terça-feira, 4 de abril de 2017

VOU PRA RUA


Sempre. Protestar. Dar voz à indignação. Somar esforços aos brasileiros que saem do conforto de seu lar, muitas vezes no pouco tempo que teriam para seu descanso, para formar a notícia e o incômodo dos piores ladrões do país, que são os políticos. Indiquem-me se conhecem algum que possuem certeza da idoneidade, porque nas próximas eleições, não vou votar no “menos ruim”. Espero que apareça algum “novato”, que não seja parente ou indicação de uma raposa velha. Vergonha demais do que tem feito os “representantes do povo” no nosso país...

E quero ir pra rua sem defender partidos ou políticos. Ao contrário: vou para criticá-los, todos! Vou pra rua defender a justiça social, a ética, criticar a corrupção e as propostas vergonhosas que os políticos criam – puramente em defesa de causa própria – Foro Privilegiado, Lista Fechada, Aposentadoria diferenciada com um único mandato! E ao povo? Pagar as contas com projetos de Reforma Previdenciária, aumento de impostos etc.

Então não vou pra rua por motivações individuais, sindicais ou partidárias. Tenho horror de ouvir discursos ideológicos e partidários, normalmente raivosos, agressivos, desesperados e às vezes irracionais, obedecendo lógicas de fanatismo ou manipulações. E às vezes, xingando outros brasileiros que defendem interesses comuns, como ética e justiça, mas são rechaçados por terem outro partido. E mesmo eu sendo apartidária, ai de mim criticar algum dos ídolos destes partidários! É triste verificar radicalismos irracionais de colegas partidários – tanto na extrema esquerda, como na extrema direita.

Fui para muitas passeatas. Algumas mais hígidas e pacíficas, outras nem tanto. Mas todas tem este valor: a voz da indignação de um povo sofrido, a voz de apelo pela justiça, pela ética, por condições mínimas aos menos favorecidos. Meus movimentos favoritos foram os do Vem pra Rua, que não levanta bandeiras de partidos, não elogia políticos – só os criticas, não xinga quem tem seus partidos. As pessoas permanecem todo o tempo pacíficas, não faz manifestações agressivas. Alguns vão com ideias que não concordo, mas estamos juntos por uma causa comum: tornar o país mais decente.

Não são sindicalistas, ou representantes de grupos formais, que vão aos microfones, mas profissionais liberais, servidores públicos, pais de família, pessoas comuns, a maioria com discursos simples, sem afetações e características reacionárias, típicas dos discursos ideológicos e partidários. Aliás, algumas manifestações foram sem carro de som, sem microfones, sem “líderes”. Idosos, crianças, jovens, brasileiros comuns.

É um mínimo que podemos fazer: sair do nosso conforto e se posicionar contra os desmandos vergonhosos do Congresso Nacional: exemplo de Democracia Grega –  eles que decidem, e em causa própria, e a opinião e necessidades básicas do povo, não tem vez.

O exemplo das 10 medidas anticorrupção é contundente: míseros 500 (0,02%) políticos alteraram e engavetaram uma proposta assinada por 2.500.000 (99,98%) brasileiros! Esta é nosso Democracia... grega.


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