Tenho refletido sobre ocorrências
com pessoas queridas defensoras de suas linhas espirituais, religiosas e
sectárias. Sei que temos que respeitar as escolhas de fé de cada um, mas minha
cientificidade e ceticismo tem dificuldades em aceitar “fé”. O acreditar. O
acreditar sem evidências de que aquilo que se acredita seja verdadeiro. Pior ainda
é quando acreditam em algo que os fatos contradizem a crença. E aí surgem os
dogmas, os sectarismos, as fantasias, as miraculosidades, e suas consequentes orientações
e regras, lamentavelmente limitadoras do discernimento, da lógica, da
racionalidade, do pensamento crítico.
Logo na primeira fase da
adolescência comecei minhas buscas por respostas às questões filosóficas e
espirituais clássicas – quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? O que vim
fazer nesta vida? A alma existe? Iniciei longa fase como buscadora borboleta –
imersão em religiões, filosofias, “era new age”, misticismos etc. Sentia que há
uma consciência permanente, e que vivi outras existências, explicação para
tantas aparentes contradições na vida atual do planeta.
Até que encontrei a
Conscienciologia (Ciência que estuda a consciência – ser, pessoa, alma, de
maneira integral) e finalmente me encontrei, já aos 36 anos de idade. Entre as
principais bases deste novo paradigma estão a autopesquisa, a percepção de
outras dimensões extrafísicas, a multissserialidade (as várias existências) e o
holossoma – veículos de manifestação da consciência, que são corpo físico, o
energético, o emocional e o mental. Os focos na cientificidade, criticidade,
discernimento, autodidatismo e autopesquisa foram arrebatadores para mim,
juntamente com o entendimento da importância do desenvolvimento da intelectualidade,
do parapsiquismo e da interassistência – ajudar os outros em seus processos
evolutivos. Fiz desta ciência meu trilho evolutivo, minha prioridade, e tenho
me dedicado a expandir a divulgação da mesma, para que fique ao alcance de
todos que possam se identificar com esta, onde cada um é o único responsável
pela própria evolução. Sem terceirizar para qualquer “ser supremo” ou algo
metafísico inexplicado.
Os pontos abaixo para mim resumem
os motivos de investimentos na Conscienciologia e o descarte de religiões, ordens,
seitas e outras abordagens místicas, muitas vezes disfarçadas por chavões
espirituais como paz, luz, sagrado, contemplação, sabedoria, divino,
inspiração, antigas escrituras etc, e que muitas vezes já vivenciamos demais em
outras existências. Frequentemente somos atraídos por estas coisas já
experimentadas, que nos cativam por serem familiares (em inúmeras vidas fomos
religiosos!), sem perceber a obsolescência em que se encontram, depois de
tantos séculos, às vezes milênios em que a humanidade já avançou e tem novas
propostas mais evoluídas e racionais, baseadas nos fatos e parafatos mais
recentes e na nossa evolução pessoal.
Contudo, percebo que cada um
precisa encontrar a sua forma/maneira/ferramentas/técnicas para os
investimentos na autoevolução e sigo respeitando a escolha de cada um, mesmo
que seja uma religião cheia de incoerências. Cabe a cada um o exercício de
criticidade e discernimento nas escolhas e filtros que utilizem nas propostas
disponíveis mundo afora.
Porque Conscienciologia:
1) Cientificidade. Necessito de cientificidade na minha busca
espiritual. Nada de dogmas, gurulatrias, achismos, especulações, elucubrações,
teorizações, simbolismos.
2) Descrenciologia. Sou fã do princípio da descrença: Não acreditar,
ter as experiências pessoais. Vivenciar os fatos e parafatos.
3) Abertismo. O que é do bem,
deve ser aberto, ao alcance de todos os interessados. Pode ser questionado,
refutado, debatido. Todos podem expor sua opinião baseada em fatos.
4) Antigurulatria. Não ter guru, guia, orientador. Nem o Waldo foi considerado
guru na Conscienciologia, sendo recorrentemente contestado em debates. Mestres,
guias espirituais, anjos. Criam de tudo, e acredite quem quiser. Para mim, somos
todos consciências, em diferentes níveis evolutivos, uns no intrafísico, outros
no extrafísico. Todos são consciências em contínuos ciclos existenciais,
buscando evoluir. Encostos, demônios, nada mais são que consciências que estão
no extrafisico, às vezes muito primitivas.
5) Lucidez. Não me identifico mais com rituais e coisas místicas,
simbologias, velas, incensos, cores, cristais, pirâmides, florais, mantras. A
multidimensionalidade é real, objetiva, certa. Não precisa de muletas, fantasias
ou abordagens místicas, na maioria das vezes somente teorizadas. Infelizmente,
poucos têm parapsiquismo bem desenvolvido. Clarividência, por exemplo. Então a
maioria fica só com a teoria. E muitos pensam até estar vendo algo, mas é pura
imaginação, que o cérebro não consegue diferenciar da realidade. Daí a importância
de desenvolvermos o parapsiquismo, e verificarmos o que se passa “no outro
lado”.
6) Propósito. O foco principal da espiritualidade, em minha opinião está
em dois pontos: 1) evolução pessoal (desenvolver traços força, fraternismo,
universalismo, cosmoética, pacifismo. Aprimorar a intelectualidade,
comunicabilidade, parapsiquismo. Superar características negativas: carências,
pusilanimidade, desorganização etc) e 2) interassistência - ações que ajudem
outras pessoas a evoluírem também, assistência intrafísica e extrafísica.
Atentemos à obsolescência das
coisas do passado. Não precisamos regredir, reincidir em abordagens
ultrapassadas. Há outras alternativas para usarmos nos momentos de crises e
dúvidas. Críticas a parte, reforço que considero válido tudo que nos ajudar
àqueles dois propósitos: autoevolução e interassistência. Cada um opta pelo
melhor que pode. O indicador da boa escolha, são os resultados positivos na
vida.
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