quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Against violência contra a mulher

DIVULGUEM!
Campanha nacional convoca homens a lutar pelo fim da violência contra a mulher Postado no 31 Outubro, 2008 por Redacao TP Lisiane Wandscheer Agência Brasil Brasília - A ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, fala no lançamento da campanha brasileira Homens Unidos pelo Fim da Violência contra as Mulheres Brasília - O governo brasileiro lançou hoje (31) a campanha Homens Unidos pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Com isso, o país é o primeiro a aderir a campanha mundial, criada em fevereiro desse ano, pela Organização Nações Unidas (ONU), para mobilizar a população masculina em torno do problema. No Brasil, uma mulher é espancada a cada 15 segundos. No mundo, uma a cada três mulheres já foi espancada, estuprada, escravizada ou sofre algum tipo de violência. Os dados são da Fundação Perseu Abramo e da Anistia Internacional, respectivamente. A campanha brasileira consiste na utilização do site www.homenspelofimdaviolencia.com.br para reunir assinaturas de homens que queiram participar da iniciativa. A meta é atingir 90 mil adesões.

VOTEM!

Achei a iniciativa do Govermno, bstante válida, apesar de ser necessária uma reflexão mais profunda e uma verdadeira instrospecção de todos - homens e mulheres, com relação ao problema da violência contra as mulheres. Resumi abaixo, alguns trechos do brilhante artigo de Cristina Buarque, nossa Secretária

UMA QUESTÃO DE GÊNERO 1 - VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - Por Cristina Buarque (Secretária da Secretaria Especial da Mulher de Pernambuco)

A violência perpetrada pelos homens contra as mulheres suscita, nas mais diferentes esferas da sociedade, a necessidade legítima de dar explicações sobre o fenômeno. Contudo, essas explicações, via de regra, não englobam a complexidade que a questão encerra. Nos momentos de agravamento dos fatos, surgem explicações que associam a prática da violência ora ao uso de bebidas alcoólicas e de outras drogas ilícitas, ora às separações, abandono e ciúme. Muito embora esses elementos estejam presentes, eles constituem a parte mais aparente e não o cerne desse crime.

Assim, por mais compreensível que seja a necessidade de se dar respostas e por mais bem intencionadas que elas sejam, tais explicações estão no campo das justificativas e não contribuem nem para o esclarecimento da população nem para o enfrentamento correto desse problema social e cultural ...

A saída para a violência de gênero é sua inscrição como experiência destrutiva para a sociedade, é a desnaturalização da violência como condição de masculinidade, é a promoção de uma educação que permita às novas gerações de homens não se identificar com as piadas machistas, é a junção de esforços para construir um novo Pernambuco, no qual a liberdade de uma mulher não ameace os homens e em que seus companheiros não lhes exijam, que elas sejam extensão de suas posses e de sua honra. ...

Não é abandono, ciúme ou álcool que determinam a prática desse tipo de crime, mas o significado que esse abandono e essa infidelidade têm para a estrutura masculina de dominação. Esse tipo de crime acontece porque a sociedade ainda não condenou a socialização patriarcal, na qual os meninos continuam a ser educados, para exercer a violência como forma de construir a masculinidade ....

O que leva o homem à violência e até a matar é enxergar que a mulher, ao se retirar da relação, está se colocando numa condição de igualdade, pondo em questão o lugar dele de poder absoluto, e não, objetivamente, o abandono. > Para enfrentar o ciclo dos crimes do poder patriarcal é preciso dispor de conceitos e meios de prevenção, assistência e punição eficazes, que possibilitem a estruturação de serviços específicos, cujo núcleo são as áreas de educação, defesa e desenvolvimento social, cultura e promo> ção dos direitos da mulher. ...
Fonte: Jornal do Comércio, de 01/10/2007

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