TUDO que
leio, leio com criticidade. Li um texto excelente de Eliane Brum criticando o
uso do termo idosa ao invés de velha. O texto é muito bom,
a autora escreve bem demais, embora prolixo o bastante para eu fazer uma
leitura dinâmica das ideias. Argumentava sobre o má substituição da palavra
velha por idosa. E que espera ser chamada de velha. Concluí que ficou o mesmo
problema às avessas - qual o problema falar idosa? Envelhecemos e pronto. Não
necessariamente a palavra idosa é disfarce para “velha”. Além disso, acho que a
autora não levou em consideração, que à época que chamavam os velhos de velhos,
poucos ficavam realmente velhos.
Escapa uma questão crucial à autora – idosa hoje já é considerada
a pessoa de 60 anos. Hoje vivemos mais de 90 anos! E a condição dos 60 é bem
diversa da maioria dos que chegam após os 80. Então é estranho chamar todos os
acima dos 60 de "velhos", palavra estigmatizada por uma condição
implícita de que não serve mais pra nada, entre outras associações negativas. A
questão jurídica também tem que ser considerada... acaba que o texto ficou
raso, apesar das boas colocações, principalmente no que tange às vantagens
psíquicas do maior amadurecimento em maiores idades. Acho os termos terceira
idade e quarta idade mais apropriados.
Mas finalmente, se considerarmos que a idade válida é a da alma,
pouca importa ser velha ou ser idosa! Importa que cheguemos ao final de nossa
vida o mais longa possível, com muitas evoluções pessoais e contribuições aos
demais.
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