terça-feira, 1 de setembro de 2015

Conscienciologia: escolha científica de “caminho espiritualista”

Tenho refletido sobre ocorrências com pessoas queridas defensoras de suas linhas espirituais, religiosas e sectárias. Sei que temos que respeitar as escolhas de fé de cada um, mas minha cientificidade e ceticismo tem dificuldades em aceitar “fé”. O acreditar. O acreditar sem evidências de que aquilo que se acredita seja verdadeiro. Pior ainda é quando acreditam em algo que os fatos contradizem a crença. E aí surgem os dogmas, os sectarismos, as fantasias, as miraculosidades, e suas consequentes orientações e regras, lamentavelmente limitadoras do discernimento, da lógica, da racionalidade, do pensamento crítico.

Logo na primeira fase da adolescência comecei minhas buscas por respostas às questões filosóficas e espirituais clássicas – quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? O que vim fazer nesta vida? A alma existe? Iniciei longa fase como buscadora borboleta – imersão em religiões, filosofias, “era new age”, misticismos etc. Sentia que há uma consciência permanente, e que vivi outras existências, explicação para tantas aparentes contradições na vida atual do planeta.

Até que encontrei a Conscienciologia (Ciência que estuda a consciência – ser, pessoa, alma, de maneira integral) e finalmente me encontrei, já aos 36 anos de idade. Entre as principais bases deste novo paradigma estão a autopesquisa, a percepção de outras dimensões extrafísicas, a multissserialidade (as várias existências) e o holossoma – veículos de manifestação da consciência, que são corpo físico, o energético, o emocional e o mental. Os focos na cientificidade, criticidade, discernimento, autodidatismo e autopesquisa foram arrebatadores para mim, juntamente com o entendimento da importância do desenvolvimento da intelectualidade, do parapsiquismo e da interassistência – ajudar os outros em seus processos evolutivos. Fiz desta ciência meu trilho evolutivo, minha prioridade, e tenho me dedicado a expandir a divulgação da mesma, para que fique ao alcance de todos que possam se identificar com esta, onde cada um é o único responsável pela própria evolução. Sem terceirizar para qualquer “ser supremo” ou algo metafísico inexplicado.

Os pontos abaixo para mim resumem os motivos de investimentos na Conscienciologia e o descarte de religiões, ordens, seitas e outras abordagens místicas, muitas vezes disfarçadas por chavões espirituais como paz, luz, sagrado, contemplação, sabedoria, divino, inspiração, antigas escrituras etc, e que muitas vezes já vivenciamos demais em outras existências. Frequentemente somos atraídos por estas coisas já experimentadas, que nos cativam por serem familiares (em inúmeras vidas fomos religiosos!), sem perceber a obsolescência em que se encontram, depois de tantos séculos, às vezes milênios em que a humanidade já avançou e tem novas propostas mais evoluídas e racionais, baseadas nos fatos e parafatos mais recentes e na nossa evolução pessoal.

Contudo, percebo que cada um precisa encontrar a sua forma/maneira/ferramentas/técnicas para os investimentos na autoevolução e sigo respeitando a escolha de cada um, mesmo que seja uma religião cheia de incoerências. Cabe a cada um o exercício de criticidade e discernimento nas escolhas e filtros que utilizem nas propostas disponíveis mundo afora.

Porque Conscienciologia:

1) Cientificidade. Necessito de cientificidade na minha busca espiritual. Nada de dogmas, gurulatrias, achismos, especulações, elucubrações, teorizações, simbolismos.
2) Descrenciologia. Sou fã do princípio da descrença: Não acreditar, ter as experiências pessoais. Vivenciar os fatos e parafatos.
3) Abertismo.  O que é do bem, deve ser aberto, ao alcance de todos os interessados. Pode ser questionado, refutado, debatido. Todos podem expor sua opinião baseada em fatos.
4) Antigurulatria. Não ter guru, guia, orientador. Nem o Waldo foi considerado guru na Conscienciologia, sendo recorrentemente contestado em debates. Mestres, guias espirituais, anjos. Criam de tudo, e acredite quem quiser. Para mim, somos todos consciências, em diferentes níveis evolutivos, uns no intrafísico, outros no extrafísico. Todos são consciências em contínuos ciclos existenciais, buscando evoluir. Encostos, demônios, nada mais são que consciências que estão no extrafisico, às vezes muito primitivas.
5) Lucidez. Não me identifico mais com rituais e coisas místicas, simbologias, velas, incensos, cores, cristais, pirâmides, florais, mantras. A multidimensionalidade é real, objetiva, certa. Não precisa de muletas, fantasias ou abordagens místicas, na maioria das vezes somente teorizadas. Infelizmente, poucos têm parapsiquismo bem desenvolvido. Clarividência, por exemplo. Então a maioria fica só com a teoria. E muitos pensam até estar vendo algo, mas é pura imaginação, que o cérebro não consegue diferenciar da realidade. Daí a importância de desenvolvermos o parapsiquismo, e verificarmos o que se passa “no outro lado”.
6) Propósito. O foco principal da espiritualidade, em minha opinião está em dois pontos: 1) evolução pessoal (desenvolver traços força, fraternismo, universalismo, cosmoética, pacifismo. Aprimorar a intelectualidade, comunicabilidade, parapsiquismo. Superar características negativas: carências, pusilanimidade, desorganização etc) e 2) interassistência - ações que ajudem outras pessoas a evoluírem também, assistência intrafísica e extrafísica.

Atentemos à obsolescência das coisas do passado. Não precisamos regredir, reincidir em abordagens ultrapassadas. Há outras alternativas para usarmos nos momentos de crises e dúvidas. Críticas a parte, reforço que considero válido tudo que nos ajudar àqueles dois propósitos: autoevolução e interassistência. Cada um opta pelo melhor que pode. O indicador da boa escolha, são os resultados positivos na vida.

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