diferentes das colocações da ilustre Chauí, apesar de reconhecer a hipótese de que eu me incluí em grupo exceção, e que, além disso, mantive o foco apenas nas experiências positivas vivenciadas:
1. Não experimentei competitividade por “eficácia organizacional”
2.. O conhecimento não era destinado à apropriação privada, visto que visava a defesa do bem comum da “natureza”, ainda que as informações servissem à iniciativa privada. Infelizmente, nem tudo são flores: as políticas públicas no país subutilizam as informações, e pouco é feito para concretizar ações apoiadas pelos resultados destas pesquisas. Meus cações-anjos, apesar de termos demonstrado o declínio populacional que vinha sofrendo em 1996, apesar de termos calculado a quantidade a que deveria limitar-se a sua pesca, continuou sendo explorado, e hoje está na lista de espécies ameaçadas de extinção. Eis mais uma das tantas deficiências brasileiras. E também frustração pessoal.
3. A interdisciplinaridade na minha área sempre foi considerada, ainda que limitada à “grande área”. Era preciso interligar informações e métodos das áreas da física, da matemática, da biologia, da química, e, não raro, da economia e da sociologia. Portanto, cooperação entre as áreas sempre existiu. Hoje trabalho projeto interdisciplinar que envolve ecologia, economia, e educação e gestão de pessoas.
Por outro lado, percebi uma deficiência na minha formação: muito foco na ciência pura, contra pouco investimento em uma formação mais ampla, envolvendo uma maior ciência antropológica e sociológica, do homem como ser social.
Pesou minha visão romântica e otimista, em parte pelas excelentes oportunidades que tive a chance de vivenciar, e por ter sido orientanda de Professores ímpares, na graduação, especialização e mestrado. Assim, congelei meu foco nos aspectos positivos.
Reforço a opinião de que uma reforma na Educação no país é essencial. Serviço à sociedade, interdisciplinaridade, foco no processo de formação de profissionais e pessoas, e não apenas instrutivismo, autonomia, revalorização da docência e da pesquisa. Apenas para citar algumas necessidades de mudança discutidas pela autora. E não apenas na Universidade, mas crucialmente, na escola pública do ensino fundamental e médio, também necessitam mudanças. Salve Chauí!
RESENHA DO TEXTO PROFESSOR/CONHECIMENTO – DE PEDRO DEMO, 2001
Este artigo traz duras críticas à estrutura de ensino/aprendizagem no Brasil, apontando caminhos para superarmos as deficiências relacionadas à gestão do conhecimento, às instituições de ensino e a atuação do professor na universidade.
Os principais pontos de partida do autor, dos quais elabora seus argumentos, podem ser sintetizados nos seguintes tópicos:
- Educação e conhecimento como estratégia inseparável para promoção da inovação e a importância da valorização do saber pensar e aprender a aprender.
- Realidade: a contradição da universidade que prega a inovação, mas não consegue inovar-se, mantendo-se instrutivista, com reprodução de aulas “surradas”.
- Ressalta a pesquisa como instrumento de reconstrução do conhecimento. Não basta repassar conhecimentos, de forma instrutivista, como vem acontecendo nas universidades estagnadas, resistentes à inovação. A reconstrução do conhecimento deveria ser tarefa central da universidade (e também da escola), como princípio educativo não só para o progresso da ciência, mas também para formação da cidadania.
Com relação ao perfil do Professor, Demo reforça a tarefa mor do professor como sendo saber “fazer o aluno aprender”. E somente o faz, o professor que também aprende, e mais uma vez destaca a importância da pesquisa, a atualização permanente, inclusive nos meios tecnológicos disponíveis, e a interligação entre teoria e prática.
Interessante listar os argumentos do autor para justificar porque é mais importante o domínio metodológico para o saber pensar e aprender a aprender do que o domínio dos conteúdos, apesar da importância deste:diante da velocidade do acúmulo de conhecimento e da inovação, fica difícil dominar conteúdos extensamente.
Ainda com relação ao perfil do professor, Demo ressalta a interdisciplinaridade como essencial ao sucesso do ensino e da aprendizagem e o cuidado com os alunos, para que estes não percam a uma dupla oportunidade: acesso à qualidade formal, quando não aprendem a aprender; acesso à qualidade política, quando não recebem motivação para a politicidade do curso. Pois aí não se forma nem o profissional, nem o cidadão.
O autor finaliza o artigo falando sobre o desafio da pesquisa, que deveria atuar desde a fase escolar, como estratégia para reconstrução do conhecimento e formar pessoas questionadoras, críticas, o que é raro nas instituições de ensino. “Pesa muito a tradição da aula reprodutiva, considerada ainda pela maioria como pedagogia fundamental”.
sábado, 9 de maio de 2009
Além da Religião - David N. Elkins - Ed. Pensamento, 1998
“O Poder do Agora” – Resumo de resenha do livro de Eckhart Tolle. Ed. Sextante, 1ª Ed. 2002.
É fato esta necessidade humana traduzida pela palavra “religião” – religare. Religação da Consciência com sua origem multidimensional. Como já escrevi minha opinião sobre a religião, com todo respeito às crenças das pessoas, vou me concentrar sobre a necessidade humana de religação que citei.
Quando li “O Poder do Agora”, esperava conhecer mais uma proposta de “caminho espiritualista”. Não porque eu ainda tenha esta necessidade. Não. A Conscienciologia é minha ferramenta de autodesenvolvimento consciencial, e independe de qualquer muleta mística ou religiosa. É o que mais se adequou ao meu perfil científico, metódico, cético, pragmático e paradoxalmente espiritual, que hoje defino melhor pela palavra consciencial. Contudo, é sempre interessante conhecer outras propostas de amadurecimento consciencial. É importante para melhorar a assistencialidade. E entendo que cada pessoa tem uma forma própria de vivenciar e suprir a necessidade de evolução, e mecanismos personalíssimos de promoverem seu autoconhecimento e autoaprimoramento.
Pois bem, Eckhart Tolle vendeu mais de 1,5 milhão de livros em todo o mundo. O livro foi 1º lugar na lista do New York Times. Deepak Chopra ressaltou o valor do livro com as palavras “Cada frase transmite verdade e poder”. É aí que o “bicho pegou”. Arrastei-me na leitura procurando estas frases.
Achei o autor é extremamente abstrato e prolixo. Frequentemente, ambíguo. Muitas das propostas são óbvias e outras já apresentadas por inúmeras outras “correntes” filosóficas e espiritualistas. Meu exemplar esta todo riscado. Vários pontos de interrogações e críticas. Algumas boas colocações. O tempo todo me perguntava onde é que o autor queria chegar. No final, fiquei sem entender porque tanta gente gostou tanto deste livro.
“O Poder do Agora”, no meu entender, traz como proposta positiva a importância do autodiscernimento. De estarmos presentes no aqui e agora, que é o momento único e certo de estarmos vivos. E por isso temos que maximizar a qualidade deste momento. De tal forma, que pouco importa passado e futuro. Mas aborda de forma confusa como os mecanismos de defesa do ego nos manipulam. Fala também da questão das autosabotagens. Porém, na tentativa de explicar o que Freud e Jung apresentaram de forma científica e bem estudada, deprecia o valor da racionalidade, chamando a mente do maior vilão dos seres humanos. Penso na possibilidade de haver problemas de tradução.
Boas colocações:
Conceito de pensene: pensamento, sentimento e energia estão interligados
Importância do autodiscernimento, da autoconsciência, do autoconhecimento
Importância de desenvolvermos nossa “espiritualidade”
A importância de estarmos presentes no aqui e agora, atentos ao que pensenizamos e fazemos.
Sugestões a favor da ecologia, da sustentabilidade do planeta.
A importância da resignação ativa.
A existência da Consciência, além do corpo físico (embora as idéias sejam passadas de forma prolixa e obscura)
“Experimente e você vai ser a prova”. Pg. 124.
Dica para o EV. Pg. 125. Técnica exatamente igual à do EV basal.
“A verdadeira salvação é um estado de liberdade – do medo, do sofrimento, de uma sensação de insuficiência e de falta de alguma coisa.” Pg. 146
Exemplos de más colocações:
Distorção, abstração, prolixidade, e até contradições e enganos.
“ O predomínio da mente é apenas um estágio na evolução da consciência. Precisamos passar ao próximo estágio. Senão seremos destruídos pela mente” Pg. 26.
“A verdade estará na emoção e não no pensamento” Pg. 30
“Não permita que o sentimento se transforme em pensamento”. Pg. 43
Sugestões subliminares de repressão e alienação.
“O passado nos dá uma identidade e o futuro contém uma promessa de salvação e de realização. Ambos são ilusões”. Pg. 51
Freqüentes toques religiosos – cristãos e budistas, e citações a Deus.
Alusões a Adão e Eva! Pg. 114.
“A mente não consegue perdoar. Só você consegue” Pg. 121.
“ O sonho lúcido (PL!) não é libertador”. Pg. 133.
Péssima elaboração filosófica, opinião do autor, quanto às origens do Universo. Pg. 140.
domingo, 3 de maio de 2009
A dificuldade do mercado imobiliário em Recife
Vejamos:
1) São centenas de anúncios somente para o bairro que procuro – boa viagem.
2) Os anúncios não colocam as informações essenciais.
3) Não dá pra realizarmos centenas de ligações para obter as informações dos imóveis! Pior: a maioria só disponibiliza o celular. Cada ligação me custa quase R$1,00/minuto. Dá pra se ter uma idéia do tempo e dinheiro necessário a tantas ligações! Vou acabar gastando o dinheiro do apartamento e meus dias de férias para esta busca.
4) Os anúncios citam que o apartamento, classificado em “3 quartos”, possui sala e WC (qual apartamento de 3 quartos não possui isso?!), mas não citam:
a. O preço – condição indispensável à decisão;
b. Localização – boa viagem é um bairro gigantesco. Morar no 1º jardim é completamente diferente de próximo ao shopping! Deveriam dizer ponto de referência.
c. Informações estruturais: varanda, infraestrutura do prédio (apenas alguns anúncios)
5) Os corretores são pessimamente preparados. Alguns sequer têm um mínimo de trato interpessoal. Até hoje só encontrei uma corretora aprovável. Os outros, insistem em gastar tempo, meu e dele, me levando pra ver apartamentos completamente fora dos meus requisitos. O que será que se passa na cabeça deles quando me leva pra ver um apartamento próximo do Acaiaca quando digo que quero morar no 1º jardim?
6) Liguei para pelo menos 10 corretoras de imóveis que não me deram nenhum retorno. Com certeza não é por falta de apartamentos, pois cada 10 prédios de Recife, acho que no mínimo 7 possuem uma placa de “Vende-se”.
7) Finalmente, nenhum corretor tem boa vontade de incluir minha casa como parte da negociação. Parece que acham que a corretagem será menor, apenas sobre a diferença. Esquecem que vão ganhar a corretagem sobre o valor da casa?
Por favor, quem conhecer um bom corretor ou tiver alguma sugestão, queiram me informar.
Provas quanto à existência de múltiplas vidas são necessárias?
Rebuscou-me a constante discussão que eu costumava me enveredar sobre a comprovação da multisserialidade (existências de múltiplas vidas). Antigamente eu costuma argumentar sobre os fortes indícios quanto a esta realidade. Hoje já consigo me resignar, respeitar de verdade a realidade do outro. Com certeza haveria outros argumentos para explicar o caso do garoto Ian. O mais forte argumento quanto ao problema fisiológico seria simplesmente “coincidência”. Mas como explicar os relatos de detalhes que o garoto conta da sua vida anterior, como seu próprio avô? “Isso é uma farsa”, diriam os mais céticos. “Ele acessou o inconsciente coletivo”, diriam alguns cientistas. É uma questão genética, diriam outros. E outras hipóteses mais difíceis de serem confirmadas que a simples explicação de que ele tenha sido, de fato, o seu próprio avô. Simples assim.
O que mais explicaria tantos relatos de crianças de suas vidas passadas, até em outros países, sequer conhecidos por seus pais, e nenhum vínculo genético?
O que mais explicaria as crianças prodígios, com habilidades artísticas ou mentais?
O que mais explicaria as diferenças gritantes entre dois gêmeos, univitelinos e submetidos às mesmas condições mesológicas?
As afeições e desafeições instantâneas que todos experimentamos?
A certeza de já conhecermos determinado local sem nunca termos ido lá nesta vida?
Os nossos próprios sentimentos inescondíveis de já termos vivido situações que não se passaram nesta vida?
As retrocognições raras, que alguns conseguem experimentar?
O sentimento íntimo de que temos uma “missão de vida”?
As sincronicidades inexplicáveis que testemunhamos?
“Experimente”, nos desafia o “Princípio da Descrença” da Conscienciologia e da Projeciologia. Mas a maioria das pessoas sequer arrisca experimentar.
A verdade é que muitos valores estariam em jogo caso pudessem comprovar a “continuidade da alma”. A existência da Consciência (ego, self, espírito) imortal. Muitos prazeres perderiam o sentido e teriam que ser colocados de lado. Mas é uma pena que não se perceba que somente buscando evolução consciencial é possível se obter a “paz de espírito” (homeostase holossomática), permanente, tão sonhada. Pois as dificuldades sempre existiram. O maior ou menor sofrimento vai depender de como lidaremos com elas. E somente a inteligência evolutiva nos ajuda na eficiência e eficácia do viver. Isso inclui também ampliar os momentos de satisfação íntima perante a vida.
Estudar Conscienciologia e Projeciologia ajuda no autoconhecimento, através da autopesquisa, e no autodesenvolvimento pessoal, na superação de traços fardos e na potencialização de traços fortes. Falar das vivências parapsíquicas e das convicções quanto a outras vidas, apesar de sua importância, torna-se secundário, posto que torna a vida atual, melhor.
Procura-se evitar porém os “estupros evolutivos”. Cada um tem seu ritmo. Cada um tem seu potencial. Cada um tem suas escolhas, suas prioridades. A única coisa comum a tudo e a todos, é nos assistirmos mutuamente, e darmos o melhor que pudermos em nossas vidas atuais.
VAMOS EM FRENTE!
Institividade x Consciencialidade
http://www.youtube.com/v/D85yrIgA4Nk
No vídeo temos um cão, um gato e um rato em prefeita harmonia. Até trocam carinhos.
Lembro de outro vídeo que uma fêmea jaguar em horário de caça, encontra um filhote de macaco. Ao invés de comê-lo, o adota.
Com certeza o cão, o gato e o rato estão bem alimentados.
Com certeza o instinto de sobrevivência é certo a qualquer ser vivo. O que não é certo, é o comportamento individualíssimo de cada "ser".
Então a questão é: quando os instintos se sobrepõem à racionalidade, que é uma conquista da consciência?
Na hipótese do meu amigo, se os dois seres humanos fossem mãe e filho, um casal, ou bons amigos, como nós, será que não nos motivaríamos a dividir aquele prato?
Há a teoria da evolução das espécies. Todas têm mesmo padrão de comportamento?
Há a ocorrência da evolução da Consciência. Cada um está em seu nível pessoal.
Só me cabe notar que toda esta discussão é balela inútil. E citar o Princípio da Descrença: "Não acredite em nada que lhe disserem. Tenha suas próprias experiências". E aí então confirmar que somos consciências em evolução. E uma vez experimentada esta realidade, não necessito me submeter à experiência de fome proposta pelo meu amigo. Abro mão da patola do caranguejo para meu pequeno de 5 anos ;-), mas é verdade que não o faria por um ente inquerido.
AUTOPESQUISA: FERRAMENTA DE SUPERAÇÃO DA ANSIEDADE
A ansiedade é um traço fardo que acompanha milhões de concins, comprometendo seu bem-estar e seu processo evolutivo de diferentes formas. A despeito de várias definições, para mim, a ansiedade pode ser definida como um sentimento de perturbação, ânsia, insatisfação, incompletude e/ou angústia, que impede minha serenidade, e que me motiva a estar sempre em busca de alguma coisa que me traga satisfação íntima. A autopesquisa foi desenvolvida na intenção de identificar as causas, entender meu processo de ansiedade e atingir a auto-superação deste sintoma.
No início da autopesquisa, não foi difícil identificar os fatos denunciadores de meus traços fardos como: ansiedade constante; tendência a ser workaholic; sempre em cima da hora ou atrasada para os compromissos; angústia com medo de estar perdendo tempo; intolerância a momentos de espera em filas, consultórios; multiplicidade de interesses; agenda sempre lotada; dificuldade em fazer escolhas e priorizar; taquipsiquismo; eventuais melancolias; comportamento “controlador, entre outros.
No processo de reeducação, foram utilizadas técnicas consciencioterápicas, a elaboração de um Plano de Ação e o desenvolvimento da disciplina pessoal . Levantei algumas hipóteses para explicar a problemática e recomenda-se que qualquer pessoa "ansiosa" procure fazer o mesmo:
1. Fazer o máximo de coisas para compensar a baixa autoconfiança: “quanto mais eu fizer/construir, mais significante posso ser” – necessidade de sentir-me produtiva e útil.
2. Não ter tempo para enxergar a mim mesma – fuga de si.
3. Não dar espaço/tempo para enxergar minhas insatisfações – fuga de si.
4. Não ter tempo para maior convivialidade/contatos sociais com grupocarma – fuga de si.
5. Evitar assumir responsabilidades de maior comprometimento – fuga de si.
6. Preenchimento de “vazio existencial”.
Lista. Pode ser útil enumerar as principais ferramentas utilizadas e ações realizadas:
1. Mentalsomática. Biblioterapia. Estudo. Leitura. Não apenas sobre o tema em questão, mas assuntos diversos, obras úteis, técnicas, científicas, de qualidade literária. Percebi que o desenvolvimento intelectual e mentalsomático combate os emocionalismos e implementa a auto-confiança.
2. Auto-análise. O processo de auto-observação, autodiagnóstico, autocrítica.
3. Psicoterapia. Expor, falar sobre os problemas que angustiam, ouvir outros pontos de vista.
4. Grafopensenes. Desenvolver o hábito de escrever os próprios sentimentos e reflexões. Ajuda a “desabafar”, organizar as idéias e ampliar a percepção das situações.
5. Técnicas. Não é suficiente saber que é preciso mudar. É preciso ter métodos, técnicas que ajudem a concretizar o processo.
6. Assistencialidade. “Ajudar as pessoas”. O fato é que quando assistimos outras consciências, cumprimos nossa função essencial de projeto de vida e nos concedemos satisfação íntima. “Sair do próprio umbigo” também é fundamental.
7. Trinômio. Motivação-Trabalho-Lazer. Escolha prioritária.
8. Conviviologia. Disciplinar-se para ao menos uma vez por semana, estar em companhia de consciências afins.
9. Soma. Boa alimentação. Exercícios regulares.
Resultados. A maior auto-organização ajudou-me a concretizar maior número de tarefas e metas, a aumentar a produtividade, os momentos de acalmia e disponibilidade para família e lazer. Isso trouxe maior satisfação íntima e a conseqüente tranqüilidade mais frequentemente, retroalimentando o processo de auto-superação. Entretanto, esta não foi a conclusão principal neste trabalho. Apesar dos títulos sugestivos disponíveis na literatura – Liberte-se da ansiedade, Como superar a ansiedade, Confrontando a ansiedade, concluí que a ansiedade pode não ser um problema em si. Por esta razão, é necessária a identificação dos fatos e traços que levam a pessoa à ansiedade.
Conclusões. Reconheci o quanto as questões relacionadas à afetividade abalam meu equilíbrio emocional. Portanto, esta autopesquisa evidenciou os ganhos secundários que o padrão de comportamento ansioso mantinha, redirecionando-me para nova autopesquisa. Ainda não houve a superação plena do traço de ansiedade, mas percebo a necessidade de manter atenção à priorização e à auto-organização, e, principalmente, dar prosseguimento à autopesquisa, agora, relacionada à afetividade, o verdadeiro travão de meu processo evolutivo.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2
Cheguei a comentar com ele o quanto lamento que ele não torne sua lucidez, discernimento e intelectualidade mais úteis à sociedade. Queria que ele fosse mais atuante e convertesse seus talentos em maiores ações. Taí:
"O que precisa mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade", por Eduguru:
A VERGONHA NA CARA DA CASTA DA POLÍTICA: POLÍTICA É ALTRUÍSMO:
(Verbete: altruísmo1. Amor ao próximo; filantropia.2. Desprendimento, abnegação),
NÃO PODE SE TORNAR PROFISSÃO E MUITO MENOS MEIO DE VIDA. OU PIOR, DE ENRIQUECIMENTO (E O DELES É GERALMENTE ILÍCITO!!!).
sábado, 18 de abril de 2009
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
quem quiser participar do Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU / PNUD, respondendo perguntas como: "O que precisa mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade", é só acessar o link abaixo. Esse relatório da ONU (Organização da Nações Unidas) faz parte do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) .
http://www.brasilpo ntoaponto. org.br/
Minha resposta:
PRIORIZAR A EDUCAÇÃO. É a única saída para minimizar todos os problemas do país, relacionados a saúde, segurança, meio ambiente, consciência, exercício da ética e da cidadania.
Educação financeira
http://www.consumidorconsciente.org/BR/
A história de um segundo nascimento - reflexões sobre religião
...Fiz uma leitura dinâmica do texto, muito prolixo.
Tenho certeza que a qualidade da alimentação é fundamental para os seres humanos.Mas o que acho mais importante é a qualidade de nossos pensamentos, sentimentos e energia. Até mesmo no caso desta senhora, se é que é verídico. Acho que sua motivação para se curar pesou mais que a alimentação, embora seguramente, a tenha ajudado.
O texto tem mensagens subliminares de lavagem cerebral. Isso não é legal. “...parei com as bebidas, cigarros e sexo...” Sexo, é saudável! Foi comparado à nocividade do cigarro ????
Qual a motivação real desta estória? Tem cara de citação de alguma religião/seita.
Pondero com meus estudos em Conscienciologia, que apesar de discutir questões inseridas no rol dos "espiritualistas", como a questão do parapsiquismo, autopesquisa e as potencialidades da Consciência, evita abordagens místicas, dogmáticas, sectárias e, principalmente, religiosas.
Respeito as escolhas das pessoas. Penso que todos devem adotar para si as ferramentas que julgarem necessárias ao seu processo evolutivo e humanístico. Infelizmente, na prática, apesar de envolver muitas pessoas íntegras, não percebo nenhuma religião como construtora efetiva de uma sociedade melhor. Milhões de religiosos sequer exercitam a ética e a cidadania mínimas na sociedade em que se inserem... e tantos outros argumentos negativos eu poderia citar. Assisti dois documentários excelentes de Richard Dawkins, catedrático professor, que critica de forma coerente e não depreciativa as religiões. Apesar de apresentarem visões parciais, são eloquentes. Por estas e outras razões, hoje não tenho religião. Sequer me preocupo em saber se Deus existe ou não. Busco meu autoaprimoramento consciencial e prestar o máximo de assistência na sociedade em que vivo, colaborando nos limites que me cabem, na construção de um mundo melhor. Perdoe-me se ofendo alguma convicção pessoal, mas acho que as trocas sadias de idéias, abordadas de forma impessoal, com autocrítica paralela, sempre nos enriquecem.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Consciencialidade X Espiritualidade
Acrescentaria mesmo, que poucas religiões se propõem a realmente, e prioritariamente, estimular a espiritualidade... à despeito de seus interesses econômicos, políticos, sociais, de poderios e manipulações...
Não encontrei nada melhor que a conscienciologia, para desenvolver minha consciencialidade, na busca por lucidez, autodiscernimento, autossuperação e a verdadeira vivência do fraternismo, do universalismo e da cosmoética comigo e com os demais seres humanos.
Equilíbrio, metas e segurança. Assim se formam os executivos de sucesso. Resenha da reportagem Época Negócios 12/01/2009
Vale à pena dar uma lida na reportagem. Abaixo, transcrevi alguns trechos que das entrevistas com pessoas "de sucesso" da reportagem. Finalizo com algumas colocações da expert em felicidade Sonja Lyubomirsky, com quem concordo quando pondera que vale mais à pena gastar com experiências, do que com bens materiais.
"Acho que as pessoas precisam ter causas. Sucesso é dar significado à vida"Luiz Eernesto Gemignani - PROMON
"O dinheiro tem uma importância de 100% na juventude e vem descendo com o amadurecimento , até uns 30%. Não menos que isso, porque ninguém faz supermercado com cartão de visita." Acácio Queiroz - Chubb Seguros
"Sucesso é conseguir alcançar o equilíbrio, a integridade do seu potencial, por meio de um trabalho que lhe satisfaça, que dê prazer e energize.... quero acabar meu dias numa fazenda, no mato... uma fazenda bacana, produtiva. Será o símbolo do meu sucesso."Sylvia Coutinho - HSBC
"Lidar com gente é fácil. Tudo o que você precisa fazer é desafiar, remunerar e celebrar." Jack Welch."Quando você desafia, a pessoa entrega. Quando entrega é remunerada. Mas se você não celebra, a conquista é efêmera. A celebração vai para o coração. Pode ser um almoço ou um chopinho." Carlos Alberto Júlio - TECNISA
"Duas coisas importantes na vida. Você tem de se encantar com o que faz, e com a pessoa com quem se relaciona. A segunda é ter projetos. A maioria dos projetos não se realiza. Mas é importante nunca deixar de tê-los, porque eles impulsionam. Com encanto e projeto têm-se a metade do caminho andado para o sucesso... Não tenho uma fórmula. Se tivesse, ia vende-la, e caro. Existe trabalho, dedicação e estar presente".Pedro Herz - Dono da Livraria Cultura
Sonja Lyubomirsky:"... você não deveria contar com o sucesso na carreira para que obtenha felicidade. Porque qualquer sucesso que obtenha, você se acostuma com ele e logo quer mais. Mas perseguir metas é importante e está associado com felicidade. Desde que a meta seja sua, e não da empresa ou da família....40% da sua felicidade é você que controla, pelo que você faz. 50% é por causa da genética e 10% são as circunstâncias da vida - remuneração, etc.Dinheiro: permite fazer coisas que deixa as pessoas felizes se ele for bem gasto. De preferência com experiências. Os americanos são famosos por querer ter o melhor carro, a melhor casa e maior televisão. Mas eles se adaptam a essas coisas e depois querem mais. Elas não trazem felicidade de verdade. Ao passo que quando se gasta com uma massagem, tomar um bom vinho, passar o tempo com amigos, isso te faz feliz."
quinta-feira, 19 de março de 2009
É preciso mais investimento na Consciência!
É triste ler uma notícia dessas. Faço um esforço para conter exacerbação de meu psicossoma.
Não foi no Brasil, onde tantas mortes ocorrem a cada hora. Foi na ALemanha. "Primeiro Mundo". Pessoas supostamente mais evoluídas. Pessoas seguramente com melhores oportunidades culturais e educacionais.
Cadê o investimento na Consciência?
Com relação à ecologia, o planeta se deteriora mais e mais a cada dia. Hoje ouvi na CBN que várias indústrias em Pernambuco tem até 50% de seus gastos com energia elétrica... cadê a inteligência inclusive econômica, para investir em outras fontes energéticas... quanto mais pensar em nosso bem estar à longo prazo.
Cientísticas pesquisam soluções para tanta coisa. Mas tão pouco é investido na busca de soluções para o que se passa no âmago dos seres humanos, com suas pequenas e grande dores. Com seus pequenos e grandes desvios de conduta, a deteriorar o meio em que vivemos, das mais variadas formas, e em diferentes níveis. Cresce a violência em todos os cantos.Não posso deixar de expressar minhas reflexões.
Testemunhamos os mesmos padrões e comportamentos através dos tempos e em toda parte. Fica claro que as pessoas são as mesmas em quanlquer lugar do mundo. Em qualquer dimensão. Em qualquer tempo. Varia a intensidade e frequências. Porquê somos consciências em evolução através dos tempos. E a grande maioria se recusa a reconhecer esta realidade, afundando em equívocos, valores e priorizações erradas, desordens de toda natureza.
Quando é que o mundo vai acordar?Quando é que as pessoas vão perceber que é preciso mudar?Será que somente quando não mais restar outra alternativa?Quanto mais de dor, terror, deterioração será necessário para a mudança? Será que isso só ocorrerá quando todos estivermos no fundo do poço?
Lembro o chocante e deprimente "Ensaio de uma cegueira"...A humanidade vai ao "point of no return" por uma condição que se tivesse sido enfrentada de forma diferente, os impactos seriam mínimos. A arte imita a vida. Toda a miséria humana é trazida à situação da estória, que ao final, mostra que ainda há tempo de retomar a "civilização".
Mas do jeito que vamos, será que haverá esta possibilidade na vida real? Não posso manter meu otimismo para termos esta condição daqui a poucos 20 anos. Mas tenho otimismo realista de acreditar que é possível um mundo mais digno, com menos violência, mais coerência, mais ecologia - planetária e consciencial, se as pessoas começarem a perceber a importância de evoluírem consciencialmente.
Eu particularmente, consciencióloga, tenho o privilégio de já perceber a realidade multidimensional da consciência como ser eterno, buscando evoluir através de tantas existências. Não há como escapar desta prioridade evolutiva. Mas mesmo àqueles que só acreditam na "Matéria", precisam perceber que sua tão valiosa matéria encontra-se cada vez mais vulnerável, deteriorável.
Seja pela manutenção da evolução consciencial, seja pela manutenção da vida e do planeta, dos bens, dos serviços, da qualidade mínima de vida, pela limitada ética humana, e pela necessidade de exercício da cidadania, é preciso mudar - valores e atitudes.
Harambee!!