Para contribuir com
um país melhor
Refletir mais, ampliar discernimento, analisar friamente os
fatos, empreender ações solucionadoras, quebrar paradigmas, contribuir efetivamente
para um país melhor, ao invés de atacar os compatriotas, amigos, familiares,
que pensem diferente de você. É o que tenho exercitado e gostaria de
compartilhar neste texto, um pouco repetitivo, mas com as melhores intenções
É tempo de pararmos as agressões motivadas por diferenças de
opinião política. Minha opinião política já postei em outros artigos. Este,
agora, é para contribuir para maior discernimento e provocar a pensarmos em
soluções, ao invés de troca de ofensas ou defesas de paixões ideológicas,
marcadamente no facebook.
É para trazer a reflexão quanto a parar de agredir os
colegas, amigos e familiares por terem opinião diferente. Se for para debater,
que discutam as ideias. Foco nas ideias, não na pessoa que argumenta. E sim,
acredito que é a partir do debate que podemos encontrar soluções. Mas, discutir
em busca de soluções para os dramas que temos hoje em nosso país, considerando
os fatos, e evitando as argumentações ilógicas, falaciosas, sofismas e
manipulações para ter razão ou por outros motivos piores. Desapegar da
ideologia partidária, concentrando-se nos valores nobres e causas comuns é
importante. Não preciso de ideologia partidária para ser defensora da
liberdade, da justiça social, da sustentabilidade ecológica, de educação, da saúde,
da qualidade de vida para todos.
Tenho sido agredida quando manifesto a minha insatisfação
com o atual governo. Atitude antidemocracia de alguns. Ocorre que continuo insatisfeita, desde a adolescência,
com a condição em que vive a maior parte da população brasileira, dependente de
serviços públicos. E ocorre que agredir uma pessoa, tirando o foco da ideia
central de discordância é o artifício do Argumentum ad hominem: o ataque
pessoal, direto, formulado contra característica da pessoa defensora de
determinada tese, tentativa de desqualifica-la e reduzir a credibilidade do
argumentador. Trata-se de ataque a características pessoais (por exemplo, minha
profissão), irrelevantes para a veracidade da tese apresentada pelo oponente.
Esta vem sendo a principal estratégia de muitos radicais
defensores de suas ideologias e opiniões fechadas, seja qual for, infelizmente,
deixando de discutir as ideias para atacar as pessoas que discordem de sua opinião,
e pior, com generalizações distorcidas.
Não sou a favor de intervenção militar, mas entendo que
quando pessoas que conheço a defendem, não querem a “volta da ditadura”. Ouvi
alguns. Simplesmente pensam que seja a única maneira de limpeza da corrupção
generalizada em todas as esferas do governo. Não é objetivo aqui argumentar
meus motivos para ser contra a intervenção militar. Mas vejo claramente que não
tem lógica em dizer que meus colegas a favor da mesma sejam a favor de
ditadura, ou tortura, ou repressão de classes sociais importantes e
fundamentais do país. E não, eles não são fascistas.
Há outras argumentações ilógicas que vem sendo muito
utilizadas, como o Argumentum ad nauseam (se credita maior probabilidade de algo
ser verdadeiro em função do número de vezes o qual é dito), Argumentum
ad populum (Argumentum ad numerum) (baseado no apelo irrelevante da
popularidade) ou o Argumentum ad verecundiam (utiliza-se a posição do argumentador
- poder, riqueza ou popularidade de quem
fala). Esta última modalidade de argumentação ilógica é a que tenho mais visto
ultimamente, como se o prestígio ou titulação de alguém garantissem a
integridade de suas opiniões. Podem até ser, desde que embasadas em lógica, em
fatos que exemplifiquem sua razão.
Também há o fato de pegarem informações fragmentadas, isoladas,
em detrimento de todo um contexto maior, para criar um argumento, ou
distorcerem os fatos. Coisas realmente esdrúxulas são postadas no afã da paixão
partidária, como o colega que “fundamentou” a “estocagem de vento”, distorcendo
um vídeo (era em inglês) para afirmar que o vento era estocado, quando na
verdade o que é estocado é a energia gerada pelos ventos através de tecnologia
eólica. Ou outros, que para ficarem contra o atual governo começam a distorcer
e valorizar candidatos imprestáveis só porque são da oposição.
Até que ponto estas atitudes seriam resultado de lavagem
cerebral? Como uma vez exemplifiquei, a mãe do estuprador, preso em flagrante e
que ainda continua a defender o filho querido. Fica a questão para os
especialistas.
Infelizmente, não é partido, nem ideologia que garantem a
integridade do ser humano que assume o poder. E já escrevi em outro texto: nem
raça, nem nacionalidade, nem religião, nada de fora pra dentro determina o
caráter de ninguém.
Diante do exposto, modestamente convido a todos a
exercitarmos a união por uma causa comum: um Brasil melhor, buscando inovações,
ações e soluções, descansar das quebras-de-braços ideológicas. Quem ainda não for voluntário ou não
exercitar plenamente os deveres de cidadania começarem a por a “mão na massa”.
ATUAR, para o país mudar. CONTRIBUIR.
Mais que o texto de João Ubaldo Ribeiro, agora com mais de
10 anos, AGIR (http://claressencia.blogspot.com.br/2015/12/precisa-se-de-materia-prima-para.html).
Para citar apenas algumas alternativas:
- 1. Seja voluntário. Há centenas de instituições necessitando de colaboradores.
- 2. Participe das audiências públicas e leve gente para impedir desmandos
- 3. Posicione-se e exija daqueles em que votou, enviando cartas, e-mails, publicando nas redes sociais e dando visibilidade às suas exigências de cidadão.
- 4. Denuncie corrupções ao MP, aos Tribunais de Conta, às Ouvidorias do serviço público.
- 5. Faça a sua parte na sustentabilidade do planeta: separe o lixo para reciclagem, economize água, luz, papel. Bom também para seu bolso.
- 6. “Seja a mudança que quer ver no mundo”. Invista em você, através do autoconhecimento, da superação dos limites e dificuldades íntimas. Pacifique-se. Qualifique suas relações pessoais. Tenha Inteligência Emocional, ou ainda melhor, Inteligência Evolutiva. Seja uma pessoa melhor e dê sua contribuição para um mundo melhor. Não importa que sua mudança seja diminuta, uma gota no oceano. Vale lembrar o poder da Ressonância Mórfica (Sheldrake)