quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Perversidades no lixo produzido na "arte"

Já há algum tempo venho ficando cada vez mais chocada com o grau de perversidades trazidas pelos “artistas” contemporâneos. Músicas, desenhos, e filmes, por exemplo, apresentam cada vez mais requintes de crueldade. Particularmente nos filmes, que é o que mais me interessa para momento de lazer evolutivo, são cada vez mais frustrantes e decepcionantes os investimentos de tempo no que deveria ser envolvente, encantador, como prometiam os primórdios da 7ª arte.
Animais são transformados em monstros assassinos e sanguinários, com características que somente humanos perversos poderiam desenvolver. Tubarões, orcas, lobos, pássaros, ratos, aranhas, cobras e até formigas!
Filmes com até 80% de perseguições, tiros, lutas sanguinolentas, e violências bizarras fazem estrondoso sucesso. Violência contra a mulher e estupros são frequentemente inseridos, assustando-me o prognóstico disto vir a ser algo “normal”... E a piora avança para psicopatias extremas, onde me pergunto qual a vantagem de difusão de tais padrões conscienciais tão patológicos. Todos conhecerem que esta realidade existe na vida real? Ou na imaginação de uma mente doentia, capaz de criar estas atrocidades? Ou despertar/alimentar instintos psicopáticos ou sádicos, latentes nas pessoas? O que ganhamos, afinal, assistindo tais enredos e cenas?
Perseguição, Corra, Garota Exemplar, Os oito odiados (Tarantino), e Stoker, em tentativa de ordem crescente de expressão de psicopatia, são alguns exemplos mais recentes. Certamente há piores, que não passaram na minha triagem para emprego de meu precioso tempo de lazer, relax ou aprendizagens com o cinema. O pior, é tais excrescências ter público, ser considerada digna de exibição, dentro da “máxima” da “liberdade de expressão” através da arte, que pessoas radicais defendem, muitas vezes com as melhores intensões, como se fosse adequado a liberdade não ter nenhum limite. Deveria ser limite, aquilo que deteriora a sociedade, aquilo que banaliza a violência, aquilo que deprecia o que se diz de “humano” em seu sentido mais belo e digno. Um ou outro filme, com fins de denúncia ou alerta, até que poderíamos ter. Mas maioria, não dá!
Simplesmente é lamentável os caminhos por onde a humanidade trilha. E eis que me ocorre o que disse Confúcio, milênios atrás: “conhece-se um povo pela sua música”. Mas vou deixar para abordar a especificidade música em outro momento... e faria a versão “conhece-se um povo pela sua arte”.
Cultivo a esperança de que estamos passando pelo processo de reurbanização do planeta, momento de limpeza das excrescências, para que possamos avançar para uma era mais nobre, onde predomine a gentileza, a fraternidade, a cosmoética. Que venham mais escritores e roteiristas com estórias mais inteligentes, criativas, elaboradas, benévolas, não menos envolventes, mas sadias! Uma coisa é ter toques, inserções de eventuais e contumazes males. Outra coisa é enfocar e ampliar requintes de crueldades e psicopatologias extremadas.
Para contribuir com todos que querem evitar a banalização de violências,  e perdas de precioso tempo de lazer evolutivo, peço quem leu até aqui,  listar nos comentários os filmes que você NÃO recomenda que assistam por abranger demasiada perversidade ou perversão. Obrigada.

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