quarta-feira, 28 de março de 2018

Não precisamos esperar a doença para escolher ter saúde!


Escrevi este texto após susto com superação de crise de uma doença de pessoa querida. Mas em tudo que acontece de ruim, há pérolas que podem ser encontradas. Gosto do exemplo da pérola, porque ela se forma a partir do incomodo do grão de areia quando entra na ostra, que secretando para se proteger, forma a pérola. Sim, quando não aprendemos pelo amor, somos forçados a aprender pela dor... ou perder a vida.

O fato é que todo cenário que vivenciamos diante de uma doença grave, evidencia a premência de mudanças. Que pode ser bem resumida no termo “estilo de vida”. Perder peso, alimentação saudável, exercícios físicos, qualidade de sono, procedimentos essenciais como a drenagem linfática e medicamentos é somente uma parte.

A doença de um ente querido é oportunidade para cada um redirecionar a atenção para as próprias necessidades de autocuidado, autorrespeito, rever valores, padrões culturais, rotinas, uso do tempo pessoal, escolhas, prioridades: refletir, quebrar paradigmas, fazer reciclagens prazerosas!

“A vida é feita de escolhas”. Será que valem os ônus das escolhas erradas? Vamos manter os padrões e escolhas erradas, sabendo que caminhamos para a doença? “Não se pode plantar jerimum e colher morangos”. Não se pode ingerir tóxicos e esperar saúde. É natural a resistência à mudança. Não é fácil sair da “zona de conforto”, da acomodação, mesmo quando não está fazendo bem! Paradoxal. Mas abertismo e gosto pelo novo são qualidades que qualquer um pode desenvolver, e só tem a ganhar. E pode ser aos pouquinhos!

Transformemos a crise de sofrimento em crise de crescimento. Estamos nesta vida para evoluir, e o melhor é que seja com saúde e alegria.

Ganhos: qualidade de vida, bem estar, consciência tranquila, maior produtividade, vivência de prazeres evolutivos, maior liberdade, vivência mais plena do amor, saúde não somente física, mas também mental, emocional, energética.

Até mesmo para aqueles que estão mais próximos do familiar doente, é importante empreender novas ações pró-saúde. Possibilidades: preparo e troca de receitas saudáveis, momentos de reflexão, prática de meditação, Yoga, Pilates, massagens, passeios no nosso Zoológico, Jardim botânico e praias; trilhas na natureza. O que for possível para cada um! Caminhadas em grupo, encontros entre familiares e amigos, com locais e cardápios gostosos e saudáveis.

Mentalizo sempre: “que aconteça o melhor para todos”! Mas cada um precisa fazer sua parte. E sei que cada um tem uma realidade – externa e íntima. Mas os anos já me permitiram ver que todas as pessoas têm talentos, competências, traços positivos, suficientes para o alcance de saúde integral.

E tenho confirmado que tudo depende de nossas escolhas, prioridades e empenhos. Autorganização também é crucial.  Fica a dica das 103 Pílulas (www.para mais sugestões, rumo à felicidade – que nunca vem de fora. Vem de dentro!

“A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS”.

Abaixo, segue exemplo de algumas rotinas úteis de uma agenda pró-estilo de vida saudável e evolutivo, para saúde física, emocional e mental:

·        Alimentação saudável – rica em frutas e verduras, como de tudo - sempre pequenas porções. Evitar frituras e industrializados. Se possível, consulte um(a) nutricionista.

·        Exercícios 3x/semana – Caminhadas, Bicicleta, Step e musculação básica, se maior que 40 anos.

·        Cuidado com o sono – nem pouco, nem excesso de horas, uso de blackout e acústica quarto.

·        Diariamente, 50 minutos Tenepes (Tarefa Energética Pessoal) – melhor que meditação.

·        3x/semana – minutos de reflexão.

·        Diariamente, minutos de exercícios bioenergéticos (EV) – 1 a 2 minutos/vez.

·        Semanalmente, momentos de dedicação à leitura e escrita.

·        Voluntariado.

·        Momentos de lazer e convivialidade – família, amigos, scuba e Netflix J

quinta-feira, 22 de março de 2018

Antimaternidade lúcida


Este final de semana assisti a um filme decepcionante. Para não fazer spoiler, não vou dizer o título. Além de lento,  causou-me quase uma indignação por um drama tão grande, destruidor da psique das pessoas, pelo motivo da protagonista não poder ter filhos.
Não quero menosprezar a dor que uma mulher possa ter por descobrir-se incapaz de ter filhos. Mas não poder produzir uma nova vida biologicamente, não é razão para destruir a sua vida e a de outras pessoas. E não vou focar as justificativas que os especialistas possam usar para justificar. Sei que é um tema polêmico, mas pensemos na “antimaternidade lúcida” (Lima, 2009), título de livro conscienciológico.
Pensemos nos milhões de órfãos que precisam de pais. E é uma pena que “pese mais” ter um filho “do seu próprio sangue”, pois é conhecida a quantidade de pais e filhos ligados pelo sangue que vivem em conflitos complicadíssimos. Pensemos nas várias ligações afetivas que não precisam dos “laços de sangue”. E se considerarmos que somos consciências em evolução através de várias vidas, estes se tornam sem significado, e os laços conscienciais é que são os mais válidos, não os biológicos.
Para quê fortalecer a dor de homens, e principalmente mulheres, que por motivos fisiológicos não podem ter filhos, quando há tantas compensações válidas?
“Ah, você fala isso porque tem filhos”. Não. Falo isso porque sou um ser pensante, fã do valor do uso do discernimento e em pleno exercício de autodiscernimento. Também falo pelas décadas de “estrada” que tenho. Pelas já milhares de pessoas que já cruzaram minha vida, pelo estudo e observação assídua e crítica da consciência e da nossa sociedade e suas pressões. E suas tradições bolorentas. Como a da cultura torpe que afirma que um ser humano só pode se completar se tiver um filho. Há estilos e opções de vida que só podem ocorrer sem a opção por filhos.

Amo meus filhos. Sou grata por eles existirem. Tenho o privilégio de serem antigos afetos, reencontro de destino pré-planejado. Hoje estão praticamente preparados pra vida. Então posso seguir com outros enfoques assistenciais, outras interrelações, outros propósitos. Outros trabalhos para contribuir com uma sociedade mais sadia. Como este manuscrito simples. Não técnico, mas que certamente servirá para alguma reflexão do leitor ou leitora atentos.
A vida não pode se restringir à meta da maternidade ou paternidade. Seja biológica ou por adoção. Há muito mais a viver e a fazer viver. E a “Ser Pessoa”, como dizia Carl Rogers. A evolução das consciências é a razão de viver.

Para finalizar, e ajudar a quem possa estar a lamentar não ter filhos (e há quem esteja infeliz por os ter), não esqueçamos a máxima do Princípio 10/90: 10% de tudo que nos acontece, realmente não podemos mudar ou evitar. Mas 90%  podemos evitar, fazer acontecer, mudar. E quando não, quando algo for verdadeiramente negativo, podemos mudar a forma como olhamos para a questão. Como encaramos uma dificuldade, faz toda a diferença no nosso emocional.
Livro: Maternidade e antimaternidade lúcida: a escolha é sua. Jackeline B. de Lima. Hama, 2009.