Quando vi anunciarem o grande evento sobre FIB em São Paulo, quis muito participar. Infelizmente, não dá pra viajar tanto quanto eu gostaria. Li resenha no Ethos, e resolvi transcrever resumo. O FIB nos dá o gostinho de vislumbrarmos uma humanidade mais evoluída no futuro. Seguem trechos da reportagem.
Apesar de ser usado mundialmente para medir o desempenho econômico dos países, o Produto Interno Bruto (PIB) é um índice capenga. Destruir a Amazônia e transformá-la em móveis, pasto e plantação de soja, por exemplo, parece um bom negócio. Isso faz aumentar o PIB, pois ele só leva em conta a riqueza gerada pelos produtos, ignorando a perda dos recursos naturais e os desastres sociais que essas atividades provocam.
Há várias tentativas em todo o mundo de criar índices que possam medir o quanto uma sociedade está evoluindo, de maneira sustentável, na direção de proporcionar uma vida digna e confortável a todos os seus integrantes. Um deles é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), usado pela Organização das Nações Unidas, que leva em conta o PIB per capita, a longevidade das pessoas e sua. Mas foi no minúsculo Butão, país encravado na Ásia aos pés da Cordilheira do Himalaia, que surgiu, há mais de trinta anos, o conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB), que engloba não só o crescimento econômico, mas também as dimensões sociais, ambientais, espirituais e culturais do desenvolvimento.
Na I Conferência Nacional sobre FIB, realizada no final de outubro, em São Paulo, Karma Dasho Ura, coordenador das pesquisas sobre a FIB no Butão, explicou como é composto esse índice: "Analisamos as 73 variáveis que mais contribuem para a meta de atingir o bem-estar e a satisfação com a vida".
Essas variáveis estão abrigadas em nove itens gerais:
1. Bom padrão de vida econômico
2. Gestão equilibrada do tempo
3. Bons critérios de governança
4. Educação de qualidade
5. Boa saúde
6. Vitalidade comunitária
7. Proteção ambiental
8. Acesso à cultura
9. Bem-estar psicológico
Para Dasho Ura, "a felicidade das pessoas deve ser o objetivo das políticas públicas do governo". Também presente no congresso, Susan Andrews, que apresentou exemplos de como a busca pelo crescimento puro e simples pode ser uma boa escolha para os números da economia, mas um péssimo caminho na vida dos cidadãos. "Nos Estados Unidos, desde 1950, o PIB aumentou três vezes", contou. "Nesse período, o índice de crimes violentos quadruplicou e aumentou o número de pessoas deprimidas e de suicídio entre adolescentes", comparou.
Outro palestrante no evento foi Michael Pennock, diretor do Observatório para Saúde Pública em Vancouver, no Canadá, que expôs uma situação semelhante em seu país. "Estamos ficando mais prósperos, mas perdendo a sensação de vida em comunidade. Não somos mais felizes e estamos destruindo o planeta", disse ele.
Fonte: http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3345&Lang=pt-B&Alias=ethos&itemNotID=8993
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