domingo, 3 de maio de 2009

Provas quanto à existência de múltiplas vidas são necessárias?

Assisti a um vídeo sobre a história de um caso “confirmado” de ressoma (reencarnação).
Rebuscou-me a constante discussão que eu costumava me enveredar sobre a comprovação da multisserialidade (existências de múltiplas vidas). Antigamente eu costuma argumentar sobre os fortes indícios quanto a esta realidade. Hoje já consigo me resignar, respeitar de verdade a realidade do outro. Com certeza haveria outros argumentos para explicar o caso do garoto Ian. O mais forte argumento quanto ao problema fisiológico seria simplesmente “coincidência”. Mas como explicar os relatos de detalhes que o garoto conta da sua vida anterior, como seu próprio avô? “Isso é uma farsa”, diriam os mais céticos. “Ele acessou o inconsciente coletivo”, diriam alguns cientistas. É uma questão genética, diriam outros. E outras hipóteses mais difíceis de serem confirmadas que a simples explicação de que ele tenha sido, de fato, o seu próprio avô. Simples assim.
O que mais explicaria tantos relatos de crianças de suas vidas passadas, até em outros países, sequer conhecidos por seus pais, e nenhum vínculo genético?
O que mais explicaria as crianças prodígios, com habilidades artísticas ou mentais?
O que mais explicaria as diferenças gritantes entre dois gêmeos, univitelinos e submetidos às mesmas condições mesológicas?
As afeições e desafeições instantâneas que todos experimentamos?
A certeza de já conhecermos determinado local sem nunca termos ido lá nesta vida?
Os nossos próprios sentimentos inescondíveis de já termos vivido situações que não se passaram nesta vida?
As retrocognições raras, que alguns conseguem experimentar?
O sentimento íntimo de que temos uma “missão de vida”?
As sincronicidades inexplicáveis que testemunhamos?
“Experimente”, nos desafia o “Princípio da Descrença” da Conscienciologia e da Projeciologia. Mas a maioria das pessoas sequer arrisca experimentar.
A verdade é que muitos valores estariam em jogo caso pudessem comprovar a “continuidade da alma”. A existência da Consciência (ego, self, espírito) imortal. Muitos prazeres perderiam o sentido e teriam que ser colocados de lado. Mas é uma pena que não se perceba que somente buscando evolução consciencial é possível se obter a “paz de espírito” (homeostase holossomática), permanente, tão sonhada. Pois as dificuldades sempre existiram. O maior ou menor sofrimento vai depender de como lidaremos com elas. E somente a inteligência evolutiva nos ajuda na eficiência e eficácia do viver. Isso inclui também ampliar os momentos de satisfação íntima perante a vida.
Estudar Conscienciologia e Projeciologia ajuda no autoconhecimento, através da autopesquisa, e no autodesenvolvimento pessoal, na superação de traços fardos e na potencialização de traços fortes. Falar das vivências parapsíquicas e das convicções quanto a outras vidas, apesar de sua importância, torna-se secundário, posto que torna a vida atual, melhor.
Procura-se evitar porém os “estupros evolutivos”. Cada um tem seu ritmo. Cada um tem seu potencial. Cada um tem suas escolhas, suas prioridades. A única coisa comum a tudo e a todos, é nos assistirmos mutuamente, e darmos o melhor que pudermos em nossas vidas atuais.
VAMOS EM FRENTE!

2 comentários:

Unknown disse...

Clara,

Sem dúvidas um tema que levanta muita polêmica, independente da opção espiritual que a pessoa profere.

Hoje tenho bastante cuidado ao expressar opinião espiritual ou religiosa para não parecer fanatismo infundado.

Tem algumas colocações no texto que você tenta mostrar “a opção”. Começando pelo título:

Provas quanto à existência de múltiplas vidas são necessárias?

Depois, demonstrando seu respeito e maturidade, afirma:

"Antigamente eu costuma argumentar sobre os fortes indícios quanto a esta realidade. Hoje já consigo me resignar, respeitar de verdade a realidade do outro"

Mais adiante mostrando a “única opção”

Mas é uma pena que não se perceba que somente buscando evolução consciencial é possível se obter a “paz de espírito” (homeostase holossomática), permanente, tão sonhada.

Entendo que quando estamos convictos que encontramos o caminho, desejamos ardentemente “salvar” os outros e assim ajudar a preencher o vazio existente em cada um de nós.

Sem dúvidas, o processo mais sólido, único e intransferível é o do experimento individual. Pois assim, a pessoa chegará às suas próprias conclusões. Se for pela existência multisserialidade, realmente mexerá com todo um conjunto de valores já cristalizados há séculos.

Muito boa sua reflexão, parabéns.

Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro disse...

Excelente artigo. Penso que posso colaborar de alguma forma sugerindo acesso à www.vidacomqualidade.net e www.harmoniaenergetica.blogspot.com.br.

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