quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Dica de leitura: Pentimento – Lillian Hellman (1905-1984)

Difícil fazer uma resenha de um livro autobiográfico com tantas histórias e que mais me pareceu que a autora viveu várias vidas. Com sensibilidade e prendendo nossa atenção, o livro torna o tempo leve e agradável, com personagens peculiares.
 
Eu não queria deixar de dar esta dica de lazer: prazerosíssima leitura para quem tiver mais sensibilidade e for mais afeito a histórias de vida real do que suspenses, romances ou literatura qualquer.
 
Algumas passagens são controversas: não entendi como Lillian tolerou tantos anos o maluco do Arthur Cowan, e lamentei o episódio com a tartaruga – paradoxal imaginar 2 intelectuais voltando a atitudes dos tempos das cavernas - muito bom pra ver como funciona o ser humano: Multifacetado. O capítulo teatro também foi meio travado, com tantas coisas malucas do mundo artístico. Por outro lado, sua "ação" para ajudar amiga Julia (que rendeu filme Oscar em 1977) contra o nazismo, foi exemplar.
  
Tendo sido escrito no século passado, demonstra que em alguns pontos, não evoluímos nada.
 
Colei abaixo textos de apresentações para dar mais detalhes. Só posso dizer que adorei e mais uma vez agradecer à querida Professora Liana, pela indicação!

"Pentimento" é o segundo e mais conhecido volume das memórias de Lillian Hellman (1905-1984). Nesta obra, lançada após "Uma Mulher Inacabada", a dramaturga norte-americana continua os relatos de suas atividades artísticas e do convívio com intelectuais da época. O título do livro revela o desejo da autora de jogar novas tintas sobre as lembranças de pessoas que marcaram a sua vida e sobre ela mesma.
Pentimento apresenta as memórias de Lillian Hellman, indo da infância à idade adulta, revendo diários, tecendo comentários sobre histórias e sentimentos. " Á medida que o tempo passa, a tinta velha em uma tela muitas vezes se torna trasparente. Quando isso acontece, é possível ver, em alguns quadros, as linhas originais, uma criança dá lugar a um cachorro e um gande barco não está mais em mar aberto. Isso se chama pentimento, porque o pintor se arrependeu, mudou de ideia.".



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