Esta semana li uma mensagem que me fez refletir sobre a importância do trabalho. Comecei a trabalhar com 14 anos. Desde cedo, portanto, o trabalho configurou-se como uma das minhas prioridades, que por vezes, questionei se estava desequilibrando outras áreas da minha vida. Hoje reconheço e aceito esta prioridade com tranquilidade. Por esta razão, o pensamento lido encaixou-se na minha postura com relação ao trabalho, resumindo meu norte de vida profissional. O pensamento foi citado como de origem Zen, por Domenico de Masi, Sociólogo Italiano, no livro “O Ócio Criativo” e diz:
“Aquele que é mestre na arte de viver faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu tempo livre, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a religião. Distingue uma coisa da outra com dificuldade. Almeja, simplesmente, a excelência em qualquer coisa que faça, deixando aos demais a tarefa de decidir se está trabalhando ou se divertindo. Ele acredita que está sempre fazendo as duas coisas ao mesmo tempo.”
Este pensamento é condizente com o trinômio motivação-trabalho-lazer conscienciológico. Ressalta a importância da satisfação profissional, entendendo o trinômio como ferramenta de evolução da consciência dentro do paradigma consciencial. Vale lembrar que muitos de nós que trabalhamos, dedicamos grande proporção de nossa jornada cotidiana ao trabalho que escolhemos.
Apesar da tão almejada satisfação profissional, inúmeras pessoas não encontram satisfação em seu trabalho, e outras sequer conseguem um trabalho. Lembrando que é necessário termos a lucidez de que a satisfação profissional não envolve apenas um bom salário, mas também prazer pelas tarefas que desenvolvemos.
Várias razões podem ser apontadas como causas desta incompletude. Mas à luz do paradigma consciencial, que considera a consciência em busca de sua evolução pessoal através de várias vidas, e do ponto de vista da multidimensionalidade, podemos elencar algumas causas cruciais. As prioridades, as escolhas, e, principalmente, a falta de autoconhecimento de si – seus traços fortes, talentos; seus traços fardos – imaturidades e dificuldades pessoais; seus traços faltantes – traços fortes que precisam ser desenvolvidos. Assim, a pessoa faz escolhas profissionais não condizentes com suas qualificações e, muitas vezes, díspares com suas próprias necessidades pessoais, por não se conhecer sufucientemente para saber no que seria bem sucedida. Soma-se a estas questões, a importância da consciência procurar ajustar sua vida profissional à sua programação existencial – isto é, a programação à qual se propôs, antes de ressomar (iniciar esta nova vida).
O reconhecimento de que somos consciências em evolução através do tempo motiva o desenvolvimento de lucidez voltada para o uso de nossa inteligência evolutiva, facilitando a recuperação de cons (unidades de lucidez), incentivando-nos a investir na nossa autopesquisa e permitindo-nos identificar nossas reais necessidades e prioridades. Com isso, ajustamos a nossa bússola consciencial. O resultado é a potencialização das chances do completismo existencial, isto é,o cumprimento daquilo que programamos para esta vida – incluindo a qualificação da nossa assistência às demais pessoas, o que muitas vezes também se dá no nosso cotidiano profissional.
A vivência do trinômio motivação-trabalho-lazer traz satisfação íntima, convivialidade sadia com os colegas, o sentimento de sentir-se útil e em contínuo crescimento profissional e pessoal. Cada dia vivenciado torna-se gratificante, prazeroso, motivador, sendo, portanto, decisivo no processo de evolução da consciência.
Para reflexões adicionais, vale a pena ler artigo fonte, de João Luís de Almeida Machado, Editor do Portal Planeta Educação (http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=1577).
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