terça-feira, 30 de setembro de 2014

Reflexões pessoais para votar com consciência


Ainda não decidi em quem votar. Frustrantemente, este ano, entre as opções não há ninguém para quem eu possa levantar bandeira.

Com base em reflexões pessoais e na pesquisa de perfil de candidatos no Estado (http://www.sindifiscope.org.br/noticias-detalhe.php?idNoticia=6246), pensei em alguns critérios para eliminação de possibilidade de votos equivocados:

1)      Ficha limpa
2)     Que tenha uma profissão digna, que não preencham o campo de formulários “Profissão” com “Vereador”, “deputado”, “senador”
3)      Que não seja empresário – é conflito de interesses
4)      Que não misture política com religião
5)      Que não tenha preconceitos
6)      Que não seja viciado em drogas lícitas ou ilícitas

Informações para considerações complementares:

1)      O Brasil, depois do Haiti e Panamá, é o país da América Latina com o menor número percentual de mulheres na política
2)      O número de políticos negros é diminuto

Antes de mais nada, apelo para o exercício do "binômio admiração-discordância = O paradoxo da divergência sem desunião". Saber atacar e debater as ideias, não as pessoas. 

Diante do quadro atual, na minha maneira pragmática de pensar, sei que em Dilma não vou votar. Mera representante do status quo atual. Não me atrevo a torna-la o bode expiatório, apesar de nunca ter lhe dado meu voto (principalmente por não partilhar da máxima de que “os meios justificam os fins” quanto ao que falam de seu histórico). Amigos que estimo e admiro me surpreendem fazendo até militância pelo atual governo. Alguns pelo partido, pela ideologia, sei lá mais porquê. Claro que coisas boas foram feitas, afinal, ao menos um pouco do muito dinheiro do povo brasileiro tem que chegar a ele! Mas a análise global é desesperadora. Não estou dizendo que foi melhor ou pior que governos anteriores. Mas como votar em algo que não está bom?

Para um partido que já está há 12 anos  no poder! Qual o saldo? Como está o Brasil? O BRASIL! Sim, porque EU estou bem. Pertenço a uma microminoria de concursados, com bom salário e trabalho digno e construtor da nossa sociedade, entre outros que também estão “bem”. Mas e o resto do país???? “Melhorou”, dizem os defensores do atual governo.

Mas não vejo esta melhora. Principalmente para 12 anos de governo! Basta olhar nos noticiários, na situação precária do povo. Há anos ando por escolas e hospitais públicos, convivo com pessoas das classes menos favorecidas. Não. Não vejo melhora à altura de 12 anos de governo.

Continuamos com o sistema de saúde desumano, o sistema de Educação péssimo, a criminalidade avassaladora, os piores casos de corrupção, a impunidade, a droga, a violência, a omissão da massa crítica pensante,  a qualidade de vida nas grandes cidades cada vez pior, o próprio nível cultural da população, baixo, piorado por um país onde se vende mais TV de má qualidade que livros, e livros são mais caros que no Canadá, França ou Alemanha.

Como votar em quem passou 12 anos aí pra termos o que temos hoje, na dita 7ª economia do mundo?!

Por essas e outras, prefiro votar no incerto – fico com o “benefício da dúvida” - do que naquilo que vem certamente comprovando ser ruim.  E adoto a maravilhosa e atual frase de Eça de Queiroz: “Políticos e fraldas precisam ser trocados regularmente, pelo mesmo motivo.”


domingo, 14 de setembro de 2014

Retomando o Blog II

Passei quase um ano sem compartilhar ideias no Blog. Hoje postei alguns que tinha despriorizado postar no Blog. Há várias postagens na minha linha do tempo do Facebook, para quem quiser dar uma espiada naquilo que priorizei compartilhar. Hoje a Internet é ferramental de muita aprendizagem, interação e autevolução, desde que saibamos selecionar bons conteúdos. Minha triagem é modesta contribuição.
Agradeço a todos aqueles que enviaram comentários. Quero continuar a compartilhar reflexões. É exercício de criticidade e de evolução de autodiscernimento.

Resolvendo Conflitos


Na vida em sociedade é quase inevitável que todos nós vivenciemos conflitos. Sejam eles na família, no trabalho, na rua e até entre amigos. Também existem os autoconflitos, ou os conflitos íntimos, causados por nossas próprias limitações íntimas, receios, dúvidas, traços pessoais negativos. E frequentemente estes conflitos minam a nossa paz cotidiana. Como superar estes conflitos e manter o equilíbrio e a acalmia?
Primeiramente, é importante identificar as causas originais dos conflitos. Tanto as causas externas, quanto internas. Pessoas são diferentes umas das outras. Têm valores e crenças diferentes. É primordial o autoconhecimento, entendermos a nós mesmos, nosso modus operandi. Como funcionamos? Somos mais vítimas ou protagonistas? Estudar estratégias de resolução de conflitos também é importante, uma vez que ajuda a entender as variáveis envolvidas nos diferentes tipos de conflitos.
Comunicação Não-Violenta* (CNV), excelente livro sobre superação de conflitos, explica o quanto é essencial percebermos que pouco importa o que o outro fala ou faz conosco, mas sim, como percebemos e recebemos o que o outro fez ou falou. O autor, psicólogo com larga experiência em mediação de conflitos, propõe uma metodologia de comunicação para a resolução e prevenção de conflitos baseada em quatro etapas ao lidar com o outro, quanto ao que nos afeta: (1) a observação dos fatos desencadeadores de incômodos, (2) os sentimentos que surgem, (3) as necessidades não atendidas que identificamos diante destes fatos e sentimentos, e (4) fazermos um pedido ao outro. A partir do momento em que as pessoas começam a conversar sobre o que precisam, em vez de falarem do que está errado com as outras pessoas, a possibilidade de encontrar maneiras de atender às necessidades de todos aumenta enormemente. Cada uma destas etapas é amplamente discutida, trazendo reflexões que ajudam na resolução dos conflitos com os outros e também conosco.  Como dica de reação, caso o outro venha a nos atacar de alguma maneira, a CNV recomenda não focar em quais palavras os outros possam usar para se expressarem, mas simplesmente prestarmos atenção em suas observações, sentimentos, necessidades e pedidos implícitos em sua atuação.
Outra metodologia interessante é trazida pelo Instituto Arbinger no livro Resolvendo Conflitos*. Os autores explicam a gênese dos conflitos e propõem uma metodologia de resolução de conflitos - a Pirâmide da Pacificação - baseada em flexibilização e autoconhecimento. Ressaltam a importância de investirmos mais em fazer as coisas darem certo, do que corrigir o que está errado. Outra dica é enxergar as pessoas como pessoas, com suas limitações e problemas pessoais, e não como objetos. Também buscar manter a calma, o “coração em paz”. Apresentam quatro modelos de funcionamento conflituoso que podemos manifestar, os quais devemos buscar compreender e superar. Logo no início do livro, ressaltam que “o mais importante na solução de conflitos, é uma mudança em nossa maneira de ser”.
Estas informações trazidas por profissionais da resolução de conflitos nos levam a refletir sobre a importância do autoconhecimento. E, consequentemente, sobre a importância da autopesquisa, proposta pela Conscienciologia, para a evolução consciencial. A autopesquisa ajuda a compreender a nossa parcela de contribuição para os conflitos que nos ocorrem. E mais que isso, nos ajuda a desenvolver traços e estratégias que evitam o envolvimento em conflitos interpessoais e intrapessoais.
Além da autopesquisa, outra contribuição da Conscienciologia para o nosso entendimento dos conflitos decorre da explicitação dada por esta neociência sobre a realidade consciencial: somos consciências (self, almas) em evolução, através de várias vidas. E sabermos que ao longo destas existências reencontramos antigos inimigos, decorrentes da condição de interprisões grupocármicas, situação em que ficamos conectados a outras consciências, enquanto resolvemos determinadas pendências. Estes reencontros são oportunidades evolutivas para as reconciliações e superações de antigos traumas e conflitos que comprometem a evolução consciencial. Mais uma vez, evidencia-se a importância de verificarmos em nós mesmos o que é necessário mudar, o exercício do perdão e da intercompreensão. Vale acessar o verbete da Enciclopédia da Conscienciologia “Gestão de Conflitos” e escutar a Tertúlia. Acesse: http://www.youtube.com/watch?v=q-V_CuwTlmM.
Você, leitor ou leitora, considera-se uma consciência conflituosa ou anticonflituosa? O que tem feito para superar os auto e heteroconflitos, atingir a pacificação íntima e otimizar a sua evolução?

Marshall, Rosenberg. Comunicação não violenta – técnicas para aprimorar relações pessoais. Agora, São Paulo, 2006.

Arbinger Institute Brasil. Resolvendo Conflitos - a Opção Pela Paz em Organizações e Família. Sextante, São Paulo, 2009.

Empreendedorismo social evolutivo – Quem se importa?

Esta semana assisti um documentário imperdível: Quem se importa. O filme brasileiro traz ícones nacionais e internacionais do que é hoje denominado empreendedorismo social – um trabalho que traz rendimentos para quem se dedica a contribuir para uma mudança social positiva no mundo. Assim agem Karen Tse, que trabalha pelo fim da tortura e das injustiças no mundo, Rodrigo Baggio, com o Comitê de Democratização de Informática, trabalhando pela inclusão digital de populações carentes no Brasil, e o Nobel da Paz, Muhammad Yunus, o “banqueiro dos pobres” na Índia, entre outros. Exemplos de trabalhos assistenciais de grande relevância para a evolução planetária.
O filme foi comentado na Palestra Gratuita da Intercampi Recife “Voluntário da Conscienciologia: uma oportunidade evolutiva”, onde ficou evidente o valor das ações sociais e enriquecendo o tema do empreendedorismo social, com a perspectiva do Paradigma Consciencial, do voluntariado nas Instituições Conscienciocêntricas (IC) – instituições sem fins lucrativos que se dedicam à Conscienciologia e suas diversas especialidades, e das ações assistenciais que cada consciência (pessoa, ego, self, alma) pode praticar em sua vida.
A Conscienciologia considera que a realidade é multidimensional, isto é, que existem outras dimensões além desta dimensão física, e que a consciência tem várias existências, ampliando, portanto, o entendimento das ações assistenciais. É neste contexto que as consciências, através de várias vidas, evoluem ao se ajudarem mutuamente, tendo em vista o princípio de que a evolução de cada consciência se dá também a partir da assistência que faz às demais consciências em qualquer dimensão. Nesta perspectiva, algumas consciências antes de nascerem (ressomarem) elaboram um plano existencial, também denominado de Programação Existencial (Proéxis). Ao renascerem ou ressomarem, têm a intuição de que têm alguma missão a cumprir nesta vida.
É produtivo que cada consciência busque identificar sua programação existencial, para que possa ter uma existência completista, o completismo existencial (compléxis), cumprindo sua missão de vida. Existem técnicas para identificação das diretrizes da programação existencial (Vieira, 2003), mas todas as programações têm como metas básicas as melhorias íntimas e o processo de interassistência. Fala-se interassistência porque em cada iniciativa de assistir, automaticamente, a pessoa também é assistida de diferentes formas.
Para os investirmos na interassistencialidade, precisamos estar atentos às oportunidades que temos de contribuir para um mundo melhor, para a evolução de todos, e identificar que talentos temos para isso. Identificar também o que nos motiva a colaborar, o que nos incomoda mais, que nos motivaria a desenvolver ações interassistenciais. Para a autoevolução, a pessoa também investe em sua autopesquisa, identificando traços positivos que possui (traços-força) e que lhe faltam (traços faltantes), e traços a melhorar (traços- fardos). Há inúmeras técnicas conscienciológicas que dinamizam o processo de autopesquisa e de autossuperação. Por exemplo, os artigos disponíveis da Revista Conscientia. Acesse: http://www.ceaec.org.br/conscientia.
Embora o empreendedorismo social seja grande contribuição para o mundo em que  vivemos, ainda mais significativo e qualificado fica nosso empreendedorismo assistencial se considerarmos nossa realidade evolutiva multidimensional e multiexistencial, resgatando nossas omissões e erros passados, desta e de outras vidas, e considerando nosso papel universalista. A Conscienciologia propõe como assistência a “tarefa do esclarecimento”, esclarecer as pessoas ao invés de dar consolo, a qual é superior a algumas ações sociais, uma vez que foca a real evolução planetária, evitando paliativos assistencialistas momentâneos.
Outro importante investimento na interassistência é  a técnica da Tarefa Energética Pessoal (Tenepes), um trabalho diário, realizado individualmente, por 50 minutos, da consciência que se dispõe a doar energias curativas em parceria com um amparador extrafísico. No mais, o nosso cotidiano oferece uma infinidade de oportunidades assistenciais, seja com um bom dia, um sorriso, uma palavra amiga, um momento de atenção ao ouvir o outro. Quais nossas oportunidades assistenciais com a nossa família, nossos grupos de amigos e colegas no trabalho e na sociedade?

Você, leitor ou leitora, que contribuição pode dar para um mundo melhor? Em que área, em que dimensão? Com qual qualidade e quantidade?

Idosa x Velha - Breve análise crítica de uso de palavras

Escapa uma questão crucial à autora – idosa hoje já é considerada a pessoa de 60 anos. Hoje vivemos mais de 90 anos! E a condição dos 60 é bem diversa da maioria dos que chegam após os 80. Então é estranho chamar todos os acima dos 60 de "velhos", palavra estigmatizada por uma condição implícita de que não serve mais pra nada, entre outras associações negativas. A questão jurídica também tem que ser considerada... acaba que o texto ficou raso, apesar das boas colocações, principalmente no que tange às vantagens psíquicas do maior amadurecimento em maiores idades. Acho os termos terceira idade e quarta idade mais apropriados.

Mas finalmente, se considerarmos que a idade válida é a da alma, pouca importa ser velha ou ser idosa! Importa que cheguemos ao final de nossa vida o mais longa possível, com muitas evoluções pessoais e contribuições aos demais.

MANUAL DE PRIORIDADES EVOLUTIVAS

            Frequentemente nos perguntamos qual o propósito da vida, o que viemos fazer neste mundo. Buscamos a felicidade, a autorrealização, a serenidade e acabamos engolidos pelo rolo compressor do dia a dia, cada um nas suas diversas tarefas, mais ou menos significativas. Há os que condicionam a felicidade a metas materiais – um carro, uma casa, bens de consumo. Há os que condicionam a felicidade a condições afetivas e sociais – casar, ter filhos, etc. Mas o fato é que pouca gente alcança a autorrealização, satisfação íntima na vida. Por quê?
            Uma das razões deve-se ao fato de não conseguir identificar o que realmente poderia trazer esta satisfação pessoal. Outra razão é não se sentir útil a outras pessoas, vivendo uma vida egocêntrica. Há ainda os que não se sentem evoluindo e permanecem estagnados no mesmo nível evolutivo por muitos anos, isto é, não ampliam sua intelectualidade, não melhoram traços negativos, não desenvolvem novas habilidades e talentos, não renovam seus valores. Há, enfim, vários motivos que nos impedem de alcançar a autorrealização.
            Uma questão elementar é a dificuldade em identificar as prioridades, auto-organizar-se para o atingimento das metas e viver de maneira condizente com os valores e princípios pessoais. Neste ponto, insere-se a importância da elaboração de um manual de prioridades pessoais. Cada um pode elaborar seu manual, que deve ser de acordo com seus valores, o que requer uma boa dose de autoconhecimento, para evitarmos os casos clássicos daqueles que, quando atingem determinada meta, após vários anos de trabalho, percebem que houve pouca ou nenhuma satisfação e, às vezes, vários sacrifícios que deveriam ter sido evitados. Assim, o primeiro passo é conhecer a si mesmo, identificar valores pessoais, traços negativos a superar, traços positivos a fortalecer e traços faltantes a desenvolver.
            Mas quais os fatores norteadores do manual? Quais os passos para construí-lo? Tudo dependerá dos valores pessoais. Contudo, o ideal, é que ele promova a autoevolução da consciência, como propõe a Conscienciologia, que estuda a consciência de maneira integrada, mais abrangente. Essa neociência considera que somos consciências em evolução ao longo de várias vidas e com uma paraprocedência multidimensional (nossa origem extrafísica), e não apenas intrafísica. Enquanto pesquisadora da Conscienciologia, a partir do meu próprio exemplo, entendo que estamos aqui para melhorarmos nossos traços pessoais, para a vivência da interassistencialidade – quando ajudamos o outro, ajudamos a nós mesmos, e fazermos reconciliações com outras consciências. Tudo isso otimizando a nossa qualidade de vida, que não deve excluir conforto intrafísico, estabilidade financeira e saúde, citando apenas alguns valores básicos da sociedade intrafísica ocidental.
            Portanto, tomando por base a importância desta evolução pessoal, sugere-se como fatores norteadores para o manual de prioridades: (1) o autodesenvolvimento; (2) os valores pessoais; (3) metas evolutivas de vida, condizentes com sua realidade consciencial; (4) condições que trazem satisfação pessoal (qualidade de vida, trabalho, lazer, afetividade, etc); (5) interassistencialidade (respeito às pessoas e ao planeta, vida social, responsabilidades assumidas, contribuições à sociedade, ajudar outras pessoas, preferencialmente no sentido de evoluírem também); (6) o cumprimento da programação existencial – programa elaborado antes de nascermos nesta vida, que inclui razões de nossa atual existência e (7) o alcance de níveis mínimos de satisfação pessoal, de acordo com nossos reais valores, e atingir a condição de serenidade.
            Os seguintes passos são sugeridos para a construção do manual de prioridades evolutivas: (1) realizar a autopesquisa; (2) identificar os valores e princípios; (3) elaborar o Código Pessoal de Cosmoética (o que compõe sua ética perante o Cosmos); (4) fazer um balanço da atual existência (tudo o que recebeu da vida, o que retribuiu, o que ficou pendente em todas as áreas da vida); (5) identificar as diretrizes da programação existencial (o que, possivelmente, você veio fazer nesta vida); (6) definir as prioridades e respectivas metas de acordo com estas diretrizes, valores e código de cosmoética; (7) ordenar as prioridades; (8) elaborar Plano de Ação, definindo as etapas para o alcance das metas e os prazos; (9) definir as rotinas úteis para otimização da existência (exercícios bionergéticos, exercícios físicos, estudos, etc); (10) definir as ferramentas que auxiliarão na concretização das metas (agendas, notebook, planilhas, listas, etc).

            Gostaria de concluir estas sugestões com duas reflexões, com base em minha experiência. Primeiramente, o processo de priorização e auto-organização requer vontade, esforço, dedicação e perseverança, mas a satisfação de ver as metas se concretizando, os produtos gerados, a existência se qualificando, compõem uma colheita evolutiva farta, compensadora. Segundo, o valor do “trilhar”: a caminhada é estimulante por si só, satisfação que vai além do destino onde se quer chegar, e esta evolução se faz, a cada passo, a cada volta que galgamos na espiral evolutiva.

Carta aos filhos – os meus, os seus, os jovens do mundo

Escrevi esta carta quando uma amiga me falou da declaração de desinteresse de sua filha pela vida. Uma moça inteligente, amável, sincera, educada, com várias potencialidades profissionais e pessoais, que teve uma crise quanto à motivação em viver. Comecei a escrever algo para ela, mas logo me vieram à mente meus filhos, a Conscienciologia que orienta minha vida, a partir das técnicas de autoevolução pessoal, e a Técnica de Inversão Existencial. Resultou na carta, entregue aos meus filhos, cujos trechos transcrevo abaixo. Quiçá essas reflexões possam ser úteis aos jovens que se interessem pelo próprio desenvolvimento para melhor.
            (...) “resolvi escrever a vocês sobre uma técnica evolutiva, a da Inversão existencial (Invéxis), pelo imenso amor materno, fraterno, sincero, que sinto por vocês. Mas gostaria que soubessem que o que me inspirou a fazer isso, foi o amor que sinto por uma outra jovem. Uma moça meiga, por quem nutro muito afeto, apesar do pouco contato que temos, e que é filha de uma amiga querida. Ela esteve passando por problemas e sofrendo. Aliás, problemas e sofrimento acontecem frequentemente a todos nós, em vários momentos de nossas vidas, não é mesmo? (...)
            Quero falar para vocês sobre o quanto a vida é valiosa, e qual a verdadeira importância desta vida. Estamos aqui para sermos felizes, sim. Devemos buscar nossa felicidade, realizar nossos sonhos, alcançar nossos objetivos. Mas há algo mais, além disso. Algo que, se não considerarmos, os sonhos e objetivos realizados não trarão a felicidade que tanto queremos. Quando falo em felicidade, falo em satisfação mais permanente na vida. Não falo de momentos de prazer, satisfação ou “adrenalina”, que algumas experiências radicais podem trazer. Sei que é gostoso ir ao parque de diversões, ir na montanha-russa, na festa com os amigos, surfar, ou descer ladeiras de skate. Mas são prazeres momentâneos, fugazes, que não mantêm felicidade, nem que vocês passassem todas as horas diárias dedicadas a isso. Na verdade, logo cansariam se fossem todos os dias e em questão de semanas, enjoariam dessas coisas “legais”. Falo de algo mais permanente, duradouro, que nos traz serenidade a cada momento do nosso dia, e não apenas em grandes momentos da vida.
            E porque tenho tanta certeza de tudo isso?
            Primeiro, porque já fui jovem também. Segundo, porque nenhuma vida tem só acontecimentos felizes. Todos nós, eu e vocês também, sofremos acontecimentos negativos.  E mesmo que não tivéssemos problemas e traumas, assistimos todos os dias na TV, desgraças pelo mundo afora. Milhões de pessoas que sofrem, milhares de crimes, fome, violência, catástrofes... e não somos insensíveis ao mal que acontece aos outros... então não dá para ser permanentemente feliz, não é? Mesmo que seja possível manter certo nível de serenidade diante das dificuldades.
            Mas, o principal motivo da minha certeza de que a vida precisa ser mais que “fazer coisas legais” pra ser feliz, é a certeza de que não estamos aqui, neste planeta, nesta vida, por “acaso”. A vida não é apenas esta existência. E tudo não acaba quando morremos. Como explica a Conscienciologia, somos consciências (almas, espíritos) em evolução através de várias vidas. E não existe apenas o corpo físico. Existem também os corpos emocional, energético e mental, que precisamos manter em equilíbrio e em evolução. E esta vida, então, é uma continuidade de vidas passadas, de nossa história pessoal, através de várias épocas e lugares em que cometemos acertos e erros e desenvolvemos as características do que somos.
            Esta vida atual é para corrigirmos erros de vidas passadas e melhorarmos o que somos, nos tornando pessoas cada vez melhores. Vem a satisfação de autossuperação, de perceber-se em evolução, melhor do que a condição anterior. É mais uma oportunidade para seguirmos na direção do serenismo, que é a condição de maior evolução para as consciências no planeta Terra, e que traz muito mais satisfação, felicidade, que qualquer outra forma diversão e prazer. Isso se reflete nas pequenas situações do dia a dia[M1] [CE2] , como ficar mais tranqüilo em uma prova, ou não se abalar com a provocação agressiva de um colega, e também diante dos grandes problemas que podem aparecer.
            Neste ponto, é que eu quero falar para vocês sobre a Invéxis, que significa Inversão Existencial, ir no sentido contrário, na contra-mão dos valores puramente intrafísicos. Uma técnica que felizmente não conheci antes de ter vocês, meus filhos. Pois se tivesse conhecido, não os teria. Explico: os Inversores não têm filhos. Um dos motivos é o de terem mais tempo para se dedicarem a ajudar outras pessoas. O melhor é que conheci a técnica, e poderei utilizá-la na próxima vida.
            A Invéxis é uma técnica em que o jovem prioriza desde cedo, antes dos 26 anos, sua evolução pessoal, tornando sua vida mais inteligente evolutivamente, acelerando seu desenvolvimento em todos os sentidos: físico, mental, emocional e energético. E quais são as vantagens em ser um Inversor Existencial? Com a técnica (tem vários livros e artigos científicos sobre o tema), o jovem alcança mais rápido a estabilidade profissional e financeira, investe na sua saúde integral - física, mental, emocional e energética e, consequentemente, desenvolve maior capacidade em todas as áreas.
A Invéxis possibilita alcançar maior quantidade e qualidade de metas, ajudar mais e melhor outras pessoas, desenvolver relacionamentos mais saudáveis e evolutivos, viver de forma mais útil (mais produtiva, assistencial), realizar um projeto de vida que corresponde ao que se propôs a fazer, antes de nascer. Ou seja, realiza a sua programação existencial, planejada durante o seu curso intermissivo, quando ainda estava estudando e se preparando, no extrafísico, tendo maior visão e compreensão sobre a dinâmica da evolução. Essencialmente, o cumprimento desta programação existencial, principal meta da vida, é atingido com a aplicação dessa técnica existencial.      O nível de organização que a Inversão Existencial proporciona, favorece uma condição íntima de satisfação pessoal, apesar dos problemas que não deixarão de existir, mas estes serão vistos como oportunidades de aprendizagens e crescimentos pessoais. O Inversor consegue encarar os problemas de maneira mais madura, enfrentando-os com mais facilidade.
            Por tudo isso, não posso garantir que vocês se planejaram para aplicar a técnica porque é uma escolha muito pessoal e elaborada no período de planejamento antes de nascermos. Só posso compartilhar as vantagens da técnica – tanto para vida intrafísica, quanto para a vida multidimensional, e o quanto é possível otimizar a evolução de todos – o próprio inversor, seu grupo de convivência, e até a sociedade da qual faz parte. Conheci inversores com menos de 15 anos e outros que já estão com mais de 30 anos. Suas conquistas materiais e evolutivas são a prova das vantagens dessa técnica. Contudo, saibam que com ou sem Invéxis, espero que façam escolhas evolutivas e, com ou sem Invéxis, o meu amor por vocês será sempre cada vez maior.
Com amor,
mãe.”